O privatizante projeto "Future-se" foi lançado pelo analfabeto "ministro da Educação" em 17 de julho e o governo do antipresidente divulgou um prazo para que todas as Universidades Federais e Institutos o discutissem, enviando "sugestões" ao MEC.
Na UFPR, aconteceu um concorrido debate sobre esse projeto num auditório no Centro Politécnico, em 1. de agosto, em que foi praticamente unânime a rejeição às propostas bolsonáricas para a Educação Pública, entendendo-se que elas mutilam a autonomia universitária e reduzem o financiamento público (já curto) das IFES, além de vários outros problemas. Que, na prática, o "Future-se" terceiriza toda a governança da Universidade.
Por fim, em sessão do Conselho Universitário ocorrida em 27 de agosto, com presença de servidores TAE, docentes e estudantes na Sala dos Conselhos (ver vídeo acima), o "Future-se" recebeu um contundente "Não" da UFPR. A Resolução final do CoUn, que enumera e critica todos os problemas do projeto, pode ser lida na íntegra aqui.
Já é de amplo conhecimento o corte, pelo governo federal, das verbas de custeio das IFES, da ordem de 30%, ameaçando a normalidade de funcionamento das instituições nestes meses finais de 2019. Na UFPR, a tesoura decepou 48 milhões de reais, que pagam contratos de terceirizados, contas de luz, água, materiais de laboratórios e outros serviços. Sem contar a subtração de numerosas bolsas de pós-graduação e pesquisa, um imenso retrocesso no sustento da produção de conhecimento pela Universidade Pública.
Autoridades da Administração Central da UFPR já alertaram que os recursos para saldar essas contas acabam em setembro. A comunidade universitária aguarda apreensiva a materialização das consequências dessa crise, mas busca organizar lutas de resistência via assembleias de categoria e comunitárias.
O reitor Ricardo Marcelo procura demonstrar algum otimismo, como que não crendo que o MEC vá mesmo manter o corte que inviabiliza a vida da UFPR. Porém, a questão concreta é: devido ao repúdio generalizado da UFPR ao "Future-se", vai o MEC manter o corte de verbas como retaliação? Do desgoverno Boçalnaro se pode esperar de tudo.
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Vídeo: assessoria de comunicação do Sinditest
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