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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Governo apresentou nova proposta aos professores federais em greve

Em reunião que começou no meio da tarde de ontem e terminou por volta de 21 horas, o Ministério do Planejamento ofereceu às duas entidades nacionais dos docentes em greve uma nova proposta, cujo custo anual foi elevado de R$3,9 para R$4,2 bilhões.  Mantem-se percentuais mais altos de reajuste para os níveis mais altos da carreira (45%) mas os níveis inferiores desta vez serão contemplados com percentuais melhores, em torno de 25%, concedidos em 2013, 2014 e 2015, sempre no mês de março.  O Governo enfatiza que esta é sua última proposta - tipo "pegar ou largar".

As entidades ANDES-SN e PROIFES, que representam sindicatos de base dos professores, divergem na avaliação da proposta.  Para a ANDES, a proposta continua insatisfatória, pois "a desestruturação da carreira continua, sem nenhuma relação lógica na evolução entre os níveis e as classes, os regimes de trabalhos e as titulações, desconstituindo direitos, e para a maioria dos docentes as alterações salariais são apenas nominais, pois não acompanham sequer a inflação", afirma o seu 1. vice-presidente.

Por outro lado, no entender do PROIFES-Federação, "houve avanço no processo negocial com a aceitação de 15 pontos considerados inaceitáveis na proposta anterior".  Para Eduardo Rolim, presidente do PROIFES, na nova proposta do Governo existe a "garantia de que nenhum professor recebesse um reajuste inferior a 25%. Para atender a demanda, o governo teve que ampliar os recursos de 3,92 para 4,2bilhões. Os Ministérios da Educação e do Planejamento retiraram os pontos que feriam a autonomia universitária, anteciparam para março o pagamento dos reajustes anuais, e retiram as barreiras para progressão no Magistério Superior e no Ensino Básico, Técnico, e Tecnológico [EBTT]."

Ambas as entidades farão consultas às entidades de base até o meio da semana que vem.  A direção do PROIFES já sinaliza a suas bases para que aceitem a proposta do Governo e encaminhem para breve o final da paralisação.  A ANDES critica a  nova proposta, mas não está claro se recomendará às assembleias de base de suas filiadas a rejeição, como se deu no caso da primeira proposta.

A APUFPR, filiada à ANDES, já convocou sua assembleia geral para 30 de julho, às 14h00, no auditório da Administração do Centro Politécnico.

No caso dos técnico-administrativos, não há nenhuma notícia sólida de que o CNG-FASUBRA será chamado para receber alguma proposta do MPOG e a greve prossegue.


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