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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Congresso reabre dia 2 e Centrais Sindicais pressionam por redução da jornada

Entidades exigirão que os parlamentares coloquem rapidamente em votação a PEC 231/95 que reduz a jornada e que remunera as horas extras em 75% a mais que a hora normal. A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas não foi aprovada em 2009 e deve constar da pauta de votação em 2010.

As Centrais Sindicais apostam nas eleições para pressionar os parlamentares a votarem favoravelmente à medida que beneficia a classe trabalhadora. As seis centrais sindicais vão realizar vigília no interior do Congresso Nacional, no próximo dia 2 de fevereiro - primeiro dia de trabalho parlamentar após o recesso.

Elas vão exigir que os parlamentares coloquem rapidamente em votação a proposta que reduz a jornada e que remunera as horas-extras em 75% a mais que a hora normal.

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a redução da jornada de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, aprovou por unanimidade em junho o relatório apresentado pelo deputado Vicentinho (PT/SP), favorável à proposta de emenda à Constituição de autoria dos então deputados e hoje senadores Inácio Arruda (PCdoB/CE) e Paulo Paim (PT/RS).

A proposta está em tramitação há 15 anos no Congresso Nacional. A última redução do período semanal de trabalho ocorrida no País foi na Constituição de 1988, quando a jornada foi reduzida de 48 para 44 horas.

Uma entidade como o Sinditest, que ano passado já propôs, sem sucesso, até "greve de hora-extra" para lutar por mais APHs no HC (Adicionais de Plantão Hospitalar), deveria engrossar essa luta, solidariamente aos trabalhadores do setor privado. Mas esperar esse engajamento politizado de uma direção sindical pelega é pedir demais.

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Fonte: com informações do DIAP

6 comentários:

Milton-UFPR disse...

Lá fora os trabalhadores que suam mesmo querem a redução das 44 para 40 o que é justo. Na UFPR alguns querem a redução para 30 horas. Vagabundagem explícita.

Dodô disse...

É, seu "Milton", não sei se o seu problema é reacionarismo político, ignorância das mudanças no mundo do trabalho ou somente identificação a uma mentalidade sempre subordinada na relação senhor/escravo, aquela mentalidade que o patrão quer que o subordinado incorpore para sempre e eternamente seja obediente.

Os patrões que, no século 19, obrigavam trabalhadores, e também com frequencia mulheres e crianças, a fazerem jornadas de trabalho de 12 a 15 horas diárias, sem folga no fim de semana, também argumentavam que ocuparem-se ao máximo no serviço era bom para educar os trabalhadores na "dignidade do trabalho" e não deixá-los ter tempo livre pra vagabundear e cair em "vícios". Tanto que havia autenticas casas de correção naquela nefasta época para re-educar e forçar ao trabalho na marra os cidadãos que eram pegos sem emprego na rua (as "sweat-shops" da Inglaterra do século 19).

Se você, sr. moralista, não acompanhou as enormes mudanças na tecnologia, informatização e organização do trabalho ao longo do século 20, que propiciam ganhos brutais de produtividade, trate de se informar. Recomenda-se um estudo do presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), professor Marcio Pochmann, baseado na avaliação desses extraordinários ganhos de produtividade, no qual ele defende que, não fosse pela vigência do sistema capitalista que impõe a super-exploração aos assalariados, era possível dar PLENO emprego e garantir o mesmo nível de produção atual no Brasil TRABALHANDO-SE APENAS QUATRO HORAS POR DIA E POR APENAS 3 DIAS NA SEMANA.

O que fazer com o restante tempo livre? Se investiria no contínuo aperfeiçoamento educativo dos cidadãos, o que só traria mais gente pensando em novas soluções para questões da própria produção e do país em geral.

Portanto, pare de ser papagaio de opinião preconceituosa de patrão contra trabalhadores, vá ler e se informar um pouco mais.

E também vale lembrar a máxima do sindicalismo italiano: "Lavorare meni, lavorare tutti". E o desemprego deixa de ser problema social.

Anônimo disse...

Eu concordo que os legítimos Representantes dos Trabalhadores e outros Órgãos lutem pela redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.
Agora, aqui na UFPR na minha opinião é simples: O servidor que optar em permanecer com 8 horas diárias, ou seja, 40 horas semanais...ganha pelas 40 horas trabalhadas. Agora o servidor que desejar 6 horas diárias, ou seja, 30 horas semanais, que faça a alteração contratual de 40 para 30...com certeza trabalha menos, ganha menos e não teremos mais discussão. Não é verdade ? Ou será que o povo quer 30 e ganhar como 40 ??? Ai é moleza, né.

Milton-UFPR disse...

Exato, mas o filósofo Dodô acha que é pura opressão dos Patrões. Não passa de vagabundagem atestada pela categoria explicitamente.

Regina disse...

Garanto que esse povo que defende as 40 hors na UFPR sempre foi puxa saco e enganador. Daqueles que chegam bem cedo pra ficar mais tempo sem fazer nada. Produtividade que é bom neca.
Vale a aparência, o faz de conta.
E viva a hipocrisia..!!!!

Choque de Gestão disse...

Prezada Srª Regina
Estou incluido no grupo do "povo que defende as horas na UFPR" e, ao contratio do que a Srª diz, nunca fui puxa-saco e enganador. Defendo sim o cumprimento da jornada para a qual recebemos. Não consigo ver com naturalidade receber para trabalhar 40 horas e cumprir apenas 20 horas. Generalizações como a que a senhora fez são sempre perigosas, mas acredito que tem muito mais gente que finge trabalhar entre os que "cumprem" 20 ou 30 horas do que entre os que cumprem sua jornada integralmente.