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sábado, 14 de abril de 2012

“Barracos” da ultraesquerda ameaçam unidade e efetividade do CONFASUBRA

"Barraquismo” militante foi o que se viu no terceiro dia do XXI Congresso Nacional da FASUBRA. Em um dos mais importantes Grupos Temáticos do CONFASUBRA, sobre necessárias revisões no Plano de Carreira dos TAE, aconteceu um tumulto que avacalhou a discussão do tema. O que rola pela rede social Facebook é que, numa das atividades do Congresso, um militante de um dos grupos da ultraesquerda teria hostilizado a coordenadora nacional da FASUBRA Leia, da corrente Tribo. Seu companheiro de corrente, Luizão, ao defende-la, teria dirigido ao militante uma expressão de suposto teor homofóbico. Em revide, esse militante teria tratado o servidor baiano Luizão, veterano da FASUBRA, com expressões como “negão safado” e “capataz”. Foi o que bastou para que, pateticamente, se formassem de um lado um grupamento “antihomofobia” e, de outro, um “antirracismo”, atacando-se mutuamente no Congresso e nas redes sociais. 

A foto acima [clique nela para ampliar], emprestada ao álbum de Facebook da colega Cristiane Andrade, do HC (diretora do Sinditest e delegada ao CONFASUBRA), mostra o achincalhe organizado da ultraesquerda contra a suposta homofobia do militante Luizão (de camisa azul escuro e boné, no centro da foto). Delegados fizeram cartazes com dizeres como “Homofobia é crime – Fora Luizão” e subiram à mesa para detonar o diretor da FASUBRA. Obviamente, isso inviabilizou o bom andamento do GT sobre Carreira. CLIQUE AQUI para ver um vídeo que gravava o debate da Carreira quando o auditório é invadido pelos manifestantes, obrigando à suspensão dos trabalhos (avance até os 48min35seg do vídeo, para ver o começo do tumulto).

Neste Blog, até por não termos mais elementos concretos para analisar quem disse o quê, se praticou homofobia, racismo ou nada disso, deixamos de lado esse debate. Chamamos a atenção para algo muito, mas muito mais grave: o risco de divisão na prática do movimento nacional dos técnicos organizado na FASUBRA. 

Ora, se pessoas e grupos acham mais importante realizar um protesto organizado contra um diretor da FASUBRA em torno do que julgaram ser conduta indevida desse diretor (membro de uma corrente diferente dos manifestantes), e isso inviabiliza o debate sobre um dos principais temas do Congresso, estamos diante do quê? Por que tais grupos não levaram seu protesto, justificado ou não, para outra ocasião e instância em vez de esculhambar o ambiente onde se dava o GT? Do outro lado, também não ajuda nada ficar chamando de "racistas" os acusadores de Luizão.

O “barraco” nesse GT da Carreira revela esgarçamento nas relações entre as lideranças e grupos, denota incapacidade de convivência respeitosa e de debate civilizado entre posições diferentes! É mais importante para certos grupos berrar contra seus adversários do que debater e achar os pontos comuns para fazer a luta. Interessa mais transformar um Congresso sindical em guerra de torcidas, em um FlaFLu ou um Atletiba, situação em que, evidentemente, qualquer debate sério já foi pras cucuias. Esse é, portanto, o grande risco no XXI CONFASUBRA – o de não chegar a consenso algum para puxar as próximas lutas, o de manter e talvez aprofundar a divisão que se revelou na derrotada greve de 2011. 

Ainda resta o dia de hoje (14) para ver se a sobriedade e maturidade foram restabelecidas, se as diversas correntes conseguirão convergir para aprovar um Plano de Lutas unitário para este ano e o próximo. A campanha salarial para o reajuste de 2013 tem que prosseguir, a FASUBRA deve continuar negociando com o governo federal sua pauta até uma data-limite (maio no máximo) e, se nada conseguir só na conversa, terá que propor às bases uma nova greve nacional (a partir de junho, possivelmente). Como fazer isso se não for recuperada a unidade perdida? 

10 comentários:

PARANÁ disse...

o que pude apurar em varios comentários sobre este assunto, é que, não é primeira vez que o Wellington apronta nos congressos, tem uma pessoa que afirma que as peripercias deste cidadão já vem desde 1997. e não foi somente uma vez, mas, varias.

a direção da FASUBRA tem que tomar um posicionamente muito firme em relação ao fato e a este cidadão.

quer tumultuar, fique em sua casa, pois a categoria quer e debater e construir coletivamente.

Sebastião Dambroski - IFPR disse...

Concordo com vc Paraná. A Diretoria da Fasubra precisa se reunir e tomar um posicionamento claro neste caso, no intuito de garantir que a forma organizada e respeitosa nas atividades Congressistas sejam mantidas. Deve-se buscar, sempre que possível, o dialogo, a atenção às diferenças de pensamento e de ideologias e sobretudo, manter-se o respeito com as opiniões divergentes. Todos sabemos que no meio político, a unanimidade é uma utopia, há que se respeitar as opiniões, discutí-las e levá-las ao plenario se necessário.

Glaci disse...

é o que dá cada grupo quer defender ferrenhamente a posição do seu partido, mesmo que para conseguirem isso joguem para o lixo as aspirações da categoria.
Esse filme já foi visto em outras ocasiões, vão para o Congresso se degladiam politicamente e o servidor que deveria ser defendido por todas as correntes é mais prejudicado.... pois essa galera sai de lá sem nada aprovado, nem plano de lutas, nem perpectivas para um futuro próximo ou longínquo.
É uma pena .... desperdício de tempo e dinheiro ... Temos que lamentar tais fatos.

Ratinho disse...

Lamentar tudo isso e esperar que esses posicionamentos mudem. Resta apenas aguardar e com muita paciência. Paciência, que está no limite, a base já não aguenta ficar à margem enquanto seu sindicato serve de tranpolim político. A base está acordando e os diretores que comecem a mostrar melhor serviço para a categoria. MENOS DISCURSO, MAIS AÇÃO. CADÊ A PRESTAÇÃO DE CONTAS (31 MARÇO)...

Administrativo UTFPR disse...

Esse pessoal de ultra-esquerda e cérebro de amendoim não consegue espaço na argumentação e aí provoca esses barracos. Esse pessoal é caso de manicômio.

Anônimo disse...

Isso tudo é falta de foco e inteligência, é miolo mole mesmo,sabemos que a Federação depende de atitudes centradas, de verdade e acima de tudo que não se tente tumultuar o processo por ideologias politicas que podem conviver durante as negociações, intolerãncia NÂO, convergencia e principios SIM, talvez seja a hora de discutir o formato de congresso visando melhorias.

Romanus! disse...

Quando falta argumentos, o negócio é espernear e levantar dúvidas. Certezas? Só em sonhos e devaneios, rsrsrsrsss.

meri disse...

é lamentavel o que estamos vendo no congresso da fasubra, quando as pessoas não tem tranquilidade e firmeza na posição das idéias no campo do dialógo, parte para a agressão. e com isso perdemos todos nós, que vamos ficar nas mãos dos extremos radicais sem causa.

PARANÁ disse...

a que puxou a fila do barraco e atacou o Luizão através de cartazes e palavras de ordem com um megafone.
foi no ultimo domingo, eleita uma das Coordenadora Geral da FASUBRA, bem como, um de seus soldados tambem eleito um dos Coordenador Geral.

acreditem se quiser, diante deste cenário poderemos esperar o que da FASUBRA?

só nos resta pedir a benção de DEUS para a nossa categoria.

Ratinho disse...

Novos momentos de turbulência e negociações desastrosas com o Governo. É isso que vai acontecer caro Paraná. Mais um ano sem reajustes e reposição salarial, visto que o tom da conversa demonstrado nesse Congresso é da rebeldia e baderna barata!!!