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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um reitor bárbaro

Imaginem um lugar com cerca de 110 mil habitantes e quase 5 milhões de metros quadrados, todo cercado, com um administrador que toma decisões sem ouvir ninguém, que recorre à repressão policial e ao banimento de dissidentes e utiliza espiões para se manter informado da atividade dos adversários. Não, não se trata de nenhuma republiqueta de bananas, mas da maior universidade do País, a USP, sob a governança do reitor João Grandino Rodas, também conhecido no campus como “o rei”.

Desde que assumiu a direção da USP, em 2010, uma série de medidas polêmicas tem colocado na berlinda a gestão de Rodas, criticada como pouco democrática, para dizer o mínimo. Em janeiro deste ano, vieram à tona documentos que mostram que o reitor recebe de arapongas relatórios sobre o que se passa nas reuniões dos funcionários, professores e alunos. Confeccionados por certa “sala de crise”, os textos trazem todos os detalhes sobre as assembleias, narradas ponto a ponto, inclusive com os nomes e ligações partidárias dos envolvidos.

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