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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

212 milhões de desempregados no mundo, um recorde desde crise de 1929

Segundo recente estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), no rastro da maior crise econômica desde 1929, o mundo registrou no ano passado o maior número de desempregados: 212 milhões de pessoas. É mais do que um Brasil inteiro de gente sem trabalho e um aumento inédito de 34 milhões em relação a 2007. O percentual de trabalhadores com empregos vulneráveis (soma de trabalhadores familiares e por conta própria) no mundo supera 1,5 bilhão de pessoas, ou mais da metade (50,6%) da força de trabalho global.

Estima-se que o total de pessoas com empregos vulneráveis tenha aumentado em mais de 110 milhões em 2009. O relatório diz ainda que o número de jovens desempregados subiu em 10,2 milhões em 2009 - a maior alta desde 1991 - e corresponde a um terço do contingente que foi parar na rua no período.

Mas, na América Latina, 2010 será auspicioso, com a taxa de desemprego caindo de 8,2% para 8%. Para o mundo, a projeção é de ligeira baixa: de 6,6% para 6,5%, mostra o estudo da OIT.

Dados como esses do relatório da OIT dão ainda mais apoio à luta das Centrais Sindicais pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, assim como contra as altas taxas de juros praticadas no Brasil. No caso dos juros (taxa Selic), o Banco Central, surdo aos reclamos de juros mais baixos para acelerar o desenvolvimento - mas de ouvidos bem abertos para os gordos banqueiros - decidiu dias atrás manter altos os juros, enquanto a mídia ainda insinua que eles podem ter elevação em março. Com juros altos, paga-se muito para especuladores privados, a dívida pública sobe e resta menos recursos para investir em desenvolvimento e políticas sociais.
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Fonte: com informações do DIAP

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