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terça-feira, 13 de maio de 2014

Greve da FASUBRA: compasso de espera e de mobilização

Em torno de 100 pessoas compareceram na manhã de hoje ao RU Central da UFPR para mais uma assembleia geral da greve. O centro do debate foi a avaliação positiva sobre a caravana a Brasília realizada em 6-7 de maio e alguma análise sobre perspectivas próximas do movimento, depois da conversa havida entre o CNG-FASUBRA e o assessor da ministra do Planejamento, em 7/5.

Interviemos nesta assembleia apresentando avaliação já publicada dias atrás neste Blog, de que o elemento de esperança do momento é o prazo de 15 dias dado pelo assessor do MPOG Sérgio Mendonça quando dessa conversa durante a agitação em Brasília. Até 22 de maio a categoria faz atividades de agitação da greve e fica no aguardo do pronunciamento do governo sobre possível reabertura de negociação, com a apresentação de algo além do já oferecido em documento do MEC de 14/03 e do MPOG de 08/04. Entretanto, é preciso estar pronto para a chegada do dia 22/05 sem que nada surja de novo, obrigando o movimento a refletir seriamente sobre continuar dando murro em ponta de faca ou suspendendo-o para retomada mais adiante.

Durante a assembleia, o servidor Gessimiel “Paraná” colocou informe preocupante sobre a cobrança, por parte da Reitoria da UFPR sobre o Sinditest, de cerca de 800 mil reais relativos a alegados prejuízos sociais e financeiros decorrentes do fechamento dos RU's, uma exigência feita pela CGU (Controladoria Geral da União) sobre a UFPR. Sobre este assunto trataremos em outra postagem. Inobstante o servidor “Paraná” por vezes colocar questões que mortificam o pique da greve, como essa, não é isso motivo para seus adversários, em réplica, o xingarem de “calhorda” e “salafrário” como ocorreu nesta assembleia; trata-se de ofensas morais que só espalham ódio dentro do movimento. Não pode ser assim que dirigentes sindicais queiram construir unidade na ação.

TAEs e alunos chegam à porta já trancada da Reitoria

Finda a assembleia, perto do meio-dia, uma parte dos servidores juntou-se a estudantes no pátio da Reitoria, soprando apitos e buzinando, para criar uma agitação que pressionasse o reitor a receber os manifestantes. Cerca de 100 pessoas foram até a porta do prédio da administração central e exigiram ser recebidos para debater pautas de reivindicação locais (tanto de TAEs como de alunos organizados pelo DCE). 

Porta fechada, Pró-reitora conversa com manifestantes

A segurança manteve as portas da Reitoria fechadas e desceu ao térreo a pró-reitora de Planejamento Vera Montanhini para entender-se com os manifestantes, mas, até a hora em que lá estivemos, permanecia a porta fechada e o apitaço mantido do lado de fora.

A próxima assembleia ordinária de greve, na 5a. Feira (15) à tarde, foi remarcada para a Praça Santos Andrade, para que ali se realize mais uma agitação da greve da FASUBRA.

3 comentários:

PARANÁ disse...

na assembleia realizada no dia hoje, esperei algumas pessoas se manifestarem dentre elas o diretor Youssef e a presidenta Carla que falaram sobre os RU´s, só que esconderam a informação da notificação que o sindicato havia recebido no dia anterior exclusivamente sobre os RU´s. como percebi que tal informação não seria repassada a categoria reunida, e permaneceria escondida e é um direito de todos terem o conhecimento do que esta acontecendo com a nossa greve e as finanças do nosso sindicato, me escrevi e dei o informe por completo.
ai fui chamado de todos os nomes possível pelo BABACA do Youssef e que teve o desplante de fazer a seguinte pergunta,"ONDE ESTE CANALHA CONSEGUI ESTA INFORMAÇÃO". a pergunta que deveria ser feita a toda a direção do sindicato é, "PORQUE ESTÃO ESCONDENDO ESTA INFORMAÇÃO IMPORTANTE DA CATEGORIA?" afinal são mais de 800 mil reais de prejuízo. isso como já foi falado, será contado em uma outra postagem.

Rita de Cassia disse...

Respeito e boa educação não são os pontos fortes da atual diretoria do nosso sindicato.
O sindicalizado é ofendido porque mostrou pras pessoas uma dívida que pode muito bem quebrar o sindicato e dilacerar o patrimônio que é de cada um de nós. Esconder este fato grave mostra que não são confiáveis e bastante irresponsáveis.

Observador Político disse...

Porque o sindicato precisa desse espaço do RU?
Na minha ignorância entendo que um movimento grevista não se limita a um espaço físico, mas com a interrupção das atividades de trabalho de cada membro de uma categoria que adere a um movimento de greve. Portanto, não é essencial para as reuniões e nem assembleias, pois podem ser realizado em vários lugares, o que importa são as ações implementadas para o sucesso do movimento, ou seja, a busca por conquista do que é almejado pela categoria, através de boas argumentações políticas e técnicas. Do contrario não logrará êxito algum. Portanto, repensem melhor a condução desta greve.