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domingo, 3 de janeiro de 2010

Algumas questões para 2010

Não à toa publicamos como primeira matéria do ano uma previsão falando de Dilma Rousseff e da Seleção Brasileira do Dunga. Futebol é o esporte imperador na alma brasileira. E a eleição presidencial é decisiva sobre os rumos de muita coisa em nossas vidas. Esses eventos de certa forma organizam as agendas em 2010.


Em junho, muita gente ficará de olhos e ouvidos colados nos jogos e notícias da Copa na África, que começa dia 11/6. Também em junho ocorrem as convenções dos partidos para oficializar seus candidatos a governador, a deputados estaduais e federais, as coligações e a posição quanto à disputa da Presidência da República. Depois de junho, finda a Copa, começa a campanha acirrada de julho a outubro para se decidir quem governa o Brasil de 2011 a 2014.


Assim, para o movimento sindical, como para outros, o primeiro semestre é o período principal para realizar ações reivindicatórias. No caso dos técnicos da Educação superior, a FASUBRA vem tentando desde outubro/2009 puxar algumas iniciativas de teste da capacidade de mobilização para uma Campanha Salarial de 2010, porém ainda com baixa adesão e combatividade da maioria dos sindicatos de base. Em certa medida, os ganhos da Greve de 2007 - o reajuste trianual e a conquista do Auxílio-Saúde per capita - ao concretamente colocarem mais dinheiro no bolso dos trabalhadores (mesmo bem aquém de repor as perdas salariais históricas) anestesiam o ímpeto de luta na base. E alguns sindicatos de base estão desmobilizados demais ou são pelegos.


No primeiro semestre de 2010
, reforçando esse estado de espírito de relativa satisfação, dois novos reajustes devem acontecer: o do vale-alimentação e o último repasse do Acordo da Greve 2007. A recomposição do valor do vale-alimentação é obrigação do Governo, pois está congelado em patamar baixíssimo há muitos anos, e pode vir já nos primeiros meses de 2010. O reajuste do vencimento básico está previsto para julho.


Tentando garantir já o próximo reajuste é que a FASUBRA procura organizar sua nova Campanha para este ano, o que não parece fácil, visto o grau de apatia e pouco empenho em diversos sindicatos de base. Mas, se não se fizer isso agora, entra-se em 2011 desguarnecido, além de não se saber quem será o novo presidente da República.


O SINDITEST, sob sua pelega Diretoria, até agora navegou com vento favorável. A gestão de W. Messias e Dr. A. Neris recebeu o beneplácito de uma base relativamente satisfeita com os ganhos da Greve conduzida pelos grupos que estão hoje na Oposição sindical, os quais se estendem até este ano, como dito acima. Surfou bem na concessão do auxílio-saúde per capita extensível a todos os planos de saúde privados. Teve no geral tranquilidade para aplicar suas propostas administrativo-gerenciais e assistencialistas para os filiados, ampliando apoios, diante de um quadro de dispersão geral dos grupos de oposição. Além disso, contou com as benesses advindas de colocar o sindicato sentado no colo do reitor Zaki Akel.


2010 ainda pode ser relativamente tranquilo para a diretoria nero-messiânica, em que pese se ouvir falar que alguns diretores se licenciarão para concorrer à eleição de deputado (caso do Dr. A. Neris, por exemplo). Veremos como se comportam tais diretores caso o mar comece a ficar encapelado e exija mais dos timoneiros.

9 comentários:

Milton-UFPR disse...

Os ganhos da greve foram mais por acertos políticos em Brasília do que propriamente pela greve local, pois o número de grevostas foi insignificante na gestão belotto. O mar estará tranquilo em 2010 pois o governo não tende a se auto-complicar em ano eleitoral.

Roberto disse...

Sr. Milton, obrigado por menosprezar tão franca e cabalmente os esforços de seus colegas de base da UFPR que trabalharam na greve de 2007 fazendo dezenas de assembléias, atos públicos e passeatas, uma ocupação de 1 semana no CCE e o enfaixamento-pichação da Reitoria. Por sua visão, foi só a Direção da FASUBRA que conseguiu tudo praticamente sozinha batendo papo com o governo nos gabinetes refrigerados. Assim, não será preciso fazer nada na UFPR ou na UTFPR pra obter novas 'conquistas dos trabalhadores' porque o papinho de gabinete (em Brasília ou na sala do reitor careca) resolve tudo. Belê!!!!

Sebastião - UTFPR disse...

Roberto, como você pode ver a rsposta do Sr. Milton, não prcisaremos nos debater em defender nossos vencimentos, pois as REUNIÕES de GABINETE entre a cúpula do SINDITEST-PR e da REITORIA nos garantirão um belíssimo acordo de 2011 a 2014.
Vamos aguardar e respeitar a opinião! Vai que o cidadão está certo quanto ao futuro, pois em relação a GREVE DE 2007 está completamente errado na análise. Diz o ditado popular: "de vez em quando se erra, mas também há como acertar"! Ficamos no aguardo.

Maricelia disse...

Fico feliz em saber que os proximos reajustes salariais já estão sendo negociados pela Fasubra e realmente acredito que não serão menores que os recebidos até agora. Assim não precisamos nos desgastar fazendo greve. Muito melhor assim. Afinal de contas presidente de sindicato influente é outra coisa.
To muito tranquila

Luis Otávio disse...

Certamente acerto político sem pressão de base é facinho facinho de fazer.
he he he

Rita de Cassia disse...

Será que as pessoas realmente acreditam que é assim qua as coisas funcionam? Tudo muito fácil, simples e rápido.
Na realidade um novo acordo com os ganhos que tivemos na greve de 2007 levará muitos e muitos anos pra ser repetido. É só esperar 2011 pra ver.

Rato do deserto!!!! disse...

Rita, estamos insinuando que as coisas ocorrem desta forma porque sabemos que a atual Diretoria não irá ter tempo para LUTAR por melhores acordos, pois como irão fazer a Campanha Política para os candidatos Diretores na eleição de Deputado????
Não se pode abraçar duas ou mais causas de uma vez, neste caso!!!!!

Sérgio-MD disse...

É verdade, se a outra chapa tivesse ganho seria a candidata do PDT e os da CTB.

Milton-UFPR disse...

PElo que se deduz ambas as partes "interessadas" no sinditest tem seus candidatos. Eta gente que só pensa na categoria...