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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Garfado antes, garfado mais agora o filiado do Sinditest

Quando o Sinditest surgiu (1992), a ata da assembleia de fundação dizia que cada filiado contribuiria com 0,5% de sua remuneração, sem deixar claro se era a receita bruta ou a líquida. O que se verificou ao longo de anos é que o valor descontado compulsoriamente no contracheque em geral ficava acima do valor do vencimento básico e abaixo do salário bruto. Ou seja, o Sindicato se tornava beneficiário também de parte dos benefícios do sindicalizado, como adicionais e vales. Uma situação injusta.

Isso só foi denunciado em assembleias de greve de 2011. O pelego presidente do Sinditest da época, Wilson Messias (e seus asseclas, como a atual presidente do sindicato), tentou desviar o assunto, mas foi desmascarado. No entanto, só em assembleia de 2012 isso foi regulamentado – por proposta de quem hoje é Oposição à atual Diretoria do Sinditest – que todo desconto sindical devia ser de 0,5% sobre apenas o Vencimento Básico, nunca mais sobre adicionais e benefícios do contracheque.

O que fez então o atual vice-presidente do Sinditest naquela ocasião, o presunçoso Márcio Palmares? Pediu um “tempo de adaptação” para a nova regra, pois iria haver queda de arrecadação e o sindicato estaria pressionado por muitos gastos. Mostrando boa vontade, a Oposição concordou, ingenuamente pensando que a tal “adaptação” duraria poucos meses. 

Não durou, estendeu-se por muito mais tempo. Durou até o período da fraude chamada “Congresso de mudança estatutária”, fraude realizada em outubro/novembro de 2014, onde a Diretoria PSTUcana do Sinditest inventou de enfiar no “novo” Estatuto que a mensalidade deve subir a 1% sobre o vencimento básico.

Ou seja: ao longo de anos, a Diretoria já vinha garfando além do que devia do salário dos filiados. E agora, num congresso fraudado, pretende garfar mais, elevando a 1% o desconto. E ainda diz que isso foi debatido “democraticamente”, num Congresso fraudado. A Diretoria PSTUcana do Sinditest defende isso na abjeta matéria publicada em seu site.

Não se pode aceitar isso. Um sindicato pode e deve ser fortalecido por seus filiados, mas não de maneiras fraudadas e que, no fim de contas, serve em grande medida para beneficiar um grupelho de incompetentes e seu partido político, o PSTU.

A Oposição do Sinditest luta contra isso, contra a empulhação sobre seus filiados disfarçada sob discursos de combatividade que denigrem seus adversários. O reinado do PSTU sobre o Sinditest acabará e o sindicato será recuperado para quem é seu verdadeiro dono: a base de todos os servidores independente de filiação partidária.

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