O ilustre filho da Pátria, desministro da Kunomia
Paulo Guedes, chamou TODOS os servidores públicos do país de “parasitas”,
porque, segundo ele, o funcionalismo ganha bem, trabalha mal e todo ano quer
reajuste automático. Esse desministro
deve ser amado pelos servidores públicos concursados do ministério onde
trabalha. E ainda se orgulha de seu PIBinho/2019 de "fantásticos" 1,1%.
Em face desse mimo econômico-retórico, servidores estão
realizando reuniões e assembleias em todo o país para preparar uma grande
homenagem a Paulo Guedes no dia 18 de março: uma grande paralisação nacional de
24 horas. À qual estão aderindo também
estudantes, trabalhadores e trabalhadoras de outras categorias, e diversos
movimentos sociais.
ASSEMBLEIA DO SINDITEST
Ontem pela manhã, no auditório do Setor de
Ciências da Saúde da UFPR, foi aprovado fazer paralisação em 18/03. Acompanhando as atividades do Comitê Geral
Unificado de entidades e movimentos, que prevê duas concentrações na Praça
Santos Andrade, uma pela manhã (das 08h00 às 12h00) e outra à tarde (16h00 em
diante), para desta se sair na tradicional passeata que percorre a rua Marechal
Deodoro até a Boca ou até a Praça Rui Barbosa.
No intervalo entre as duas atividades gerais, os servidores
da UFPR, e possivelmente servidores públicos “parasitas” de outras
instituições, farão sua atividade conjunta (possivelmente no pátio da Reitoria
da UFPR), e em seguida rumam para a Praça S. Andrade.
“ESTADO DE GREVE” DOS SERVIDORES
Faz mais de 4 anos que não há qualquer correção
nos salários do funcionalismo (desde o golpe que derrubou Dilma e entronizou o
vampiro Temes e o nazista Boçalnaro), nem em benefícios. Por isso, as entidades de servidores, como a
FASUBRA dos técnicos, programam uma greve.
Mas até lá é preciso acumular forças e debater
muito, pois um movimento desse porte não será fácil realizar e manter sob um
governo nazista, que não vacilará em tentar punir os grevistas. Ainda que considerando isso, por unanimidade, como
no tópico acima, foi aprovado o “estado de greve”, fase inicial da possível
greve por tempo indeterminado. Essa
posição será levada pelos delegados/as de base do Sinditest à plenária nacional
da FASUBRA, que ocorre de 13 a 15 de março, em Brasília.
Como de hábito, o servidor Maurício, da
UFPR-Litoral, verbalizando o ponto de vista do PSTU, chegou a propor que o
Sinditest deveria levar a posição de se começar uma greve por tempo
indeterminado já a partir de 16/03, mas sua ideia foi reprovada pela ampla
maioria da Assembleia.
A UNIDADE, A “UNIDADE” E A ELEIÇÃO DE DELEGADOS DE
BASE PARA A PLENÁRIA DA FASUBRA
Vale assinalar que os debates sobre conjuntura
nacional, bem como os que levaram à aprovação quase unânime da paralisação de
18/3 e do “estado de greve” aconteceram em clima de saudável amistosidade e
unidade, considerando que na Assembleia estavam presentes servidores de pelo
menos quatro correntes internas do movimento sindical dos TAE. Unidade para enfrentar Bolsonaro e o fascismo
que tenta se impor atropelando tudo.
Corretíssimo.
Infelizmente, a maior parte desse “clima” derreteu
na hora de eleição de quem irá representar a base sindical da UFPR no encontro
da FASUBRA. O Sinditest, pelo tamanho de
sua base sindical, e pelas regras do Estatuto da FASUBRA, tem direito a indicar
seis delegados de base, mas ali houve ativistas que defendiam a eleição de
sete, tentando abiscoitar o direito da Diretoria de indicar o sétimo delegado.
A mesa, conduzida pelos diretores do Sinditest Daniel, Marisa e Aline, foi
firme nesse aspecto, de que ali se elegeriam seis delegados, como prescreve a
FASUBRA.
No entrechoque
típico de questões de ordem e encaminhamento, houve forte troca de
farpas entre diretoria e oposição sindical, em que, em dados momentos, a mesa
excedeu-se na dureza e encaminhou a reunião da maneira como julgou melhor, sem
colocar em votação qualquer daquelas questões, o que lhe rendeu xingamentos (o
provocador Werner, da UNILA, chegou a usar o termo “Bolsonaro do Sinditest”
para se referir ao presidente da Mesa).
O também tradicional provocador Valter Maier propôs a destituição da
Mesa e a troca por outras pessoas, no caso, da base, o que foi desconsiderado
até pelos setores de oposição presentes.
Abertas as inscrições de chapas de delegados/as
(não há inscrições individuais avulsas), apresentaram-se três agrupamentos: a
Chapa 1, de oposição à atual diretoria, hegemonizada pela linha política do
PSol, e defendida pela servidora Marianne; a Chapa 2, afinada com a linha do
PSTU, defendida pelo servidor Maurício; e a Chapa 3, ligada à diretoria e
hegemonizada pela orientação da corrente cutista CSD/Ressignificar, defendia
pelo servidor Olivir.
Feita a votação por levantamento de braço, o
resultado foi:
- Chapa 1: 24 votos, 4 delegados de base a
indicar;
- Chapa 2: 02 votos, nenhum delegado;
- Chapa 3: 10 votos, 2 delegados de base a indicar;
- Abstenções: 04 votos (incluindo a do editor
deste Blog).
A esses seis soma-se mais um delegado indicado
pela Diretoria do Sinditest, cujo nome, entretanto, não foi informado
previamente à Assembleia.
Acabado esse tópico, houve repasse de alguns
informes das atividades do dia 8 de março (Dia da Mulher) e do 14 de março (2 anos da morte de Marielle) e a Assembleia se encerrou bem além do meio-dia.
RELATÓRIO E PRESTAÇÃO DE CONTAS
O editor deste Blog, pouco antes de ocorrer a
votação das chapas de delegados/as, lançou a elas uma solicitação: o de que
cada delegado/a a ser eleito/a traga de Brasília seu relatório individual de
como viu, como atuou, que impressões tirou da Plenária da FASUBRA. Isso para efeito de registro histórico nos
arquivos sindicais e forma de prestar contas imediatas à base pela qual foi
eleito/a. Assim também, que cada um apresente uma prestação de contas sobre
como gastou suas diárias (pagas por toda a base contribuinte do sindicato).
Enquanto defendia essas propostas, a liderança da
oposição, servidora Marianne dava risadas no meio da plateia, atitude
desrespeitosa para com seu colega, que somente pretendia ali propor mudança de uma
cultura de muitos anos, segundo a qual um servidor vai a Brasília, com todas as
despesas pagas pela entidade, e depois não presta contas de como atuou no
evento. Vejamos quantos e quais
representantes atenderão ao apelo na semana pós-Plenária.
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