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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Ministro Barroso do STF defende ensino pago na Universidade Pública

Na virada do ano, um ministro do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu um novo modelo para o ensino superior público brasileiro, baseado no financiamento privado. Barroso propôs isso num evento da Fundação Estudar, que pertence ao bilionário Jorge Paulo Lemann, dono da AmBev e tido como o homem mais rico do Brasil (fortuna de US$33 bilhões).

Segundo matéria do jornal Estado de S. Paulo, o juizão do STF golpista considera que "a universidade pública no Brasil custa muito caro e não dá um retorno proporcional para a sociedade. Ele defendeu um modelo parecido com o que existe nos Estados Unidos, onde as universidades precisam se autofinanciar, incluindo com doações."  Complementou o golpista: "Precisamos de um modelo que seja público nos propósitos e privado no financiamento."  Leia-se nas entrelinhas: com alunos também pagando para estudar.

Parece que rapidamente voltamos a 1968, quando a ditadura militar tentou implantar cobrança de mensalidades nas Universidades Públicas, mas enfrentou tenaz resistência do movimento estudantil, como no famoso episódio da tomada da Reitoria da UFPR (14 de maio de 1968).

E então, magnífico reitor da UFPR?  O que tem a comentar sobre seu colega de área jurídica?  Isso saiu da boca pra fora do juiz Barroso ou será para valer?  Nada a comentar?

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