''Qual é o problema com o governo da Bolívia?'', perguntaram à senhora Condoleezza Rice. Ela respondeu: ''o governo da Bolívia''. Certa ou não, a piada reflete claramente a postura de Washington em relação ao processo de mudança levado adiante pelo povo e pelo presidente Evo Morales.
Como era previsto, a oposição boliviana deu uma demonstração do que fará se conseguir seu intento de derrubar o governo de Evo Morales: assassinou 30 camponeses em Pando na fronteira com o Brasil. Como conseqüência, a capital do departamento (Estado) foi ocupada por tropas do Exército boliviano e foi decretado o Estado de Sitio.
Não devemos ter nenhuma dúvida sobre a gravidade da situação na Bolívia e do que são capazes suas elites políticas de direita, seja em Santa Cruz, seja em Cobija ou em qualquer outra região do país. São racistas e violentas. Optaram pela derrubada do governo e não respeitam nem a lei e nem a Constituição. A comunidade sul-americana tem que dar um recado duro e direto para eles, de que não vão tolerar mais suas ações violentas e ilegais e nem a tentativa de estrangular a economia boliviana.
O governo Evo Morales tem se pautado pela obediência à Constituição. Foi confirmado pelo voto popular no recente referendo convocado pela oposição e tem dado mais do que provas de bom senso, ponderação e sensatez ao não usar as forças policiais contra a oposição.
Contra outro Pinochetazo
O governo boliviano tem sido até condescendente ao extremo com as violências desta, com seus saques, bloqueios de estradas, ocupações de prédios públicos, agressões a apoiadores e membros do governo, sabotagens à produção e transporte de gás, e violações da lei e das medidas administrativas de La Paz.
A reunião do bloco de países que constituem a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) hoje em Santiago, no Chile, é um momento adequado para o Brasil deixar claro que, ou a oposição aceita o diálogo e a negociação, ou deve ser declarada fora da lei e assim tratada. Nosso país sabe de sua importância política e econômica para a Bolívia.
A economia boliviana, particularmente a dos departamentos de Pando, Beni e Santa Cruz não sobrevive sem a nossa. É preciso que a oposição que governa esses departamentos seja chamada à ordem e, de forma curta e grossa, informada de que não vamos permitir outro Pinochetazo na América do Sul e de que vamos dar todo, todo apoio mesmo, a Evo Morales e ao governo constitucional da Bolívia.
Posição do Movimento Avançar na Luta
Como Movimento classista, de solidariedade aos trabalhadores e povos oprimidos pelo imperialismo americano, "Avançar na Luta" soma-se a esse alerta e conclama a que todas as entidades de trabalhadores de Curitiba e do Paraná também repudiem com veemência toda tentativa de golpe para derrubar o presidente constitucional Evo Morales.
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Fonte: com informações do Blog do Zé Dirceu e Portal Vermelho
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