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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Love is the answer

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CASE REPORT
Journal of Hatred Studies – V. 19 - L.G.U.

Em nossos estudos sobre respostas emocionais de ódio frente a variadas circunstâncias, contando com o suporte da Luiz Gonzaga University (LGU), do estado de South Iowa, EUA, observamos o comportamento de diversas personalidades e correntes políticas no processo da eleição de representantes da comunidade servidorial para o Advisory Board desta instituição, ao longo do ano de 2025, no primeiro semestre. O Board, num total de 40 membros, disponibiliza oito vagas para esses representantes, que são preenchidas através de um processo de consulta eletrônica direta a toda a comunidade de servidoriais da LGU. Assim, a atividade político-comportamental de pessoas e de grupamentos de afinidades eletivas políticas foi acompanhada, através de suas manifestações via emails, mensagens de WA, processos inseridos no IES (Internet Enforcement System) e outras formas eventuais.

Na análise da amostra, aplicamos a HatERS-2 (Hatred Emotional Responses Scale-2, ou “Escala de Respostas Emocionais de Ódio-2”), elaborada por Toussaint L’Ouverture et al., da Faculdade Morton Luther Queen, em recente pesquisa publicada no Journal of Hatred Studies (Jornal de Estudos do Ódio), que permite uma avaliação quantitativa e qualitativa do grau de ódio embutido nas respostas emocionais das pessoas da amostra em análise em sua relação com a Comissão Escolhedora e Emissora de resultados eleitorais (CEE).

A primeira REC (Resposta Emocional de Cólera, como assim preferimos nominar) recebida pela CEE foi emitida pelo grupo “Crossing”, que, ao longo de documento de duas laudas, posicionou-se frontal e iradamente contra o novo Regimento Eleitoral, acusando-o de antidemocrático e fomentador de divisões e enfraquecimento da representatividade da classe dos servidoriais tecnicistas-administrativistas da LGU. Além disso, o grupo “Crossing” insistia que qualquer mudança de formato eleitoral deveria antes ter passado por ampla consulta no seio da comunidade servidorial, coisa que esse mesmo agrupamento, quando ainda se encontrava em postos dirigentes da Union local jamais tomou a iniciativa de fazer. Esse manifesto foi rechaçado de pronto pela CEE.

Em seguida, o servidorial Carter Maierovitch questionou uma das chapas inscritas porque seu membro titular estaria impossibilitado de ser candidato por estar na condição de “afastado para mandato na Union” local. Também rechaçado em sua irada manifestação pelo entendimento da CEE de que essa condição não encontra respaldo suficiente em peças da lei que regulamentam os contratos de trabalho.

Mais adiante, outro servidorial administrativista denunciou que algumas chapas inscritas teriam começado campanhas eleitorais antes do prazo previsto pelo Regimento. Embora alguns prints de telas enviados pelo denunciante comprovassem esse indício faltoso para com o Regimento, a CEE entendeu que o alegado dano era por demais mínimo para motivar sanção das chapas denunciadas. A CEE optou por fazer dilação do prazo de campanha eleitoral, na busca da equalização da disputa entre os pleiteantes, postergando a data da votação para uma semana adiante. Tudo pela paz, sem retaliações impróprias entre os grupos e pessoas disputantes das vagas.

Assim sendo, pela aplicação da escala HatERS, estimou-se o nível de ódio destilado nas porções iniciais do processo como sendo de leve a médio, não motivando maior preocupação para a CEE nem para o Advisory Board da LGU.

Dando tais prolegominiais trâmites por encerrados, o presidente da CEE, Oliver Cromwell Jr. conclamou todas e todos a entoar de mãos dadas “Mind Games”, do John Lennon. E a torcer pela absolvição do Glauber Braga.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Em defesa da Ciência e da liberdade, SBPC se solidariza com a Universidade de Columbia

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Em carta enviada à presidente interina da Universidade de Columbia, Claire Shipman, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, manifestou solidariedade à instituição e à comunidade científica dos Estados Unidos diante das recentes ameaças à autonomia universitária e à liberdade acadêmica.

Renato Janine, que integrou o corpo docente da Columbia como Tinker Professor (2003) e Rio Branco Professor (2004), e foi ministro da Educação do Brasil em 2015, reafirma no documento a importância da defesa intransigente desses princípios como pilares essenciais da democracia. “Condenamos veementemente qualquer tentativa de enfraquecê-los, seja por cortes de financiamento, pressões políticas ou ataques ao conhecimento científico”, afirmou.

A carta também expressa preocupação com o avanço de medidas anti-científicas e antidemocráticas e destaca a necessidade de resistência conjunta: “A ciência não reconhece fronteiras – e defendê-la é nosso dever compartilhado”.

Recentemente, o governo de Trump - que se transforma a cada dia numa tirânica monarquia, e destrói noções essenciais do funcionamento democrático em um país (ainda mais os EUA, que se autoproclamam "exemplo de democracia" para o mundo) - ameaçou a notabilíssima Universidade de Harvard, das maiores do mundo, e exigiu que uma série de políticas universitárias fossem mudadas para se ajustarem ao modelo fascista Trumpista. Harvard resistiu e, em retaliação, o tirano alaranjado cortou 2 bilhões de dólares federais do orçamento da instituição.

Assim como está fazendo a SBPC aqui no Brasil, todas as Universidades Públicas brasileiras devem tomar claro posicionamento em repúdio a essas atitudes fascistas e trevosas de Donald Trump, em nome do avanço da Ciência, da pluralidade e livre expressão de ideias, da democracia verdadeira. Assim também deve se postar a Reitoria e o Conselho Universitário da UFPR em próximas reuniões.
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Com informações da SBPC, via Instagram.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

A democracia universitária e formas de participação da comunidade nas decisões da UFPR

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O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, já falecido, escreveu há cerca de 20 anos, o livro "O paradoxo de Rousseau - uma interpretação democrática da vontade geral", em que ele, muito tranquilamente, indaga ao leitor: a civilização humana já teria, passados mais de 2 mil anos desde as primeiras experiências ditas democráticas da Grécia Antiga, construído um modelo pronto e acabado de democracia? Categoricamente ele responde: não.

Não, não existe civilização, sociedade ou país sobre o qual se possa dizer: eis aí o modelo perfeito de funcionamento democrático. Isto ainda continua sendo uma construção histórica e não se pode com clareza prever quando se alcançará essa condição.

Com esta breve introdução, queremos chamar a atenção sobre a questão de que, numa instituição como a Universidade Pública, também se está perseguindo formas e ações que aprimorem a democracia interna universitária, e em regular contato com a sociedade extra-muros acadêmicos que a sustenta com seus impostos, assim como com o influxo anual de novos estudantes, além do ingresso de docentes e técnicos para as atividades-meio e finalísticas.

Também escrevemos isto a propósito da matéria publicada no site da UFPR, datada de ontem, intitulada "UFPR lança plataforma participativa". Esclarecendo do que se trata, escreve o redator Gabriel Maia:

"A Universidade Federal do Paraná lançou na última semana o "Participa UFPR", uma plataforma digital voltada à promoção da participação social e democrática na tomada de decisões institucionais. A ferramenta, baseada no software livre Decidim, já é utilizada em cidades como Barcelona, Nova York e Helsinque, além de universidades como a Université de Bordeaux, da França, e até pelo próprio Governo Federal, no Plano Nacional de Cultura.

A escolha pela plataforma Decidim se deu, entre outros fatores, por sua flexibilidade, ampla funcionalidade e, principalmente, por ser software livre, o que permite seu uso gratuito e a possibilidade de customizações futuras, conforme as necessidades da comunidade universitária."

Entendemos que a iniciativa deve ser saudada como mais um instrumento participativo - que se espera de mão dupla - entre comunidade e administração universitária, esta que toma e executa decisões. A aguardar como ocorrerá no concreto do dia-a-dia - e em especial quando se tratar da abordagem de temas polêmicos sobre rumos para a UFPR.

Recordamos, uma vez mais, que uma das críticas duras feitas pela oposição, em 2024, ao então Reitor Ricardo Marcelo em seu segundo mandato é que ele havia secundarizado o esforço pelo aprimoramento da democracia universitária e que algumas vezes lançava mão de expedientes monocráticos, pouco chamando os próprios conselhos superiores ao debate de temas da vivência da UFPR. Este Blog mesmo registrou da própria lavra essa crítica e assinalou que a própria Constituição brasileira de 1988 admite o emprego de recursos de consulta ampla como referendos e plebiscitos, os quais também podem ter oportunidade de uso adequado no seio da comunidade universitária para auscultar suas opiniões e sentimentos.

Esperamos, enfim, que a nova gestão na Reitoria, dos professores Marcos Sunye e Camila Fachin, levem efetivamente isso em conta e, ao cabo de quatro anos de gestão, se possa dizer que houve avanços no quesito democracia universitária.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

A espantosa inutilidade de certos/as vereadores/as de Curitiba

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Vejam só que decisão de altíssimo valor e utilidade para os cidadãos de Curitiba: sessão da Câmara Municipal, ontem (22/4), aprovou a criação do "Dia dos CACs" (sigla para Caçadores, Atiradores e Colecionadores). Os bolsonaristas edis autores da aberração militarista foram Tathiana Guzella (União Brasil) e Eder Borges (PL, o partido do genocida inelegível e de tripas problemáticas).

A data em que os armamentistas gostariam talvez de sair atirando a torto e a direito, para comemorar, é 3 de agosto - 3/8 - pois esse número faz alusão ao calibre 38 das armas. Vinte e um imbecis da Câmara votaram na absurda proposta e oito vereadores com juízo a rejeitaram.

Segundo informa o Jornal Plural, na edição de hoje, "os vereadores Rodrigo Marcial (Novo), Guilherme Kilter (Novo), Da Costa (União Brasil) e Rafaela Lupion (PSD) defenderam o projeto. Para Marcial [sobrenome adequado, não é mesmo? Bélico], 'atividades legítimas, praticadas por cidadãos de bem, que cumprem rigorosamente a lei, são alvo de perseguição ideológica'”.

Em contraponto a esses criptofascistas, o jornalista José Marcos Lopes, do Plural, assinala que um "estudo do Instituto Sou da Paz, divulgado em agosto do ano passado, mostra que, desde 2016, CACs vêm sendo cada vez mais utilizados para facilitar o acesso a armas e munições por organizações criminosas. Foram dois casos em 2020; três em 2021; 11 em 2022; 12 em 2023; e 8 em 2024."

E, de fato, foi com esse objetivo que, no tenebroso mandato do genocida inelegível Bolsonaro, a legislação foi afrouxada para permitir a aquisição de praticamente todo tipo de arma, sem controle estrito sequer das Forças Armadas, e se deu a proliferação dos tais CACs. No começo do governo Lula-3, felizmente, esse "liberou geral" para instrumentos letais voltou a ter mais controle.

Há um filme no streaming (PrimeVideo), chamado "Uma Noite de Crime" ("The Purge", no original, que significa "A Purificação") em que se mostra um futuro distópico, ambientado nos EUA [tinha que ser...], em que o próprio governo institui um período de 12 horas, à noite, em que as pessoas estavam liberadas para praticarem todo tipo de violência, uns contra os outros, com a arma que fosse (tiro, facada, enforcamento, lança-chamas etc). A justificativa era que, com esse período de ultraviolência liberada, após as pessoas extravasarem sua truculência e cólera à vontade, nos outros 364,5 dias do ano elas iriam voltar a conviver pacificamente, sem ocorrências policiais.

Talvez com esse tipo de "futuro" bestializado delirem, embevecidos, certos "representantes do povo", intoxicados pelo discurso de morte, ódio e preconceito incitados pelo fascismo.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Sicofantas do golpismo bolsonarista - mais seis tornados réus pelo STF

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade, nesta quarta-feira (22), a denúncia contra seis integrantes do chamado “Núcleo 2” da trama golpista que resultou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. 


Todos os ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, que considerou as provas suficientes para transformar os acusados em réus por tentativa de golpe de Estado.

Os agora réus são: o general do Exército Mário Fernandes; o ex-assessor de assuntos internacionais Filipe Martins; o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara; o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques; a ex-subsecretária de Segurança do DF Marília de Alencar; e o ex-secretário-adjunto da Segurança do DF Fernando de Sousa Oliveira.

Eles respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e dano qualificado, com penas que podem chegar a 46 anos de prisão.

Em seu voto, Moraes destacou o papel ativo do grupo no planejamento golpista. “Todos os seis denunciados tiveram um papel ativo no planejamento de um golpe de Estado”, afirmou o ministro, lembrando que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu em entrevistas ter tido acesso à minuta de golpe.

O relator também criticou as campanhas de desinformação sobre o caso. “As pessoas de boa-fé são enganadas pelas milícias digitais. Por isso, é importante que reflitam e se perguntem: se o que aconteceu no Brasil acontecesse em sua casa – se um grupo armado invadisse, destruísse tudo e tentasse colocar seu vizinho para comandar o local -, você defenderia anistia para essas pessoas?”, questionou Moraes.

Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o grupo atuou como “núcleo de gerentes” da tentativa de golpe, com funções específicas:

1. General Mário Fernandes
O militar da reserva do Exército é apontado como um dos idealizadores do chamado “Plano Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato de autoridades como o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Fernandes teria coordenado ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas. Preso desde novembro de 2023, o general representa a ala mais radical do grupo e mantinha estreita ligação com setores militares simpatizantes de Bolsonaro.

2. Filipe Martins
Ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência durante o governo Bolsonaro, Martins é descrito na denúncia como o “jurista” do grupo. Formado em Direito pela Universidade de Brasília, teria sido responsável por elaborar e discutir mudanças na minuta golpista, além de fornecer suporte jurídico à tentativa de ruptura institucional. Conhecido por discursos inflamados nas redes sociais, era um dos ideólogos do bolsonarismo radical.

3. Marcelo Câmara
Coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência, Câmara atuava na equipe de Segurança Institucional do Palácio do Planalto. Segundo a PGR, foi um dos líderes do esquema de monitoramento de autoridades considerado essencial para o plano golpista. Teria trabalhado em conjunto com o general Fernandes na articulação do atentado contra o ministro Alexandre de Moraes. Sua experiência militar seria crucial para a operacionalização das ações.

4. Silvinei Vasques
Ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Vasques é acusado de usar sua posição para articular operações policiais que dificultassem o deslocamento de eleitores de Lula no segundo turno das eleições. Com 30 anos de carreira na PRF, teria colocado a corporação a serviço do projeto golpista. A denúncia destaca que ele usou sua influência para coordenar ações que sustentassem a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder. 

5. Marília de Alencar
Única mulher do grupo, a delegada da Polícia Federal ocupava o cargo de diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante os eventos de 8 de janeiro. Segundo a acusação, solicitou relatórios detalhados sobre os locais onde Lula obteve mais votos, especialmente no Nordeste, informação que seria usada para orientar as operações policiais contra eleitores petistas. Sua atuação teria sido fundamental para o mapeamento estratégico das ações.

6. Fernando de Sousa Oliveira
Delegado da Polícia Federal e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF, Oliveira era o número dois da segurança no Distrito Federal durante os ataques. A denúncia aponta que ele coordenou ações policiais para facilitar a invasão dos prédios públicos e garantir a impunidade dos manifestantes. Sua posição estratégica teria sido crucial para a execução dos atos violentos de 8 de janeiro.

Com a decisão, inicia-se formalmente a ação penal contra os acusados. Agora, defesas e acusação poderão requisitar produção de provas e ouvir testemunhas. O STF já marcou os julgamentos dos Núcleos 3 e 4 para maio, envolvendo militares de alta patente e apoiadores dos atos golpistas.

O ex-presidente Bolsonaro já é réu no processo desde março, quando o STF aceitou denúncia contra ele e outros sete integrantes do “Núcleo Crucial” da trama.

Como a idolatria a Trump tomou conta de Washington

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Dirigindo-se a partir de uma sacada da Casa Branca na manhã de hoje (20/4), o presidente Trump, ao lado de um coelho em tamanho de um adulto, recepcionou milhares de crianças na cerimônia anual de Páscoa.

Antonia Hitchens - The New Yorker - 21/04/2025

Pela primeira vez na história de cento e cinquenta anos do evento, ele também saudou um certo número de patrocinadores corporativos (empresariais) que haviam estado em uma "ativação de marca". No meio de quase 30 mil ovos coloridos que foram espalhados pelo Gramado Sul havia um "Palco de dança Bunny Hop", patrocinado pelo Youtube e uma "Experiência com tecnologia IA e oportunidade de fotos", cortesia da Meta. Um "Cantinho de Leitura" patrocinado pela Amazon apresentava contação de histórias pela secretária de Segurança Interna Kristi Noem e pela Procuradora-Geral Pam Bondi.

Mesmo antes de Trump assumir, seu fundo para a cerimônia da posse levantou um montante recordista de 239 milhões de dólares, incluindo doações dos líderes dos acima mencionados patrocinadores do domingo de Páscoa. Eles, assim como outros barões das Big Techs, pareciam querer publicamente abraçar o homem que muitos desses antes tratavam com desprezo. Washington sempre foi uma cidade de transações, mas Trump, em seu segundo mandato, levou as coisas para novas alturas. Nos dois últimos meses, passei um tempo pelo Capitólio, contando minha história no número desta semana da revista - conversando com diplomatas, membros do Congresso, consultores políticos, novos influenciadores das mídias sociais dentro da sala de reuniões da Casa Branca, e muitos mais - e juntando as peças do funcionamento do ecossistema baseado na bajulação que se instalou na nova era Trump. A atmosfera carnavalesca e açucarada da Casa Branca existe, é claro, no contexto de uma Administração que está à beira de desafiar o Supremo Tribunal. E quanto mais o mundo do lado de fora critica o presidente, tanto mais aqueles próximos a ele oferecem elogios generosos. Segundo comentou uma fonte, "é a bajulação Norte-coreana".

Recentemente, um grupo de proeminentes republicanos e membros do primeiro mandato de Trump assinou uma carta aberta comparando-o a um "déspota real". O insulto, no entanto, pode não ter chegado a Trump, que, em 19/02, postou “VIDA LONGA AO REI", referindo-se a si próprio. Mas o elogio a um rei muitas vezes vem, pelo menos em parte, junto com uma sensação de medo pelo poder que ele exerce. "Estamos todos com medo", disse na semana passada Lisa Murkowski, senadora republicana pelo estado do Alasca. "Eu lhe digo, frequentemente eu própria me sinto ansiosa quando falo, porque a retaliação é real". Quando perguntei a pessoas no acampamento do presidente sobre este temor - e a deferência que ele inspira - insistiram que eles não faziam ideia do que eu estava falando. No mundo deles, a troca de favores é impecável. "Não é: 'se eu me aproximar do Trump, vou ganhar alguma coisa'", disse-me uma pessoa. "É: 'talvez eu consiga salvar o meu país'."

Uma Nota atravessada no processo democrático da Universidade Federal do Paraná

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Como editor deste Blog, que, vez em quando, comenta questões da política interna da nossa "paróquia" UFPR, tomei conhecimento da enfezada "Moção" do grupo Travessia, que se apresenta como um "coletivo sindical e popular". O documento irascível investe contra as ações da Comissão que organiza a eleição direta dos representantes dos TAE aos Conselhos Superiores da UFPR, em especial questionando o formato de composição de chapas disputantes das oito vagas do COPLAD, CEPE e CONCUR. Alega-se, entre outros esburacados argumentos, que não se promoveu nenhum tipo de "consulta" à base da categoria para auscultar como esta veria o processo eleitoral.

Ora, pois, a nota Travessista veio a público, via internet, no domingo de Páscoa (20/04). É de se achar curioso que, cerca de um ano e meio depois da última tentativa de renovar aquela representação nos Conselhos - a eleição feita em fins de 2023 foi anulada, por diversos problemas, pela Comissão Eleitoral de então (de outra composição, diversa da atual) - somente agora os Travessianos se manifestem exaltados contra mudanças no processo e nada houvessem expressado durante todo o ano de 2024, inclusive podendo sugerir algum tipo de "consulta à base" acerca da forma mais democrática de fazer a coisa. Ação que, com efeito, caberia mais propriamente ao sindicato.

Resvalam para o exagero em sua crítica ao dizer que a atual Comissão Eleitoral e Escrutinadora (CEE-2025) "modificou completamente" a eleição. Interpretação de texto no momento não parece ser muito o forte dos Travessianos.


Um processo de ampliação da representatividade
O formato novo aprovado na CEE visa a alguns objetivos: (1)sair do sistema  majoritário simples até então prevalente (há décadas) para indicar os conselheiros e permitir maior representatividade das diversas opiniões correntes nas bases dos TAEs, em vez de apenas um grupo de opinião preencher todas as oito vagas em caso de vitória de chapa completa; (2)dar chances a todos os TAEs, independentemente de participarem de algum grupo ou corrente política organizada do movimento, podendo fazer surgir novas lideranças; (3)assegurar a todas as chapas de duplas (titular/suplente) concorrerem em pé de igualdade pelo menos no plano institucional (com acesso a um espaço equitativo de divulgação de suas propostas no site da UFPR).

Se, mantido o método majoritário anterior, possivelmente duas a três chapas completas se inscrevessem; desta vez temos pedido de inscrição de 15 chapas de duplas, algumas delas com nomes novos se apresentando pela primeira vez ao sufrágio dos colegas. Longe de dividir, pulverizar ou enfraquecer a representação da categoria, segundo o delírio paranoide dos autores da Moção imagina, ter-se-á uma boa e interessante disputa pelas vagas.

A crítica ao sistema majoritário da eleição dos TAEs aos Conselhos já era lançada há uns 10 anos pelo menos por este Blog, que propunha sua troca pelo sistema proporcional, o realmente adequado para um tipo de parlamento universitário, como é cada conselho. Recorremos de novo ao exemplo da eleição anulada de 2023: a chapa (completa para as 8 vagas) venceu por apenas 12 (doze) votos e, se sua vitória fosse oficializada então, preencheria todas as vagas com pessoas de uma única corrente de opinião, enquanto a chapa que ficou em segundo, praticamente empatada, ficaria sem vaga alguma, subtraindo-se a sua opinião da presença nos Conselhos, de outro segmento também representativo dos TAE.

Comparando com as eleições gerais para a Câmara Federal, seria como, tendo o PL (partido do genocida inelegível) sido o mais votado, abocanhasse todas as 513 vagas de deputado/a e todos os demais partidos ficassem sem representação. Um absurdo completo.

Note-se então como tem força a chamada inércia diante de mudanças. É a este exercício de reação a uma alteração do Regimento Eleitoral que se entregou o coletivo Travessia.

Por fim, gostaríamos de pedir aos Travessírios que nos apresentassem algum exemplar da nova Constituição Federal, pois, a certa altura de sua Nota, falam em "heranças do período antidemocrático, da ditadura militar, anterior à conquista da Constituição Federal de 1998". Conhecemos a CF aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988.  Não sabíamos que no fim do milênio se havia promulgado uma nova CF, essa de "1998".

Google pode ser dividido após derrotas históricas na Justiça dos EUA

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Depois de duas derrotas arrasadoras em tribunais federais, o Google, colosso da internet avaliado em US$ 1,86 trilhão, está em maus lençóis. Pela primeira vez desde o caso Microsoft em 2001, o fantasma da divisão de uma Big Tech paira com força. O império construído em torno de buscas e publicidade online poderá, enfim, ser fragmentado.


A Justiça dos EUA diz que o Google é um monopólio ilegal.  Na última semana, duas decisões judiciais colocaram o Google contra a parede:

- A juíza Leonie Brinkema, da Virgínia, concluiu que a gigante mantém um monopólio ilegal no setor de tecnologia de anúncios online;

- Já o juiz Amit Mehta, em Washington, iniciou a fase de remédios antitruste para o domínio da empresa nas buscas online, após condenação anterior.

Ou seja, a Justiça dos EUA reconhece que o Google não apenas domina dois mercados-chave da internet — buscas e anúncios — como usou práticas excludentes e abusivas para manter rivais fora do jogo.

Os bastidores das práticas abusivas
Segundo a decisão da juíza Brinkema, o Google amarrava ferramentas indispensáveis para editores de sites e aplicativos — como o DoubleClick for Publishers (DFP) — ao uso obrigatório da sua plataforma de leilões publicitários, o AdX.  Resultado?

* Rivais foram expulsos do mercado;

* Editores pagaram mais caro;

* E a própria web ficou mais desigual — com menos competição e menos inovação.

O vínculo entre essas plataformas aumentou o domínio do Google, sufocou concorrentes e prejudicou consumidores”, sentenciou a magistrada.

Buscas em foco: a guerra pelos dados dos usuários
No caso das buscas, o cerne da disputa está nos dados gerados por cliques e pesquisas. O DOJ (Departamento de Justiça dos EUA) quer que o Google seja obrigado a compartilhar essas informações com concorrentes como DuckDuckGo e Kagi, para que possam construir buscadores mais competitivos.

Um detalhe explosivo: o Google teria pago até US$ 20 bilhões por ano à Apple para manter seu buscador como padrão nos iPhones e Macs — o que pode configurar acordo anticompetitivo.

O que o governo pede é como permitir que rivais usem a nossa tecnologia, como se fosse copiar e colar os resultados do Google”, esbravejou John Schmidtlein, advogado da empresa, no tribunal.

Mas o argumento não convenceu o juiz Mehta, que sinalizou que a solução pode incluir o fim dos contratos de exclusividade e a distribuição forçada dos dados de busca.

Google pode perder Chrome, AdX… e até Android?
As consequências dos dois processos antitruste podem ser profundas:

* Chrome, o navegador mais usado do mundo, pode ser vendido ou isolado da empresa;

* A estrutura de publicidade online, motor de lucro do Google, corre risco de ser desmontada;

* Até mesmo o sistema Android, usado por bilhões de dispositivos, entrou na mira das autoridades.

O Google já anunciou que vai recorrer, como era de se esperar, mas o cerco jurídico vem se fechando. Analistas apontam que o DOJ (Dep. de Justiça dos EUA) poderá obter vitórias parciais, o suficiente para reorganizar o mercado e encorajar novas tecnologias, como buscadores movidos a inteligência artificial.

O que pode mudar para os usuários? Google vai sumir?
Não. O Google não desaparecerá — mas poderá perder poder de controle sobre o que os usuários veem e como a internet funciona.

Concorrência vai aumentar?
Se os remédios forem efetivos, sim. Buscadores menores e sistemas publicitários alternativos terão mais acesso aos dados, nivelando o jogo.

Os preços de anúncios vão cair?
Possivelmente. Menos concentração significa menor poder de barganha do Google, o que pode beneficiar pequenos e médios editores.

A Apple vai trocar o buscador?
Não há garantias. Mas, sem o cheque bilionário anual do Google, a maçã pode reconsiderar seus contratos — ou até investir no seu próprio motor de busca.

O fim da era do monopólio invisível?
A era dos monopólios invisíveis da internet parece estar com os dias contados. O Google, que por anos operou como guardião absoluto das buscas e dos anúncios, agora se vê obrigado a prestar contas — e talvez se reinventar ou se dividir para sobreviver.

A história está sendo escrita nos tribunais, mas será nos bastidores políticos e nos dispositivos dos usuários que o verdadeiro impacto será sentido.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

EUA temem nova diplomacia da saúde chinesa

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Em sua onda de cortes, Trump pretende suspender fundos da Gavi, aliança internacional de distribuição de vacinas. Na política, não há vácuo: com suas fábricas, China está bem posicionada para assumir apoio à imunização em países do Sul Global.


O governo Donald Trump planeja pôr fim ao apoio financeiro dos EUA à Gavi, uma iniciativa global para compra e distribuição de vacinas que imunizou mais de 1 bilhão de crianças desde seu lançamento em 2000.

Os Estados Unidos foram um dos seis países a oferecer as doações que fundaram a Gavi e atualmente são o terceiro maior contribuinte da iniciativa, fornecendo mais de 12% do financiamento. O governo norte-americano compromete esses fundos por meio de promessas plurianuais, que o Congresso então aprova em um cronograma anual. Se o governo levar o plano adiante, cortará uma doação americana de US$2,6 bilhões até 2030, mais da metade dos quais ainda não foram destinados à Gavi.

Embora o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tenha anunciado em março que o governo havia finalizado sua revisão de projetos de ajuda externa, a decisão de descontinuar o financiamento da Gavi ainda pode mudar, à medida que as autoridades federais avançam em direção à implementação de suas medidas. Mas se o governo não mudar de rumo, a Gavi enfrentará desafios consideráveis ​​ao tentar esticar seu orçamento.

A perda do financiamento dos EUA pode deixar a Gavi com três opções para reduzir suas operações: interromper o financiamento do fornecimento de vacinas para alguns países beneficiários, reduzir o número de vacinas que a iniciativa apoia ou reduzir o financiamento para o desenvolvimento de vacinas e sistemas de saúde. Todas essas opções podem alterar significativamente a saúde e a expectativa de vida de quase 100 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo.

Ao recuar em seus compromissos com a Gavi, os Estados Unidos abrem caminho para a China expandir sua influência no mercado global de vacinas por meio de seus empréstimos estrangeiros, programas de ajuda e fornecedores de vacinas. Essa abordagem pode refletir a diplomacia de vacinas da China durante a COVID-19, quando forneceu vacinas a muitos países de baixa ou média renda que enfrentavam barreiras de acesso.

Quais países podem ser afetados?
A Gavi direciona sua ajuda aos mais pobres do mundo, apoiando apenas países com renda nacional bruta per capita recente inferior ou igual a US$1.820. O modelo de financiamento da Gavi compra e adquire vacinas em parceria com países de baixa renda, aumentando seus níveis de cofinanciamento à medida que a renda nacional aumenta. Assim que uma nação se torna rica o suficiente para se tornar inelegível, ela entra em uma fase de transição acelerada, um período de cinco anos em que o país aumenta seus gastos com vacinas até se autofinanciar totalmente.

Dos 54 países elegíveis para o apoio da Gavi, 11 se qualificam para o programa de transição acelerada, e esse subconjunto enfrenta as maiores consequências com a decisão dos EUA de interromper o financiamento.

Se esses países de baixa e média renda perderem a capacidade de financiar múltiplas vacinas simultaneamente devido ao corte de financiamento da Gavi, uma alternativa viável seria recorrer à China — para empréstimos, ajuda externa e os preços altamente concessionais que seus fornecedores de vacinas poderiam oferecer. Desde 2000, a China forneceu mais de US$89 bilhões em assistência cumulativa ao desenvolvimento para essas nações, todas membros de sua Iniciativa Cinturão e Rota. Aproximadamente US$1 bilhão desse total — pouco mais de 1% — foi alocado para assistência à saúde. Esses países já estão no foco estratégico da estratégia de influência externa mais ampla da China, inclusive no setor da saúde.


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Autoria: Prashant Yadav e Chloe Searchinger, no ThinkGlobalHealth  
Tradução: Guilherme Arruda

Projeto de Lei da Desonestia empaca na Câmara Federal

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A articulação da ministra Gleisi Hoffmann funciona bem, o Planalto enquadra base aliada e susta progressão do "PL da Anistia", que aqui preferimos chamar de "PL da Desonestia".

O Projeto de Lei da "Anistia" (PL 2858/2022), alcunhado também de “PL da Impunidade” por opositores do bolsonarismo e por alas do próprio governo, e que este Blog, aplicando um neologismo, chama de "PL da Desonestia" (tamanha a hipocrisia e falsidade de seus autores, sobre o tema dos condenados pelo terrorismo de 08/01/2023 e dos condenáveis futuros pelo STF, em especial o ex-presidente genocida) parece que está agora patinando em sua tentativa de entrar, em regime de urgência, na pauta de debates do Plenário da Câmara Federal. E grande parte do efeito obtido deve ser creditado a nossa conterrânea, de Curitiba, ministra Gleisi Hoffmann, da Articulação Política. Nos bastidores de Câmara e Planalto há reviravoltas.

Nosso estimado colega blogueiro Esmael Morais diz que o Palácio do Planalto está usando uma estratégia de “engavetamento estratégico”, que pode não ser estridulosa mas tem efeito. E isso com ajuda do próprio presidente da Câmara, dep. Hugo Motta (Republicanos-PB). Disse o paraibano: “Ninguém decide nada sozinho. É preciso responsabilidade”, fazendo os setores políticos se indagarem o que isso exatamente quer dizer.

Ora, até uma colunista conservadora do grupo Globo, a Miriam Leitão, denuncia e desmascara o tal do PL da "Anistia". Porque é muito descarada a tentativa desse Projeto de instituir a impunidade de quem praticou crimes variados, mais do que confirmados por evidências.

Os fascistas bolsonaristas da Câmara, buscando apressar sua tramitação, criaram um abaixo-assinado (requerimento) exigindo que ela se dê em "regime de urgência", no afã de colocar a salvo Jair Bolsonaro, diversos generais golpistas (Braga Netto, Augusto Heleno, entre outros) e uma curriola de outros capangas que tramaram a frustra tentativa de golpe de Estado de janeiro de 2023.  Com assinaturas de 262 corvos parlamentares, fizeram o que se pode chamar de uma "Lista do Golpe-2".  Pois, objetivamente, esse PL e outros elementos sendo usados pela extrema-direita fascista do país, buscam a continuidade do golpe.

Dessa vergonhosa "Lista do Golpe-2" constam 262 deputados/as, 21 deles do Paraná, e a maioria dos subscritores do requerimento do regime de urgência pertence a partidos da base do Governo Lula.  Ora, que história é essa de "acender uma vela a Deus e outra ao Diabo"?  Por isto, o Palácio do Planalto enviou um recado claro à base governista: quem traiu a confiança ao assinar o PL pode até ter buscado fazer "média" com os bolsonaristas, mas vai pagar o preço — seja em cargos, obras ou visibilidade política.  Parafraseando o título de antigo filme brasileiro: "Toda traição será castigada". E isto é absolutamente normal e justo, também em política.

Outro fator a obstaculizar a colocação em regime de urgência na pauta da Câmara é que já existem mais de 3 mil projetos aguardando na fila ANTES do "PL da Desonestia".  Assim, a extrema-direita bolsonarista golpista vai passar o feriadão de Páscoa/Tiradentes roendo as unhas de apreensão sobre o que virá nas próximas semanas.  

Confira aqui a lista completa dos parlamentares que tiveram o descaramento de assinar a "Lista do Golpe-2.
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Com informações do Blog do Esmael, incluindo foto.


terça-feira, 15 de abril de 2025

Eleição de TAE aos Conselhos Superiores da UFPR: prazo de inscrição de candidaturas foi prorrogado

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Na manhã de hoje, 15/04, reuniu-se em caráter extraordinário a Comissão Eleitoral e Escrutinadora (CEE-2025), que coordena a eleição direta de representantes dos TAE para as vagas nos Conselhos Superiores da UFPR (COPLAD, CEPE, ConCur). A razão foi a constatação de um caso omisso do Regimento Eleitoral, publicado em Edital de 28/03.

Encerrado o prazo inicialmente dado (13/04) para a inscrição de candidatos/as para esses Conselhos, verificou-se a falta de concorrentes para uma vaga de aposentado (titular/suplente) para o COPLAD e para uma vaga ao Conselho de Curadores (ConCur). Com a preocupação de não se reduzir a representação dos TAE nessas instâncias decisórias da Universidade, a CEE convocou essa reunião, para buscar sanar esse caso omisso.

Foi então deliberado, consensualmente, que o prazo para inscrição de chapas (duplas titular/suplente) será reaberto e prorrogado até as 23h59 do dia 21/04. Isto vale para candidaturas a todos os conselhos.

A campanha eleitoral vai de 24/04 até as 23h59 do dia 28/04. A votação eletrônica, organizada pela AGTIC da UFPR, começa às 07h00 de 29/04 e se encerra às 17h00 de 30/04. Imediatamente após o final da votação, inicia a apuração dos votos, a qual deve produzir os resultados na noite de 30/04.

Uma útil Cartilha sobre a participação dos TAE nos Conselhos Superiores, elaborada por dois integrantes da CEE (Olivir e Cristiane), detalhando suas funções, periodicidade das reuniões de cada um e outros aspectos, pode ser encontrada acessando este link.

Astrônomos observaram um planeta mergulhar dentro de sua estrela

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Dentro de alguns bilhões de anos, o Sol começará a virar cinzas e inchará até cerca de cem vezes no seu tamanho atual, consumindo a Terra e os planetas mais próximos do sistema solar dentro de uma ardente névoa de plasma. Os astrofísicos pensavam que esta era a única maneira de uma estrela consumir os planetas que a orbitam. 

ScienceAdviser - 14/04/2025

Agora, astrônomos trabalhando na JWST da NASA descobriram um novo modo de um planeta encontrar seu fim: mergulhando para dentro de sua estrela hospedeira.

Essa estrela fica a 12 mil anos-luz, dentro da nossa Via Láctea, e ela atraiu a atenção do pesquisador de exoplanetas Ryan Lau e seus colegas em 2023, quando começou a piscar bastante. Esta observação, capturada por um telescópio de 1,2 metros no Observatório Palomar, sugeria que a estrela teria absorvido um planeta durante seu estágio final de vida como uma gigante vermelha. Foi a primeira vez que astrônomos tinham testemunhado tal infanticídio celestial.

Porém, as novas observações derrubam essa narrativa. A luminosidade da estrela mostra que ela é muito jovem para já ter chegado na sua fase de gigante vermelha, e assim ela não poderia ter envolvido o planeta. O Dr. Lau e colegas agora pensam que esse planeta, com o tamanho de Júpiter orbitava a estrela mais ou menos da mesma distância que Mercúrio orbita nosso Sol. Ao longo de milhões de anos, o planeta mergulhou cada vez mais perto da estrela, até que os dois subitamente se fundiram, em uma explosão mais parecida com um suicídio astrofísico do que um infanticídio.

"Esta é uma história muito atraente que eles revelaram", diz o também pesquisador de exoplanetas Adam Burgasser, que não esteve envolvido na pesquisa. "A estrela não estava realmente 'inchando'; o planeta é que estava caindo dentro dela".

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Um circuito cerebral do 'bon appétit' pode limitar a efetividade de medicamentos contra a obesidade

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Provar uma refeição deliciosa é um dos mais simples prazeres da vida. Mas a comida pode por vezes ser gostosa demais, induzindo-nos a continuar mastigando mesmo quando nem temos mais fome.

ScienceAdviser - 02/04/2025

Este comportamento, conhecido como alimentação hedonista, pode às vezes levar a comer além da conta e à obesidade. Recentemente, experimentos em camundongos revelaram que neurônios que se projetam de uma parte do cérebro chamada área tegmental ventral (ATV) podem ser os culpados disso.

Embora a ATV seja frequentemente considerada como o "centro de recompensa" do cérebro, pesquisas anteriores sugeriram que a manipulação dos neurônios liberadores de dopamina nesta área pode reduzir o consumo de comida. Os autores de um novo estudo na revista Science descobriram, contudo, que os neurônios dopaminérgicos da ATV eram disparados somente enquanto os camundongos estavam no processo da alimentação - e se tornavam mais ativos em resposta a uma comida mais saborosa e densa em energia. A estimulação desses neurônios fez com que os animaizinhos continuassem comendo, ao mesmo tempo inibindo o consumo reduzido de alimento. A manipulação dos neurônios quando os camundongos não estavam comendo, entretanto, não teve nenhum efeito sobre seus comportamentos. A equipe de pesquisa também descobriu que, quando tratados com a droga anti-obesidade semaglutide (nome comercial: "Ozempic"), os camundongos exibiam baixa atividade neuronal dopaminérgica na ATV e ingeriam menos comida. À medida que esses camundongos perdiam peso, contudo, a atividade dos neurônios e o consumo de comida agradável aumentavam - potencialmente explicando porque esses medicamentos nem sempre suprimem o hábito de comer demais em alguns indivíduos.

Embora este recentemente descoberto circuito cerebral possa levar ao consumo prolongado de comida, a neurocientista Dana Small assinala, na publicação correlata Science Perspective, que é difícil dizer se os animais realmente achavam a experiência de comer mais prazerosa - e que décadas de pesquisas com seres humanos e roedores "falharam em vincular dopamina com prazer". Ela acrescenta que, ao passo que drogas como o semaglutide podem, com sucesso, induzir perda de peso, elas não fazem com que a experiência de comer um alimento bom seja menos aprazível.


terça-feira, 1 de abril de 2025

Pesquisar/Ensinar, Planejar/Administrar, Curar…

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Dentro de algumas semanas, os/as servidores/as Técnico-Administrativos/as em Educação da UFPR votarão, via urna eletrônica, para escolher seus/suas representantes nos Conselhos Superiores. Os mandatos desses/as conselheiros/as estão expirados há quase dois anos.

Houve uma eleição perto do final de 2023, em que a diferença entre as chapas foi de apenas 12 votos, num comparecimento de eleitores/as de menos de 600 pessoas (quorum baixo), a Comissão Eleitoral da época entendeu terem ocorrido problemas no processo e terminou por anular a votação. Assim ficou por todo o ano de 2024, com mandatos carentes da devida legitimidade dada pelas urnas.

Em março deste ano, o reitor Marcos Sunye baixou Portaria nomeando uma nova Comissão Eleitoral e Escrutinadora (CEE), presidida pelo servidor Olivir Freitas, que acumula experiências de organização de outras eleições, reunindo mais cinco servidores/as.

As vagas nos três Conselhos estão assim distribuídas:

- Três vagas para representantes TAE ativos titulares e respectivos suplentes no Conselho de Curadores (ConCur);

- Uma vaga para representante TAE ativo titular e respectivo suplente no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE);

- Três vagas para representantes TAE ativos titulares e respectivos suplentes no Conselho de Planejamento e Administração (Coplad);

- Uma vaga para representante TAE aposentado titular e respectivo suplente no Conselho de Planejamento e Administração (Coplad).

As inscrições de chapas de Titular/Suplente estão abertas desde 4/4 e vão até 13/4; depois disso, abre-se um prazo para recursos. A campanha eleitoral começa em 23/4.

As eleições começam às 07h00 de 29/4 e se encerram às 17h00 de 30/4, seguindo-se imediatamente a apuração eletrônica dos votos (todo o processo executado pela AGTIC).

A íntegra do Edital com o novo Regimento Eleitoral pode ser acessada aqui.

Uma novidade deste Regimento diz respeito à forma de inscrição das futuras candidaturas e o modo pelo qual a eleição indicará os/as novos/as representantes. Depois de décadas de emprego do sistema majoritário simples – ou seja, a chapa composta no todo de oito candidatos/as vencedora do pleito conquistava todas as cadeiras dos Conselhos. Ora, esses Conselhos são análogos de um parlamento, enquanto a Reitoria é o poder executivo da Universidade. Um parlamento, para que contemple as diversas opiniões correntes na base da categoria, deve ter composição proporcional, conforme a votação obtida por cada corrente ou mesmo opinião individual. Assim, cada vaga será disputada por chapas compostas, cada uma, apenas de um candidato/a à titularidade da vaga e respectiva suplência – a dupla mais votada conquista a vaga.

Uma outra cláusula inserida no Regimento Eleitoral é a de que o servidor que estiver em cargo comissionado (de confiança das chefias) não pode se inscrever como candidato. Isto vem no sentido de evitar possíveis situações de conflito de interesse, pois, cada membro TAE no Conselho deve representar os interesses da categoria, não os da administração central (exceto em momentos de consenso, por óbvio), aos quais o servidor comissionado está obrigado a respeitar.