O prezidente Jahir
Bolseiro, padrasto de Frodo Bolseiro, reconhecendo os estrepitosos
avanços do MEC sob a batuta do ministro Abrahão, achou por bem
realizar uma troca ministerial: Lewis Maledetta vai para o MEC e
Abrahão Waintreth assume agora a Saúde, para prosseguir e ampliar o
combate sem quartel à pãodemia do coronavírus.
A designação de
Abrahão para a pasta da Saúde estava nas entrelinhas do
pronunciamento da noite de quarta-feira, 8, do prezidente Jahir, mas
somente bolseiromeliants já versados na nowilyngwa bolseiriana
conseguiram captar a mensagem cifrada.
Bolseiro deixou para
a véspera deste feriado pascal a novidade no ministério planaltino.
Tendo assumido agora há pouco, sob 21 salvas de mosquete da época
do rei Luis XIII, o novo ministro da Saúde começa delimitando
campos: “Pra prinssípio de converça, já estarei assinando um
decreto para mudar a terminologia desse vírus pândego, digo,
pandêmico, ao menos em terras brazileiras. Sabemos que o malfazejo
bixo veio de um país comunista, a China, onde manda a plebe rude,
logo, é absurdo chamá-lo de coronavírus.”
Prossegue o novo
ministro: “Pois corona quer dizer “coroa” em macedônio antigo,
e coroa é atributo típico distintivo da realesa, da aristocrassia,
objeto digno apenas de nosso grande amigo deputado dom Luiz Phyllippe de
Orleans e Braganssa e de sua corte, da qual fasemos umilde parte.
Doravante, o governo federal Bolseiro e este ministro vão dezigná-lo
comunavírus-69, para que todos os cidadões brazileiros saibam que a
causa dos males é um animal protosoário da classe dos vírus
provindo da plebe comuna chinesa e 69 é o ano da revolução
comunista daquele país. Imporemos esse decreto terminolójico à
Sociedade Brazileira de Infequitolojia e demais entidades da área
biumédica, queiram ou não. Tenho dito.”
Finda a declaração
de posse, vestiu de novo a roupa e adentrou a passo de ganso o prédio
do Ministério, na Explanada, sob o som da “Cavalgada das
Valquírias” (que o ministro acha que é peça musical feita para
cenas de “Rambo”), de Richard Wagner.
Maledetta, o
ex-ministro, foi visto entrando no prédio do MEC, silenciosamente,
carregando seu estetoscópio e suas tralhas dentro de uma caixa de
papelão, ao lado dos auxiliares abatidos.
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