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sábado, 21 de julho de 2012

A greve e os truques do governo

Reproduzimos artigo de Maurício Caleiro, do Blog Cinema e Outras Artes, lembrando que a assembleia dos docentes da UFPR, reunida no RU-Central em 19/07, rejeitou a proposta do Ministério do Planejamento, mantendo a greve.

À medida que vêm à tona análises mais detalhadas da proposta do governo Dilma aos professores em greve, fica cada vez mais evidente que se trata não apenas de uma resposta insatisfatória em termos salariais e de estruturação da carreira. Depreendem-se do caso aspectos preocupantes quanto às estratégias comunicacionais adotadas pelo governo no episódio, no modo como ele concebe e se relaciona com o professor universitário no Brasil e, sobretudo, no que toca à posição da Educação ante a área econômica do governo, tendo em vista seu planejamento e perspectivas futuras.

Ilusionismo financeiro
Quanto aos aspectos propriamente salariais, claro está que a proposta do governo é de tal ordem sujeita a variações de dados macroeconômicos futuros e à definição exata de datas de reajuste – deixadas em aberto - que não se pode falar categoricamente em aumento. Pois, a depender da inflação de 2012, 2013 e 2014 e de como o governo dividirá percentualmente entre tais anos os reajustes salariais, estes podem ser anulados ou mesmo superados pelo aumento do custo de vida.  Aumentos trienais sem garantia de percentual acima da inflação não significam a priori aumento real, mas uma aposta.

Um comentário:

Luis disse...

Não podemos esquecer a crise na Europa, nos Estados Unidos e na Conchinchina do Norte.
O Brasil tem que ser solidário e criar uma crise interna também. Afinal de contas eles são primeiro mundo e sabem o que estão fazendo.
Já vi esse filme