Se houver acordo com trabalhadores e aposentados, a aprovação das mudanças na regra do fator deverá ocorrer ainda em agosto. O Governo quer implantar a regra do fator 85/95. Por essa regra, para ter direito ao valor integral do benefício, a soma da idade e do tempo de contribuição teria que ser 85, para as mulheres, ou 95, para os homens.
Quem não atingir essa soma, mas completar o tempo mínimo de contribuição (35 anos, homem, e 30 anos, mulher), terá o Fator Previdenciário aplicado no cálculo, e a perda, de acordo com a idade do segurado, pode ser de até 40% do benefício.
As centrais e os aposentados aceitam discutir a regra do 85/95, mas querem alterar a regra do cálculo da média de contribuições. Atualmente, essa média leva em conta as 80% melhores contribuições desde julho de 2004. As centrais sindicais admitem que podem fechar acordo em uma média das 70% melhores contribuições.
"De início, nós pedimos as 60% melhores contribuições, mas é possível aceitar outro índice", disse o presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT/SP), Paulo Pereira da Silva. A central reivindica também que o Governo limite, em no máximo 20%, a perda do segurado que completar o tempo mínimo de contribuição, mas não atingir a soma do fator 85/95. Para a Confederação de Aposentados (COBAP), se o Governo rejeitar a proposta, o caminho será lutar pela extinção do fator no Congresso Nacional.
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Fonte: Agora/DIAP
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