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terça-feira, 12 de maio de 2015

Fachin sob sabatina inédita no Senado, um embate entre seriedade e hipocrisia

Transcorre hoje, desde as 10 da manhã, no Senado Federal, a sabatina do professor de Direito da UFPR, Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).  Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça dirigem variadas indagações ao candidato e posteriormente votam admitindo ou rejeitando o indicado.  A TV Senado está transmitindo a sessão ao vivo, que pode ser acompanhada aqui (clique em Canal 1 - CCJ).

Exceto no governo do marechal Floriano, no fim do século 19, quando um indicado ao STF foi rejeitado, nunca depois isso ocorreu até hoje.  O professor de reputação ilibada e trajetória acadêmica modelar, no entanto, pela primeira vez em décadas, está sendo submetido a uma saraivada de perguntas afrontosas, depois de sofrer por semanas, por parte da grande mídia monopolista (Globo, Folha SP, Veja) uma campanha sistemática de calúnias e insinuações rasteiras.

A razão disto é a intenção reacionária e mesquinha da oposição de direita, PSDB à frente, de derrubar o indicado de Dilma apenas para tentar desgastar politicamente a presidenta. Com isto, pouco se importam de por de lado um dos nomes mais brilhantes do Direito brasileiro, um jurista de reconhecido apego aos interesses do povo e de seu país.  No entanto, a atitude hipócrita, acintosa e provocadora de senadores direitistas como Ronaldo Caiado (DEM-GO), Càssio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Ferraço (PMDB-ES) e outros pulhas de igual jaez não alcançará sucesso.  Esses são os que tem medo de Fachin.

Além de responder, com alto conhecimento de causa, as respostas de todos, mantendo uma calma invejável, Fachin conseguiu por suas qualidades reunir apoios de todo o espectro politico importante do Paraná, da esquerda à direita, além do suporte de numerosos juristas de renome. Lá em Brasília estão acompanhando a sabatina, em apoio a Fachin, tanto a oposição paranaense a Beto Richa quanto o próprio Beto.  O reitor da UFPR também lá está.

A confirmação da indicação de Fachin ao STF será um triunfo não deste ou daquele campo do cenário político brasileiro, mas sim da democracia e do reconhecimento da alta competência intelectual e postura ética.  Ou seja, bem o contrário do perfil daquele que, aposentando-se, deixou a vaga para Fachin ocupar.  E limpá-la e redimi-la de modo a que os brasileiros possam se esquecer das lambanças e fanfarronices do seu anterior ocupante, Joaquim Torquemada Barbosa.

Isso merecerá uma festa no Paraná.  Uma festa democrática e cidadã.  Vai, Fachin!

Um comentário:

FELIX disse...

VAI FACHIN, COM CERTEZA SUA VITÓRIA ESTARA GARANTIDA! ESTAMOS TODOS MUNTOS NESSA!!