Transparência começa a ter lá. E cá?

Depois de muitas cobranças de setores organizados da sociedade paranaense, finalmente o Parlamento do estado ativará, nos próximos dias, o seu Portal da Transparência. A Assembléia Legislativa passa a mostrar em seu site http://www.alep.pr.gov.br/ diversas informações à população que com impostos sustenta os deputados e demais gastos, tais como:

- verbas indenizatórias (em que cada deputado gasta os R$27.500,00 mensais a que tem direito);

- lista nominal de todos os servidores, explicando quem é nomeado e quem é concursado;

- salários dos deputados e seus outros benefícios;

- missões oficiais, quem viajou, por que viajou, aonde foi e quanto tempo se ausentou;

- balanço quadrimestal e anual da AL.

Nesse Portal da Transparência do legislativo estadual ainda faltam informações importantes, como os resultados das votações no plenário, como votou cada deputado, e sua assiduidade na AL, assim como a íntegra dos Diários Oficiais do Estado. Mas, mesmo assim, o lançamento do Portal deve ser saudado como gesto de respeito ao eleitor e aos cidadãos em geral.

Isso contrasta com a atitude de certas lideranças sindicais da UFPR/UTFPR, que dirigem atualmente o Sinditest e se elegeram no final de 2007 prometendo a tal "transparência" de seus atos e gastos. Desde janeiro/2008, quando assumiu a gestão "Sindicato Para Todos", os filiados que sustentam a Diretoria somente tiveram acesso a um único balanço de Tesouraria, publicado num jornal sindical do 1. semestre/2008 e nada mais até hoje.

Ainda em 2008 essa Diretoria "Para Todos" teve o descaramento de realizar uma assembléia para poucos (em outubro, véspera da eleição de prefeito), escondida dentro da sede do sindicato, só para aprovar autorização de venda da subsede da rua Comendador Macedo e também um questionável mecanismo de autoproteção dos diretores contra eventuais processos judiciais sobre os atos escusos que cometerem. Neste blog publicamos a lista dos fantasminhas presentes nessa especialíssima reunião de outubro/2008 (clique aqui para rever a postagem "Quem tem culpa no cartório").

No mesmo passo, a gestão 2008-2009, co-dirigida por Wilson Messias e Dr. Antonio Neris, descumpriu desavergonhadamente a exigência do Estatuto do Sinditest de realizar - até o dia 31 de março de cada ano - uma Assembléia ordinária de prestação de contas; não a fez nem em 2008 nem em 2009! Desrespeita e desconsidera sistematicamente os membros do Conselho Fiscal eleito, a quem não pediu previamente autorização para gastar R$520 mil na compra da nova sede da r. Agostinho Leão, igualmente dando uma rasteira em membros da base que foram eleitos em assembléia geral para fiscalizar aquela compra vultosa.

"Transparência", como essas e outras evidências comprovam, foi uma parte do discurso eleitoreiro de 2007 da Diretoria atual do Sinditest, mas ficou mumificada nos jornaizinhos da campanha demagógica. Eles tem recursos materiais e tecnológicos para divulgarem todas as informações de seus atos aos filiados contribuintes. Por que não o fazem? Pensem!