Vejam só que decisão de altíssimo valor e utilidade para os cidadãos de Curitiba: sessão da Câmara Municipal, ontem (22/4), aprovou a criação do "Dia dos CACs" (sigla para Caçadores, Atiradores e Colecionadores). Os bolsonaristas edis autores da aberração militarista foram Tathiana Guzella (União Brasil) e Eder Borges (PL, o partido do genocida inelegível e de tripas problemáticas).
A data em que os armamentistas gostariam talvez de sair atirando a torto e a direito, para comemorar, é 3 de agosto - 3/8 - pois esse número faz alusão ao calibre 38 das armas. Vinte e um imbecis da Câmara votaram na absurda proposta e oito vereadores com juízo a rejeitaram.
Segundo informa o Jornal Plural, na edição de hoje, "os vereadores Rodrigo Marcial (Novo), Guilherme Kilter (Novo), Da Costa (União Brasil) e Rafaela Lupion (PSD) defenderam o projeto. Para Marcial [sobrenome adequado, não é mesmo? Bélico], 'atividades legítimas, praticadas por cidadãos de bem, que cumprem rigorosamente a lei, são alvo de perseguição ideológica'”.
Em contraponto a esses criptofascistas, o jornalista José Marcos Lopes, do Plural, assinala que um "estudo do Instituto Sou da Paz, divulgado em agosto do ano passado, mostra que, desde 2016, CACs vêm sendo cada vez mais utilizados para facilitar o acesso a armas e munições por organizações criminosas. Foram dois casos em 2020; três em 2021; 11 em 2022; 12 em 2023; e 8 em 2024."
E, de fato, foi com esse objetivo que, no tenebroso mandato do genocida inelegível Bolsonaro, a legislação foi afrouxada para permitir a aquisição de praticamente todo tipo de arma, sem controle estrito sequer das Forças Armadas, e se deu a proliferação dos tais CACs. No começo do governo Lula-3, felizmente, esse "liberou geral" para instrumentos letais voltou a ter mais controle.
Há um filme no streaming (PrimeVideo), chamado "Uma Noite de Crime" ("The Purge", no original, que significa "A Purificação") em que se mostra um futuro distópico, ambientado nos EUA [tinha que ser...], em que o próprio governo institui um período de 12 horas, à noite, em que as pessoas estavam liberadas para praticarem todo tipo de violência, uns contra os outros, com a arma que fosse (tiro, facada, enforcamento, lança-chamas etc). A justificativa era que, com esse período de ultraviolência liberada, após as pessoas extravasarem sua truculência e cólera à vontade, nos outros 364,5 dias do ano elas iriam voltar a conviver pacificamente, sem ocorrências policiais.
Talvez com esse tipo de "futuro" bestializado delirem, embevecidos, certos "representantes do povo", intoxicados pelo discurso de morte, ódio e preconceito incitados pelo fascismo.
Um comentário:
Canalhas. A ultra-direita saiu da toca com o bolsonarismoNaziFascista e vão dar trabalho para pelo menos equilibrar esta balança.
Ah! Sem Anistia.
Valeu Dodô.
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