O ex-dono da extraordinária lavanderia de “chocolates”(*) senador Flávio Bolsonaro acaba de dar declaração inaudita e espantosa. Em entrevista, o fascista Flávio diz que seu pai e a matilha que ainda o segue (porque muitos já desistiram, ao verem como ele é covarde, depois de seu depoimento caricato no STF na semana passada) apoiarão algum candidato a presidente da República em 2026 se, e somente se, esse candidato(a) se comprometer, em caso de vitória eleitoral, a conceder indulto ao pai genocida inelegível. Isto é, que esse suposto futuro presidente da extrema-direita, em 2027, tiraria o genocida da cadeia.
E mais: na hipotética e improvável situação em que esse futuro presidente da extrema-direita concedesse o indulto para livrar Bolsonaro da cadeia, ele, o presidente, deverá impedir que o STF derrube a concessão do indulto – por bem ou por mal, isto é, na marra.
Ou seja, o STF - usando prerrogativa legal, impedindo essa absurda soltura de Bolsonaro - seria ameaçado mera e simplesmente de ser golpeado, de ter a sede invadida, juízes presos, e outras barbaridades. Leia-se: GOLPE. Esses fascistas continuam apostando no golpismo. Ora, uma declaração gravíssima e inaceitável como essa do senador merece ser veementemente criticada por todos os setores democráticos e também pela mídia ainda decente. Veremos isso?
Trata-se de mais um capítulo da trama golpista que insiste em rondar a democracia brasileira. Ao sugerir o uso da força contra o STF, Flávio ataca diretamente o Estado Democrático de Direito, afronta a independência entre os Poderes e escancara ainda mais o desprezo da família Bolsonaro pelas regras do jogo democrático.
A defesa de impunidade por meio de ameaças é prática de regimes autoritários, não de uma república democrática. A sociedade brasileira deve estar alerta: essa fala não é isolada — é parte de uma estratégia para manter um projeto autoritário vivo. É dever do Congresso, das instituições e de todos os democratas reagirem com firmeza. A democracia não pode ser refém de ameaças nem de chantagens.
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Com informações do Instagram da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
(*)Foi denunciado que Flávio Bolsonaro mantinha uma loja de chocolates Copenhagen no Rio de Janeiro, a qual serviria de fachada para “lavar” dinheiro oriundo do crime de peculato das “rachadinhas”, escândalo que a familícia Bolsonaro conseguiu abafar.
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