Então, Zeferino, apelidado "Zé" pelos colegas de trabalho no hospital, depois de ser eleito à diretoria do sindicato e se tornando parceiro da principal líder, entendeu que diante de si abria-se ampla avenida de boa vida.
Viajou bastante à custa do sindicato, do que nunca prestou contas nem fez quaisquer relatórios escritos de participação. Afinal estava tudo no compadrio e a base seria burra e complacente o bastante para esquecer tudo.
Resolveu o Zé inventar um estado de "liberação para atividade sindical", pelo qual receberia seu salário diretamente pelo sindicato, segundo a lei. Mas liberação de fato não havia: continuou recebendo salário pela instituição onde contratado estava. Só que, ao lado da remuneração da instituição, havia a dada pelo sindicato, duplo benefício. Mamão com mel.
Descoberta a irregularidade, lá foi o bom Zé negociar com a instituição para acertar seus devidos. Devia uns bons perto de 30 mil reais. Buscou ajutório de sua entidade sindical-mãe para cobrir o rombo da prevaricação do pró-reitor. Conseguiu, pois ainda estavam na direção do sindicato, à beira de nova disputa eleitoral. E assim se endividou com um empréstimo junto à entidade. Ou não? Ou foi tudo perdoado?
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