Na segunda-feira (04/01), o jornal "Correio Braziliense" entrevistou a secretária-adjunta de RH do Ministério do Planejamento (MPOG), Maria do Socorro Gomes, abordando diversos temas sobre o funcionalismo público, gestão, carreiras, reajustes. Algumas declarações da secretária merecem reflexão na base de todo o movimento de servidores técnicos representados pela FASUBRA, no que toca à continuidade ou não do seu Plano de Carreira implantado em 2005 (PCCTAE).
Diz Maria do Socorro que a política de pessoal precisa dar, agora, "saltos conceituais". Ela explicita: “Não vamos mais fazer carreiras específicas para planos que são de áreas da administração direta. Não há que se falar mais se vamos ter uma carreira para cada ministério. O interessante é ter carreiras horizontais, que sejam comuns a todos os ministérios”.
A Secretaria de RH do Ministério já vem travando conversas com os sindicatos de servidores e Maria do Socorro reconhece que implementar os projetos para reorganizar a máquina não será tarefa fácil pois antevê que as entidades sindicais oporão resistências.
Assim, se uma funcionária de alto escalão declara à imprensa que o MPOG pretende "carreiras horizontais... comuns a todos os ministérios", entende-se disso que um Plano de Carreira como o PCCTAE, do âmbito do MEC, pode estar fadado à extinção se o Governo efetivamente reestruturar tudo.
Esse debate tem que ser feito não apenas na cúpula das entidades, não apenas nas Diretorias da FASUBRA e dos sindicatos, mas precisa acontecer também na base, para que trabalhadores e trabalhadoras não sejam pegos de surpresa e tenham depois que se resignar a "escolher" entre aceitar ou aceitar a mudança. Cremos que o assunto será item da pauta da próxima Plenária da FASUBRA, marcada para 23 e 24 de janeiro, em Porto Alegre. Cabe à Direção do SINDITEST informar a base e fomentar o debate sobre as perspectivas da Carreira dos Técnico-Administrativos.
3 comentários:
Quando o governo instituiu a quebra do step constante, muitos já entenderam que seria o primeiro passo pra quebrar com o PCCTAE.
Muitos técnico-administrativos pensam que isso seria benéfico, valorizando determinada classe em detrimento às outras. Na verdade, o governo quer instaurar o EMPREGO PÚBLICO, aquele mesmo que já foi debatido e rejeitado em movimentos grevistas passados.
Não que o PCCTAE seja o melhor, sabemos que não é, mas é preciso muita discussão NA BASE, para que as decisões não sejam tomadas e impostas de cima para baixo!
Nesta hora veremos a capacidade dessa nova Diretoria do Sinditest em mobilizar e esclarecer a categoria!
Vai ser preciso muita luta!!
Aguardemso as orientações da FSUBRA, que parece bastante apagada neste momento! Os Diretores devem estar TODOS em férias...mas as coisas continuam acontecendo, aliás é na calda da noite que elas mais acontecessem!
Na conferência de RH em julho de 2009 o Ministério do Planejamento deixou claro que não haverá mais espaço para o PCCTAE.
Até agora não vi manifestação do Sinditest a respeito do assunto.
Pra bom entendedor...
o PCCTAE vai ser arrebentado aos poucos pela ação do Ministério, pois este vai criar um outro tipo de carreira pra especialistas das universidades, mais atraente e baseada em atributos como formação escolar e desempenho medido. Aí botam pra galera: quer ficar no PCCTAE ou ir pra nova carreira? A turma NS migra toda pra nova carreira horizontal, mais uns de nivel D, e o PCCTAE fica de pernas quebradas pros sindicatos administrarem com o pessoal de niveis inferiores. Lascou mesmo.
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