Dentro de alguns bilhões de anos, o Sol começará a virar cinzas e inchará até cerca de cem vezes no seu tamanho atual, consumindo a Terra e os planetas mais próximos do sistema solar dentro de uma ardente névoa de plasma. Os astrofísicos pensavam que esta era a única maneira de uma estrela consumir os planetas que a orbitam.
ScienceAdviser - 14/04/2025
Agora, astrônomos trabalhando na JWST da NASA descobriram um novo modo de um planeta encontrar seu fim: mergulhando para dentro de sua estrela hospedeira.
Essa estrela fica a 12 mil anos-luz, dentro da nossa Via Láctea, e ela atraiu a atenção do pesquisador de exoplanetas Ryan Lau e seus colegas em 2023, quando começou a piscar bastante. Esta observação, capturada por um telescópio de 1,2 metros no Observatório Palomar, sugeria que a estrela teria absorvido um planeta durante seu estágio final de vida como uma gigante vermelha. Foi a primeira vez que astrônomos tinham testemunhado tal infanticídio celestial.
Porém, as novas observações derrubam essa narrativa. A luminosidade da estrela mostra que ela é muito jovem para já ter chegado na sua fase de gigante vermelha, e assim ela não poderia ter envolvido o planeta. O Dr. Lau e colegas agora pensam que esse planeta, com o tamanho de Júpiter orbitava a estrela mais ou menos da mesma distância que Mercúrio orbita nosso Sol. Ao longo de milhões de anos, o planeta mergulhou cada vez mais perto da estrela, até que os dois subitamente se fundiram, em uma explosão mais parecida com um suicídio astrofísico do que um infanticídio.
"Esta é uma história muito atraente que eles revelaram", diz o também pesquisador de exoplanetas Adam Burgasser, que não esteve envolvido na pesquisa. "A estrela não estava realmente 'inchando'; o planeta é que estava caindo dentro dela".
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