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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Operação Zelotes pega esquemas dos bancos Bradesco e Santander, além de afiliada da Rede Globo

A operação realizada na quinta-feira (26/3) por diversos órgãos federais contra um esquema que causava o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos, identificou várias grandes empresas e bancos entre os suspeitos de pagar propina para se livrarem de dívidas. Entre estas empresas está a RBS, maior afiliada da Rede Globo

Os investigadores, segundo o jornal o Estado de S. Paulo, desconfiam que a RBS pagou 15 milhões de reais para que desaparecesse um débito de 150 milhões de reais. Estariam envolvidas também Ford, Mitsubishi, BR Foods, Camargo Corrêa, Light, Petrobras e os bancos Bradesco, Santander, Safra, BankBoston e Pactual.

O esquema desbaratado pela Operação Zelotes subtraiu do Erário pelos menos 5,7 bilhões de reais, de acordo com as investigações de uma força-tarefa formada por Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda.

O esquema atuava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão da Fazenda onde contribuintes podem contestar administrativamente – ou seja, sem passar pela Justiça – certas tributações aplicadas pela Receita.

A força-tarefa descobriu a existência de empresas de consultoria a vender serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais no Carf. Tais consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do Carf. Elas conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas. Entre seus clientes, estão as grandes empresas citadas pelo Estadão.

O Ministério da Fazenda informou que já abriu processos administrativos contras as empresas envolvidas, tendo como base a Lei Anticorrupção, a mesma que dá suporte a processos da Controladoria Geral da União contra empreiteiras metidas na Lava Jato.

Abaixo, a lista de alguns débitos investigados de algumas das empresas, segundo o Estadão:

* Banco Santander – R$ 3,3 bilhões
* Banco Bradesco – R$ 2,7 bilhões
* Grupo Gerdau – R$ 1,2 bilhão
* Banco Safra – R$ 767 milhões
* Grupo RBS/Globo – R$ 672 milhões

COMENTÁRIO: depois dessa, reitor Akel, tem ainda alguém na administração superior da UFPR querendo fazer negócio com o banco Santander, como no começo de 2012?
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Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Eles sonegam, é claro, mas são todos contra a corrupção.