O WikiLeaks está vazando para todo o planeta, em seu site www.wikileaks.org, cerca de 250 mil documentos secretos de embaixadas dos EUA, escritos por funcionários e diplomatas dessas embaixadas nos mais diversos países desde 1966 até hoje, em que revela-se uma série de assuntos políticos internos desses países e os interesses dos norte-americanos.
Um exemplo no caso da embaixada dos EUA em Brasília: um documento de autoria dessa embaixada conta que o atual Ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim (um tucano enrustido dentro do Governo Lula), confidenciou ao embaixador dos EUA que o presidente da Bolívia, Evo Morales, teria um tumor na cabeça e que foi o próprio Evo quem contou ao Lula... No meio desses 250 mil documentos, pode ter revelações bem graves e constrangedoras para americanos e autoridades de outros países, mas também muita bobagem.
Entretanto, por causa desse vazamento mundial (e muitos outros já feitos e futuros), o dono do site, o australiano Julian Assange, passou a ser perseguido e, depois de inventarem uma acusação de crime sexual contra ele, preferiu entregar-se à polícia de Londres, onde continua preso. No mundo há muita gente solidária a Assange e ao WikiLeaks, mas nos EUA tem gente reacionária defendendo até que ele seja assassinado, assim como seu site seja sumariamente censurado ou tirado da internet.
WikiLeaks faz parte daquilo que se vem chamando de Web 2.0, sites feitos de modo colaborativo por grande número de internautas e com uso de hipertexto. "Wiki-wiki", em havaiano, significa "muito-rápido", e "Leak", em inglês, designa vazamento (de informações, no caso).
Que tem a ver o WikiLeaks com a "chácara" do Sinditest? Bom, ainda hoje, este Blog publicou uma saudação à "cara nova" do site do Sinditest e uma torcida esperançosa para que ele seja instrumento de uma verdadeira transparência de tudo que ocorre na entidade e de suas contas. Coisa que esteve longe de acontecer nessa gestão "Sindicato Para Todos", mas, quem sabe, daqui em diante...
Porque o solene desprezo à prometida transparência, a omissão de informações, a divulgação parcial ou distorcida delas, resultou em que alguns abnegados servidores da base - com destaque ao incansável colega "Paraná" - tivessem que virar caçadores de documentos e evidências, como ficou notório no caso da compra/venda da famigerada "chácara" do Sinditest em Piraquara. Comprada pelo Dr. Neris sem autorização de assembleia em 2005 e vendida em 2009 pela atual Diretoria numa transação imobiliária que ainda está sob análise do Ministério Público, essa "chácara" virou um típico assunto para um WikiLeaks. Ou - parodiando - para um "SindiLeaks", haja vista o grande volume de documentos juntados no processo de denúncia de possíveis irregularidades, alguns deles vazados por este Blog. A novela é longa, não terminou e possui novos capítulos intrigantes, mas isso é história para outra postagem.
Que a Diretoria do Sinditest exerça de fato a transparência e na internet publique suas ações e balanços contábeis periodicamente, ou o SindiLeaks a todo tempo precisará continuar sendo acionado!
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