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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Por uma greve unitária e de conquistas

O último reajuste salarial da categoria dos técnicos veio em julho de 2010, fruto do acordo trianual da greve de 2007.  Desde lá, a inflação acumulada já corroeu a parcial recomposição obtida em 2007. Natural que se espraie na categoria a percepção aguda da perda salarial e da necessidade de lutar para que um reajuste venha em 2013, se possível também havendo aumentos nos benefícios.

No próprio site da FASUBRA, onde se relata a aprovação em plenária nacional da Greve que começa hoje, uma das palavras mais destacadas é "unidade".  Parece inteiramente óbvio que a união efetiva, não retórica, dos trabalhadores seja fator essencial para se ter esperança de vitória numa luta como uma greve nacional. Unidade é indispensável.  Mas nem sempre ela é de fato exercitada e construída; muitas lideranças de diversas correntes perdem o foco do enfrentamento contra o patrão-governo, preferem se engalfinhar em batalhinhas menores por suas divergências políticas grupais, atirando-se ao estéril "entretenimento" de rotular os adversários nas assembleias com expressões como "pelego", "traidor", "governista", "agente do governo" e por aí vai.

Isso é desgastante, chato, não ajuda.  Temos que manter o foco na luta concreta necessária, nas perspectivas do movimento, nas possíveis alternativas para achar soluções que atendam as reivindicações da pauta nacional.  A direção do movimento, sejam os diretores do sindicato, sejam membros da oposição, precisa trabalhar com paciência e persistência para forçar a reabertura das negociações, e que nela se obtenham conquistas palpáveis.  Com algumas vitórias, ainda que parciais, a base manterá a confiança em suas entidades e no movimento.  Vamos em frente.

Um comentário:

Guilherme BR disse...

Dodô, sem demagogias e sem rotulações banais então por favor me explique: Se em meu local de trabalho - meu câmpus - meu diretor é ligado a CSD (mesmo que não seja formalmente da corrente, bebe daquela fonte e está sempre nos gabinetes e cargos fornecidos pela DS). Este diretor:
1º não foi eleito. Caiu de para-quedas no câmpus logo antes das eleições para Reitor e foi colocado (a contragosto da maioria dos técnicos, docentes e estudantes) no cargo pelo senhor Colombo.
2º Já praticou e pratica uma série de atos anti-sindicais, entre eles:
- colar orientação anti-grevista da SETEC no mural do câmpus ano passado;
- impedir realização de reuniões e assembléias no horário de trabalho (só ele, quando diretor de câmpus, e diretor do SINDIEDUTEC, podia);
- cobra de dirigente sindical que reponha o horário das atividades sindicais;
- desmerece e é contra as mobilizações estudantis por melhores condições de estudo, tendo inclusive proibido passagem de alunos em sala de aula certa vez;
3º é contra as 30 horas. Posição já assumida abertamente em reunião com os técnicos;
4º é contra a greve e contra as reivindicações dos técnicos, posição não dita, mas a qual decorre do exposto acima;
5º apoia totalmente a gestão do senhor colombo, aquele que quando foi reitor pró-tempore do IFAL, retirou as 30 horas dos TAE.

Tendo em vista todo o exposto, há como confiar no pessoal da CSD (por exemplo), sendo que é um quadro deles que me fode no meu local de trabalho. Defender as 30 horas em assembléia da UFPR e bater em membros da direção pelos erros cometidos na redação da resolução é fácil, eu quero é ver este pessoal da CSD lutar para tirar este "companheirinho" dos gabinetes do Rosinha e do Lemos INTERVENTOR ANTI-GREVISTA e CONTRA AS REIVINDICAÇÕES DOS TÉCNICOS E DOS ESTUDANTES DO CARGO DELE. Posso contar com eles? E com a CTB? Posso contar?