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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Fábulas fabuliciosas

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Após suarentas escavações no gelado deserto de Ohlesnonc-RPFU, no extremo mais sul da Patagônia, foram ali descobertas múmias datadas pelo método do carbono/silício/nióbio-28 do ano de 2025, cujos curiosos utensílios incluíam obsoletíssimos laptops do século 21 e símile-papiros com glifos do aparente antigo idioma português brasileiro.

Depois de extensivas análises pela IAIPC (Inteligencia Artificial Inteligente Pra Cacete), pôde-se traduzir dos papiros alguns diálogos do suposto ano de 2025, que buscamos facilitar em linguagem novicientífica como segue, de uma reunião de um certo Conselho Superior da Universidade Federal do Paraná, tanto o estado como a universidade entes extintos depois da Revolução 7.2, da Virada Tecnológico-Política de 2125:

“Conselheiro TAE:
-Sr. Presidente do CoUn, queremos denunciar aqui o problema dos RU’s da UFPR. Há reclamações dos usuários sobre a má qualidade das refeições servidas, em que praticamente todos os dias só se serve frango. Conforme ironizou aquele Blog, nossos RU’s estão parecendo filiais da lanchonete “Los Pollos Hermanos” da série “Breaking Bad”! Além disso, os trabalhadores da empresa contratada pela UFPR estão insatisfeitos e fazendo mobilização pelos salários! O que nos diz Sua Santidade, presidente do CoUn?”

“Presidente do CoUn, nervoso no teclado do laptop:
-Agradeço o informe da conselheira TAE e antecipo que estamos nos virando para tentar resolver essa demanda. Com a palavra, o conselheiro Acácio, da APUFPR”.

“Conselheiro Prof. Acácio:
-Penso que devemos analisar a fundo esse problema e resolver da melhor maneira possível. Afinal, estamos aqui para montar Comissões de Resolução das Questões Que Não Queremos Resolver de Imediato Aqui”, certo?

“Conselheiro TAE:

-Egrégios partícipes deste colendo Colégio, quero, a par do problema dos RU’s, levantar mais uma questão, esta bastante séria porque planetariamente abrangente. Trata-se do ataque do tirânico presidente atual dos EUA contra a Ciência e contra suas próprias Universidades, com destaque para a Harvard University, que resistiu às agressões de Donald Trump, um sujeito que já tem indícios de pré-demência (como atestam psiquiatras e neurocientistas sérios dos EUA e do mundo). Peço que este ilustre colegiado manifeste ativo apoio e solidariedade tanto a Harvard como às demais instituições universitárias dos EUA contra as agressões fascistas de Trump, e o faça através de moções públicas solidárias a partir deste Conselho Superior.”

“Presidente do CoUn, hesitante:
-Bem, prezada conselheira, vamos analisar e considerar sua proposição…”

Neste ponto, os papiros descobertos estão danificados demais e não conseguimos saber o desfecho das questões ali tratadas em 2025.

"Salvador, capital da República Mundial, 20 de junho de 2129."
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Fonte: Scientific LatinoAmerican Review on Archaelogic Studies

quarta-feira, 18 de junho de 2025

"Roqueiro ameixa seca!" "Corrupto e incompetente!" Cada vez mais feia a briga entre Bruce Springsteen e Trump

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Eles tem algumas semelhanças. O roqueiro Bruce Springteen e Donald Trump - pessoas na casa dos 70 anos, morando em New Jersey e com grandes eleitorados entre homens brancos de meia-idade e mais velhos. E, ambos, em muitos diferentes aspectos, são lideranças.

Param por aqui as similitudes.

O veterano roqueiro, há muito oponente político do presidente, colocou-se como um dos críticos culturais mais proeminentes de Trump na semana passada (maio) com um discurso feito num palco britânico.

E, como é de sua natureza, Trump está devolvendo - e duro. Ele chama Springsteen de "roqueiro que virou uma ameixa seca", e está também arrastando a cantora Beyoncé para a briga.

Na segunda-feira, 19/05, o presidente sugeriu que Springsteen e Beyoncé deveriam ser investigados para verificar se as aparições que fizeram apoiando sua oponente democrata, Kamala Harris, no outono passado, representaram doação ilegal de campanha.

Na abertura de uma tour em Manchester, na Inglaterra, Springsteen falou para sua plateia que "A América que eu amo, a América sobre a qual escrevi, que foi uma baliza de esperança e liberdade ao longo de 250 anos, está atualmente nas mãos de uma administração corrupta, incompetente e traiçoeira".

E acrescentou: "Esta noite eu peço a todos que acreditam na democracia e no melhor de nossa experiência norte-americana para que se ergam conosco, elevem suas vozes contra o autoritarismo e permitam que ressoe a liberdade".

Na legenda da charge da revista "The New Yorker", ele pergunta para ela: "Será que ir a um concerto do Bruce Springsteen contará como ativismo político agora?"

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Fonte: The Associated Press * 20/05/2025

HexaNitrogênio (N6) é a molécula mais energética já sintetizada até hoje

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Cientistas identificaram a primeira molécula estável de nitrogênio depois do bem conhecido, bom e velho dinitrogênio (N2), que compõe a maior parte da atmosfera da Terra. O HexaNitrogênio, por óbvio, tem seis átomos de Nitrogênio, mas "é mais como duas vezes o N3 do que três vezes o N2", explica o químico Artur Mardyukov, co-autor da pesquisa. Este arranjo de seis átomos de nitrogênio interligados dá ao N6 um ponto fraco bem no meio da cadeia, e por isso ele só é estável em temperaturas extremamente baixas.

"Este trabalho é espetacular e, em minha opinião, é digno de um prêmio Nobel", diz o químico Karl Christe. Mas nem pense em um frasco de hexanitrogênio para o seu estoque de Natal: quando a molécula se quebra, libera o dobro de energia que o HMX, o mais poderoso explosivo químico do planeta.
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Fonte: Nature Briefing/Chemistry World.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Brincando com a democracia na parada militar

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São já quase cinco meses do segundo mandato de Donald Trump, e ele não está apenas cada vez mais transformando os EUA em uma autocracia com sua interminável corrente de abusos do Poder Executivo, mas também desperdiçando quantias significativas do dinheiro dos contribuintes enquanto desfruta dessa condição.

Na capa da edição de 23/06 da revista "The New Yorker", o artista David Plunkert faz uma charge mostrando mais um dos últimos excessos do presidente: o desfile militar para celebrar o aniversário de 250 anos do Exército, que coincide com o aniversário de 75 anos de Trump, em 14/06, que vai custar cerca de 45 milhões de dólares.

Imagens podem ser bons veículos para a ironia. "O Monumento de Washington [obelisco, com uma pirâmide no topo] levantando-se alto no pano de fundo é um bom contraponto de granito ao chapeuzinho de festa de Trump", graceja Plunkert.
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Fonte: The New Yorker

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Filho (daP) de golpista, golpista é!

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O ex-dono da extraordinária lavanderia de “chocolates”(*) senador Flávio Bolsonaro acaba de dar declaração inaudita e espantosa. Em entrevista, o fascista Flávio diz que seu pai e a matilha que ainda o segue (porque muitos já desistiram, ao verem como ele é covarde, depois de seu depoimento caricato no STF na semana passada) apoiarão algum candidato a presidente da República em 2026 se, e somente se, esse candidato(a) se comprometer, em caso de vitória eleitoral, a conceder indulto ao pai genocida inelegível.  Isto é, que esse suposto futuro presidente da extrema-direita, em 2027, tiraria o genocida da cadeia.

E mais: na hipotética e improvável situação em que esse futuro presidente da extrema-direita concedesse o indulto para livrar Bolsonaro da cadeia, ele, o presidente, deverá impedir que o STF derrube a concessão do indulto – por bem ou por mal, isto é, na marra.

Ou seja, o STF - usando prerrogativa legal, impedindo essa absurda soltura de Bolsonaro - seria ameaçado mera e simplesmente de ser golpeado, de ter a sede invadida, juízes presos, e outras barbaridades. Leia-se: GOLPE. Esses fascistas continuam apostando no golpismo. Ora, uma declaração gravíssima e inaceitável como essa do senador merece ser veementemente criticada por todos os setores democráticos e também pela mídia ainda decente. Veremos isso?

Trata-se de mais um capítulo da trama golpista que insiste em rondar a democracia brasileira. Ao sugerir o uso da força contra o STF, Flávio ataca diretamente o Estado Democrático de Direito, afronta a independência entre os Poderes e escancara ainda mais o desprezo da família Bolsonaro pelas regras do jogo democrático.

A defesa de impunidade por meio de ameaças é prática de regimes autoritários, não de uma república democrática. A sociedade brasileira deve estar alerta: essa fala não é isolada — é parte de uma estratégia para manter um projeto autoritário vivo. É dever do Congresso, das instituições e de todos os democratas reagirem com firmeza. A democracia não pode ser refém de ameaças nem de chantagens.
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Com informações do Instagram da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
(*)Foi denunciado que Flávio Bolsonaro mantinha uma loja de chocolates Copenhagen no Rio de Janeiro, a qual serviria de fachada para “lavar” dinheiro oriundo do crime de peculato das “rachadinhas”, escândalo que a familícia Bolsonaro conseguiu abafar.

Bolsonaro a caminho das quatro linhas... do cárcere

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Bolsonaro e demais réus do dito “núcleo crucial” da investida golpista saem da fase do interrogatório e ficam mais próximos da necessária condenação.

Com o encerramento do interrogatório dos réus do “núcleo crucial” dos crimes de tentativa de golpe de Estado, na terça-feira, 10/6, a chamada fase de instrução do processo entra em reta final. Resta ainda o recurso a novas diligências, pelas defesas, como oitivas de citados nos depoimentos, que passarão pela avaliação do ministro Alexandre de Moraes, o relator do caso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A próxima etapa será a das alegações finais, que antecede a marcação do julgamento. A condenação ou absolvição do ex-presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, e de seu círculo mais próximo, será dos ministros que compõem a Primeira Turma – além do relator, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Será a conclusão do processo sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), prevista para antes do término do ano, possivelmente entre setembro e outubro.

Além de Bolsonaro, foram ouvidos o coronel Mauro Cid – o ex-ajudante de ordens do ex-presidente que delatou a trama golpista; o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que, durante o governo Bolsonaro, comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; e os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Os interrogatórios não trouxeram novidades, mas revelaram a presença dos acusados em reuniões para discutir a chamada “minuta do golpe”. Fizeram também referências aos “considerandos” – a parte introdutória do documento golpista que seria usada para “justificar” as medidas antidemocráticas. Bolsonaro negou que tenha havido ações para um golpe, mas reconheceu que apresentou “hipóteses constitucionais” aos comandantes das Forças Armadas após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva e disse que debateu a instalação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), contida no Artigo 142 da CF.

O depoimento de Mauro Cid foi o mais relevante, por reafirmar fatos da sua delação que apontam Bolsonaro no centro da trama golpista, confirmando elementos das tratativas, como depoimentos de testemunhas, anotações e mensagens das negociações. Quatro militares de alta patente – os generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier dos Santos – nada apresentaram que contestasse a robustez das provas, que atestam o papel deles de “braço armado” da tentativa de soterrar a democracia brasileira.

O ex-presidente, por sua vez, encenou a pantomima de um réu acovardado. Rogou desculpas a ministros do STF, ridicularizou seus apoiadores, a quem chamou de “malucos” por terem clamado por “intervenção militar”, e bajulou o ministro relator, a quem sempre dedicou, anteriormente (em entrevistas e discursos em atos chamados pela extrema-direita), os piores adjetivos. Os autos indicam, inclusive, que Bolsonaro tinha conhecimento do famigerado plano “Punhal verde e amarelo” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice Alckmin.

Por isto, ao fazer o papel de bobo da corte e convidar Moraes, em tom de gracinha, para ser seu vice em 2026, Bolsonaro fez dois gols contra: legitimou a conduta do ministro relator e provocou estranheza e decepção nas fileiras de suas falanges neofascistas.

Encurralado pelos fatos, pelas provas e pela verdade, Bolsonaro incriminou-se, apesar de usar e abusar do surrado e furado argumento de que sempre atuou dentro das "quatro linhas” da Constituição. Admitiu que, sim, reuniu-se e apresentou aos comandantes do Exército e da Marinha “considerandos” – na linguagem dele – acerca do que poderia ser feito para reverter a derrota nas urnas. Em outras palavras: como impedir a posse da chapa vitoriosa nas eleições presidenciais de 2022. Selou, em juízo – essa é a verdade –, que apresentou a “minuta do golpe” a comandantes das Forças Armadas.

No interrogatório, transmitido ao vivo por vários canais de TV e pela internet, aos olhos da imprensa brasileira e internacional, da opinião pública nacional, pôde ser visto o irrestrito cumprimento do devido processo legal, o amplo direito de defesa. O processo como um todo, enfim, tem dimensão histórica e consequências políticas e jurídicas de alta relevância.

Golpes de Estado ou investidas com o fito de sepultar a democracia infestam a história da República brasileira. No geral, ao longo do tempo o golpismo foi premiado com a impunidade, com exercício ilegítimo de governos. A investigação, o processo penal, o julgamento e a rigorosa punição dos golpistas, com Bolsonaro à cabeça, fará um corte nesta nefasta tradição.

Até a sentença ser proclamada, a pressão da extrema-direita – inclusive estrangeira – e seus aliados contra o STF prosseguirá. Como se sabe, o filho do réu Bolsonaro, Eduardo, encontra-se nos Estados Unidos cometendo o crime de traição nacional, à medida que articula com autoridades do governo Trump ações atentatórias à soberania nacional, de ameaças a ministros do STF, em especial ao ministro relator.

Bolsonaro, consciente de que será condenado pelo rol de crimes que cometeu contra o regime democrático, já empreende uma barganha com as candidaturas à Presidência da República do campo da extrema-direita e da direita. O apoio do ex-presidente e de seu clã é condicionado ao compromisso de que será indultado (por um futuro presidente da extrema-direita), anistiado, caso seu projeto conquiste a vitória.

As forças democráticas e progressistas devem elevar suas ações e mobilizações em respaldo ao STF, no sentido de que o julgamento se conclua sem pressões ou intimidações de qualquer espécie, com a punição exemplar de Bolsonaro e demais golpistas.  E, ao mesmo tempo, voltar às ruas, com manifestações para desmascarar as mentiras da extrema-direita e fazer vencer a democracia em 2026.

Lula aposta em neutralidade do Centrão e alianças regionais para 2026

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O presidente Lula (PT) está jogando xadrez com peças do Centrão para viabilizar sua reeleição em 2026. A estratégia, como o Blog do Esmael antecipou, é garantir neutralidade formal de partidos como MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil na disputa nacional, enquanto trabalha silenciosamente por apoios regionais desses mesmos grupos.


A ideia ganhou corpo neste fim de semana com a revelação, pela Folha, de que o Palácio do Planalto considera positivo o cenário de neutralidade dessas siglas, que juntas controlam 11 ministérios e sustentam a governabilidade de Lula no Congresso.


Nos bastidores, Lula já costura palanques locais
Desde o início de 2025, Lula vem sinalizando que abrirá mão de candidaturas petistas a governos estaduais em favor de nomes do campo progressista com maior viabilidade ao Senado. Essa troca revela um movimento estratégico: manter o poder federal sem romper com estruturas locais.

A lista de nomes ligados a esses partidos que devem compor os palanques de Lula é extensa. Inclui desde a ministra Simone Tebet (Planejamento) no MDB até o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil). Esses apoios são vistos como decisivos, mesmo que as siglas se declarem neutras ou liberem seus filiados.


Crises no governo aceleram redesenho da base
A queda de popularidade do governo, apurada pelo Datafolha, com 40% de rejeição geral e apenas 28% de avaliação positiva, levou o Planalto a recalibrar sua articulação política. As crises envolvendo Pix, INSS e IOF tensionaram a relação com o mercado financeiro, isto é, mais ricos e velha mídia, quem estimulam infidelidade parlamentar de maneira escancarada. Segundo levantamento, 55% dos deputados dos cinco partidos da base não votaram com o governo na maioria dos projetos — embora o Planalto não tenha sido derrotado em nenhuma matéria estratégica.

Apesar disso, Lula ainda conta com alta aprovação entre os que votaram nele em 2022: 56% classificam sua gestão como –ótima ou boa– e 84% aprovam seu trabalho. A ancoragem em sua base de apoio original é o que dá fôlego para essa costura de alianças.


Tarcísio em compasso de espera e Kassab calcula 2030
O adversário mais promissor do campo bolsonarista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta resistência dentro do próprio PSD. Gilberto Kassab, presidente do partido, já afirmou que Lula será imbatível em 2026 e sugeriu que Tarcísio se concentre na reeleição estadual, deixando a disputa nacional para 2030. É um recado direto sobre a hegemonia lulo-petista no centro do tabuleiro.


Lula 2026: estratégia silenciosa garante vantagem
Lula sabe que não será por declarações de apoio formais que vencerá. A vitória está nos bastidores, nos palanques regionais, nos acordos silenciosos. A neutralidade dos partidos do centrão, longe de significar abandono, é estratégia de sobrevivência para eles e de permanência para o petista. O xadrez está sendo jogado peça a peça, com a caneta e a memória eleitoral como armas principais.

Trump x Elon Musk - o que está por trás da briga

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