Preocupante a menção que se fez, na entrevista dos membros do Ministério Público, a que o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes tenha sido “um crime de ódio”.
Por Fernando Brito, em seu Blog Tijolaço
Ora, é claro que pode e até deve haver ódio num crime, ainda mais um bárbaro como este.
Mas Ronnie Lessa, o milionário sargento da PM, não ficou rico, a ponto de ter apartamento, casa, carro e lancha de luxo matando, se me perdoam o paradoxo, “por amor”.
Ninguém que não viva da indústria da morte guardaria, desmontados, uma dezena de fuzis. Nem mesmo como ‘segurança de bicheiro’ é que lhe veio a fortuna que ostenta.
É por isso que se deve fazer a investigação do patrimônio que possui e de sua movimentação financeira.
É preciso ser muito tolo para acreditar que a tentativa de matá-lo , um mês depois do assassinato de Marielle, tenha sido um simples “assalto” na praia.
Ronnie, a esta altura, sabe perfeitamente quem mandou fazer aquele ataque, porque 20 anos como policial o habilitam a descobrir.
É um homem frio, a quem nem mesmo a perda de uma perna, noutro atentado, em 2009, encerrou a carreira das armas.
Odeia, sim. Mas mata por dinheiro, por ordem de alguém.
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