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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O prazo de "100 dias" da pelegada


Há um ano atrás, a Diretoria do Sinditest dizia num Editorial de seu jornal:

"2009. Nova Reitoria, nova Direção do HC. Ao assumir, o novo Reitor falou em 'tempo' para fazer as coisas acontecerem. Portanto, estamos trabalhando com o prazo de 100 dias para que a nova gestão faça as promessas saírem do papel. Enquanto isso, essa Direção do SINDITEST atua diariamente em cada espaço, em cada oportunidade que temos para debater os assuntos dos servidores. Mesmo que algumas vezes precisemos colocar nossas reivindicações em faixas e cartazes." [Jornal do Sinditest, edição de Jan-Fev/2009]

W. Messias, A. Neris e seus comandados lançaram esse assustador "ultimato" poucas semanas depois que o reitor, numa canetada, tinha nomeado a nova diretora do HC, enterrando de vez a proposta de eleição direta no hospital.

Desde então, ao longo de 2009, o que se viu nas relações entre Sinditest e Reitoria é sabido de todos. Beijos e abraços sobram. E não é por promessas cumpridas. Aliás, é difícil de fato "cobrar promessas" concretas e definidas do reitor Zaki Akel porque ele, como candidato em 2008, foi esperto o bastante em sua campanha para somente propor generalidades.

Lembramos agora de uma bandeira do movimento, que a Diretoria do Sinditest diz defender, e até usou como matéria de destaque no seu Jornal de Março-Abril/2009: a Jornada de 30 Horas para todos os servidores da UFPR. Há um dispositivo legal que dá poderes para o reitor flexibilizar a jornada no âmbito de cada universidade. Está aí um tema que a Diretoria do Sinditest poderia trabalhar - de verdade - e até colocar as "reivindicações em faixas e cartazes", como "ameaçava" aquele editorial de janeiro/2009.

O problema é arranjar vontade de ir à luta nessa Diretoria. O ultimato dos 100 dias? Ah, vai ver faltou um zero na hora de digitar aquele jornal e o tal prazo é um pouco mais dilatado...

17 comentários:

PARANÁ disse...

com todo respeito aos companheiros da FUNPAR, esperar por alguma ação desta diretoria para defender o emprego de voces, é chover no molhado.
pessoal arregassem as mangas e começem voces a defender seus direitos, ou vão esperar mais uma vez serem enrrolados com conversa de acordo coletivo?
ou vão esperar serem enrrolados em mais uma festinha regrada a pão com linguiça?
tem uma assembléia marcada, vão lá e cobrem, mais ações e menas conversa fiada.

quem sabe faz a hoara não espera acontecer.

boa sorte a voces.

Milton-UFPR disse...

1.Em relação a Funpar é uma determinação do TCU e emparado pela legislação.
2.Jornada de 30 horas em toda a UFPR é coisa de servidor público vagabundo.

Luis Otávio disse...

Milton
Vagabundo é você que pode continuar trabalhando mas fica em casa coçando, falando um monte de besteiras e sendo extremamente grosseiro.
O pessoal do HC conquistou as 30 horas com muita luta e garra. Coisa que você certamente não tem.
Gente como você passa a vida agarrado no saco do chefe e tremendo de medo que ele não goste da massaagem.

Sérgio disse...

Essa história da Funpar vem se arrastanda há anos. Lembro que na época do Belotto também era uma determinação do TCU e o pessoal do sindicato teve que enfrentar uma porção de barreiras na reitoria, na Funpar e no TCU. Os quatro anos a mais de prazo não cairam do ceu.
Espero sinceramente que a atual diretoria tenha a mesma postura diante do problema. Não fique apenas no papel de informante e que realmente enfrente a reitoria e a Funpar com garra e coragem.
Como funcionário da Funpar estou muito preocupado, mas confiante de que o pessoal vai encontrar uma solução pra mais de mil pessoas que ficariam desempregadas.

Milton-UFPR disse...

Aposentado não é vagabundo. Quem trabalha em hospital deve sim ter 30 horas, mas no restante da UFPR 30 horas é sinônimo de vadiagem.

Rita de Cassia disse...

A vadiagem não se mede pelo número de horas que a pessoa permanece no local de trabalho. Vadiagem é fazer de conta que trabalha oito horas por dia. Certamente muita gente produz em 30 horas muito mais do que alguns que fazem 40 horas de vadiagem.

Milton-UFPR disse...

Isso para otgão públicos que funcionem. Na UTFP onde amaioria já não é chegada ao cumprimento de seu horário de trabalho, 30 horas seria aberração.

Anônimo disse...

Concordo com o Milton sobre as 30 horas. Na prática hoje são raros os servidores que cumprem 40 horas. E todo mundo acha normal, receber por 40 horas e trabalhar 30 (em muitos casos até menos). Assim como acham normal professor DE ter empresas, consultórios, escritórios etc. E o reitor ainda tem coragem de dar entrevista dizendo que falta pessoal na UFPR...

Bob Esponja disse...

Isso mesmo anônimo!!!! Vamos fazer Campanha pelo cartão eletrônico para controle de entrada e saída de horário de jornada de trabalho além de avaliações de desempenho semestrais somente para os servidores sem cargos de confiança, pois quem tem cargo de confiança já é um SERVIDOR PADRÃO DO REITOR!!!

Cristina disse...

É verdade que tem mmuita gente fazendo menos horas do que está previsto no contrato. E assim como tem chefe que é sacana também tem servidor que quando o chefe cobra horário e produtividade sai por ai dizendo que está sofrendo assédio moral. Cabe pensar porque o assédio tem sido citado com tanta frequência.
Acredito que o problema está em sair em defesa das pessoas sem antes fazer uma análise cuidadosa do caso. A defesa indiscriminada e politiqueira tem servido pra defender muita gente folgada. No entanto não se ve nenhuma proposição de valorização dos que realmente trabalham.

Milton-UFPR disse...

Falta é vergonha na cara tanto dos Docentes como dos Administrativos que se enquadram nesses casos e também uma posição mais dura da Reitoria.

Anônimo disse...

Sobre os que tem cargos de confiança serem "servidores padrão do Reitor". Sabemos que a maioria dos cargos de confiança foi distribuída na medida da participação na campanha ou ainda como "cala-boca". Não sei o que é pior. Muitos não justificam nem o slario que tem, que dirá uma CD... Mas o que não dá é para justificar um erro com outro: " servidor não trabalha por que o professor não dá aula... ou porque os que tem cargo de confiança não trabalham. Além disso o decreto que obriga a implantação de ponto eletrônico não diz que ocupantes de função de confiança são dispensados. Teriam que "bater o ponto" como todo mundo.

Bob Esponja disse...

Anônimo, sua análise parece discurso de Papai Noel, nem criança acredita que dê certo, ou exista!!! Ao que parece você é um servidor PADRÃO!!!

Anônimo disse...

Existir, não existe mesmo. Como disse o Milton "falta vergonha na cara...". Agora não acho que seja fantasioso defender a idéia de que o servidor (docente ou TA) deva trabalhar a quantidade de horas pela qual recebe ou ainda receber pelo que trabalha.

Bob Esponja!!!!! disse...

Anônimo, como você está acompanhando o racicínio feito pelo Miltom-UFPR, acredito que também você já esteja aposentado e portanto, não precisa cumprir as 40h semanais e essa discussão pela redução da carga horária também vai contra a possibilidade da abertura de novos postos de trabalho, pois aposentado não vai ocupar uma nova oportunidade e também teve sorte suficeinte para garantir empregos para seus familiares que não precisarão entrar na fila do emprego.
Ah! Agora consegui entender o seu racicínio pela manutenção de 40h no Serviço Público e 44h na iniciativa privada!!! Muito bem PATRÃO!!!! Você vai longe.......

Anônimo disse...

Não sou aposentado, preciso (e cumpro) uma jornada de 40 horas semanais. Não sou contra a abertura de novos empregos e meus familiares precisam sim de emprego. Respondidas os seus questionamentos faço uma pergunta: O sr. concorda e acha correto trabalhar 20 horas e receber como se tivesse trabalhado 40?

Bob Esponja!!!!! disse...

A questão não é numérica e simplista e sim da busca de novas oportunidades de trabalho através da redução da carga horária. Reflita enquanto ocupante de cargo no Serviço Público Federal e estude a malha salarial vigente entre as mais de 1300 tabelas salariais e as diferentes carga horária e vamos ver se mantem esse pensamento retrógado.....