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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O fim da odiosa "Era Bush"

"Mudança, nós precisamos" - com esse slogan o senador Barack Obama fez sua campanha a presidente dos EUA, derrotando na eleição de ontem o candidato do Partido de George Bush Jr.

Mencionamos o acontecimento porque aos trabalhadores do mundo inteiro não é um aspecto que "tanto faz" quem ocupa o trono do que na prática é um cargo de "imperador" do planeta Terra. A eleição de 4/11/08 foi histórica, e deve trazer mudanças no mundo.


Chega ao fim o reinado de Bush Jr., o presidente mais estúpido da história norte-americana. Um dos mais mentirosos. O que levou os EUA à recessão brutal e ameaça arrastar o resto do mundo a graus variáveis de crise econômica. Um dos mais belicistas, com suas guerras "preventivas" e a invasão militar de países soberanos.


Bush Jr. é a apropriada expressão caricata da turma ultra-fundamentalista que tomou conta do governo dos EUA. Uma turma que prega raivosamente dois fundamentalismos: a visão neoliberal do livre-mercado e a idéia religiosa de que os EUA e seu povo são os únicos "escolhidos" de Deus na Terra. A doutrina do livre-mercado sem quaisquer controles levou à atual supercrise financeira, produzindo despejos e desemprego massivos entre trabalhadores americanos. A visão religiosa conservadora faz com que americanos se achem donos da verdade sempre, justifica as guerras, gera ataques à Ciência e retrocessos absurdos na Educação Pública americana (como o ensino do criacionismo).


A maioria dos americanos, contudo, mostrou estar muito descontente com os rumos do fundamentalismo Bushiano ao longo dos últimos 8 anos. Por isso, elegeu o primeiro presidente mestiço daquele país e apetrechado de sólida formação acadêmica (ao contrário do imbecil Bush). Querem mudança, mas ainda não está claro como ela será. Como o presidente da república situa-se no topo de uma engrenagem estatal capitalista-imperialista, é difícil que se produzam alterações significativas desse sistema. Talvez mais para a situação interna daquele país, e pouca coisa mude na política exterior. Afinal, inspirando os dirigentes do aparato imperialista norte-americano continua firme a Doutrina Monroe: "abra sempre um largo sorriso, mas carregue sempre um grande porrete". O tempo dirá o quanto o presidente Obama, nas relações com os demais países, pretende sorrir mais ou recorrer ao porrete escondido.
Não somos porém míopes ao ponto de martelar aquela conversa de que Obama e McCain são "farinha do mesmo saco". Não são. Além disso, o que mais este post quer é comemorar o fim do regime mais agressivo, incapaz, mentiroso e antipopular da república norte-americana.

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