-->

terça-feira, 28 de outubro de 2008

2010: Governo não cumprirá o reajuste do Acordo da Greve de 2007

Todos os dias, todos os meios de comunicação falam da supercrise financeira mundial iniciada nos EUA em 2007, um tema que parece "grego" de tão complicado de entender. Estamos quase no fim de 2008 e ninguém – absolutamente ninguém – se atreve a dizer qual a profundidade e a duração da tal crise, que fez virar fumaça em poucas semanas trilhões de dólares. Só que ela durará mais que esses 2 anos. E o desfecho é desconhecido.

Há 1 mês o presidente Lula dizia que isso era só uma "marola" que pouco balançaria o seguríssimo barco brasileiro. Agora já não fala mais assim e seu ministro do planejamento já usa em entrevistas frases como "se for preciso enfiar a faca, vamos enfiar" (clique aqui para ver a reportagem onde ele afirma isso). Quer dizer, cortará despesas que julgar menos importantes, como as da folha do funcionalismo. Os servidores públicos já tem experiência com os lances e ameaças da tal "faca".


Lembram da novela do começo deste ano para pagar a primeira parte do Acordo da Greve de 2007? Por causa do fim da CPMF, tirando R$ 40 bilhões da receita do Governo Federal, o Ministério do Planejamento ficou meses alegando que não poderia cumprir o prazo de pagamento do reajuste de 2008 acertado na Greve do ano anterior. Afinal pagou, mas ainda sobra confusão com a Medida Provisória.


Agora, o raciocínio é simples. Se este ano a economia do Brasil crescerá ainda bem (uns 5%), em 2009 arrisca crescer menos - de 3 a 3,5%. A supercrise mundial afetará para valer o crescimento econômico brasileiro em 2010 e o governo dirá que sua arrecadação de impostos caiu por causa do esfriamento das economias mundial e nacional. Consequência: ao fazer o orçamento para 2010 – que deve incluir o dinheiro para a parte final do reajuste do acordo da greve – o sr. Paulo Bernardo vai usar sem dó sua faquinha, "em nome do equilíbrio orçamentário". E os servidores poderão ver de fato o descumprimento da palavra do governo, ficando com os bolsos a ver navios. E facas, faquinhas e facões.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que a FASsUBRA não faz logo uma campanha pra derrubar esse ministro do cacete. Pro Paraná sobra os ministros tralhas: Bernardo, Stephanes...