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terça-feira, 21 de julho de 2015

PSTU, Eduardo Cunha, a direita e a grande mídia juntos para derrubar governo Dilma

Não se trata do que uma determinada corrente política proclama em discurso ou texto escrito, mas sim do efeito prático de suas ações. E o efeito prático da ação do PSTU é jogar água no moinho do golpismo de direita, que pretende atropelar a legitimidade de mandato presidencial conquistado nas urnas de 2014.

Em entrevista gravada em vídeo pelo sítio do PSTU, José Maria de Almeida, presidente nacional desse partido afirma que "os trabalhadores” devem derrubar o governo do PT.

Esta afirmação é realizada no exato momento em que se avoluma a ofensiva dos partidos de direita para derrubar o governo sob uma cobertura aparentemente legal. A discussão do impedimento (impeachment) de Dilma Rousseff não é segredo para ninguém, está em todos os jornais do País.

O dirigente do PSTU se faz de desentendido e ignora totalmente o que está acontecendo.

A ideia de que “os trabalhadores” vão derrubar o governo não apenas é ridícula, mas é, efetivamente, um encobrimento da operação golpista com um discurso esquerdista. Almeida cita a pesquisa fraudulenta do DataFolha que atribui 9% de popularidade ao governo, dando por verdade que um partido de um milhão de filiados, e que obteve 54 milhões de votos menos de um ano atrás, teria agora, a aprovação de apenas 100 mil eleitores!

O chamado aos “trabalhadores” para derrubar o governo, se não há condições para tanto e é óbvio que não há, é pura demagogia, mas nesse caso é visivelmente um apoio ao movimento golpista da direita.

O PSTU tem procurado confundir a esquerda e os trabalhadores com a ideia de que não há nenhuma ameaça golpista e que o “maior inimigo” é o governo do PT. Usou da expressão governismo para pregar a ruptura da CUT, de federações de trabalhadores e de sindicatos. Nesse sentido, a sua política, apesar da linguagem pretensamente radical, tem se alinhado completamente com o movimento realizado pela direita.

O chamado público do PSTU para que se derrube o governo de Dilma Rousseff é uma propaganda em favor da derrubada do governo pela direita e um incentivo a que se juntem às mobilizações direitistas, claramente reacionárias que estão sendo convocadas pelo impeachment.

Ao que tudo indica, o PSTU está implementando no Brasil a mesma política que propôs para o Egito, quando apoiou um golpe militar pinochetista sob a cobertura de que “o povo” estava se mobilizando para derrubar o governo. O mesmo se pode dizer da Ucrânia, onde o imperialismo europeu e norte-americano, com a ajuda de paramilitares nazistas derrubaram o governo eleito para dominar o país e o jogaram na guerra civil.

Nesse sentido, a política proposta pelo PSTU não é nova e já foi experimentada, com os resultados que todos conhecemos, em outros países. É sob esta luz que o chamado a derrubar o governo feito pelo partido deve ser analisado por todos e rejeitado de maneira clara e contundente.
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Fonte: Site do PCO

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

O projeto do PSTU é tirar o PT do poder. Os motivos não ficam claros e se mostram muito parecido com os motivos do E. Cunha. Vingança, inveja, vale tudo, o poder a qualquer preço ou Deus sabe lá porque. A única certeza é que o motivo não é dos mais nobres. Se houvesse um pingo de dignidade nesse projeto de derrubada do PT o partido certamente estaria preocupado com o fato de estar dando de bandeja o poder pra bandidos do quilate de Cunha, Renan, Caiado, Aécio e outros mais. É provável também que acreditem que dando o poder pra estes bandidos o caus se instale e assim se molde uma oportunidade de poder pro PSTU. O que fica claro é que não há preocupação com o país, nem com seu povo.