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quarta-feira, 11 de março de 2015

Mídia hegemônica faz propaganda do dia 15 e whatsapp entra em "modo terrorismo”

Impeachment é golpe. Estamos combinados? Golpe. Mensagem simples, direta, objetiva. Curiosamente, não foi assumida pelo governo Dilma. Ele prefere falar na linguagem diplomática do “terceiro turno”.

Por Luiz Carlos Azenha, no Viomundo

“São Paulo não é o Brasil”, é a frase que ouvimos agora de alguns petistas, para justificar o imobilismo. Talvez ele se justifique: Lula foi levando, empurrando com a barriga e o partido completará (?) 16 anos no Planalto. Uma enormidade.

Todas as previsões anteriores, de que o PT estava a caminho do fim — e houve muitas — naufragaram.

Mas, e sempre tem um porém, o Brasil pode ser São Paulo amanhã. Que o digam meus amigos de Itapajé, no Ceará, que ouvem no interior daquele estado ecos da mensagem que predomina em São Paulo. Os mais novos ouvem nas redes sociais, os mais velhos na Jovem Pan – com Sheherazade, Marco Antonio Villa e Reinaldo Azevedo, via satélite — ou na Globo. Na periferia de São Paulo, como atesta o DJ Cortecertu, as ideias direitistas já avançaram enormemente. Ascensão social despolitizada dá nisso: como diria Paulo Henrique Amorim, a continuar assim teremos nosso próprio Berlusconi! Quem aposta no Joaquim Barbosa?

A direita dispõe hoje de um elenco de comentaristas e suas ideias simplórias, dos meios para disseminá-las e de uma multidão de militantes digitais que trabalham de graça para fazê-las chegar a todos os rincões do Brasil. Seria muito simples desmontar tais ideias simplórias se houvesse debate. Mas, não há. A esquerda não dispõe dos meios para travar o debate, além do grilo falante representado pela blogosfera. Nem o PT, nem o governo Dilma, demonstram disposição para travá-lo.

Mas, por que travá-lo agora? Se é preciso uma justificativa, porque a conjuntura mudou. No passado, a baba raivosa da direita caia em ouvidos moucos. A população confrontava o discurso majoritário nos meios de comunicação com sua própria realidade, de bem estar e ascensão social. A mensagem entrava por um lado e saia por outro.

Agora, não. É a combinação de petrolão + arrocho + aumento das passagens de ônibus com aquela mensagem — exagerada, por certo — de que o Brasil está se acabando. Isso sem considerar barbeiragens como a do Fies, que Eduardo Guimarães e Conceição Oliveira abordaram na blogosfera e nas redes sociais.

Talvez o governo Dilma e o PT descubram que a situação é emergencial a partir de segunda-feira, dia 16, se em São Paulo a direita reunir os 200 mil manifestantes que pretende reunir. Mídia para eles não falta. Pelo Facebook o leitor Horatio Nelson brinca com uma reportagem de Veja sobre as manifestações do dia 15:


"Não esqueça seu abadá no dia 15 !!!

– Conforme a #veja patrocinador, quando chegar na Paulista, escolha um destes 4 blocos carnavalescos: Vem para a Rua, Movimento Brasil Livre, Revoltados Online e Intervencionistas Independentes;
– Não esqueça de levar energéticos, óculos de sol e protetor solar porque ninguém é de ferro;
– Ultimo aviso, estará lotado de blaquis-bloquis & nóias. Não dá para saber quem é quem… então cuidado com as carteiras, bolsas e celulares; eles não vão perder a oportunidade de um ganho “extra” com tanta gente “esclarecida” à disposição… Emoticon tongue;
– Se possível, leve o seu segurança…"

Fato: a mídia é co-promotora do evento.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Estão certos de que está tudo dominado.