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domingo, 15 de dezembro de 2024

"American Dream"? "American Way of Life"? Nem pensar, para a maioria dos americanos pobres e imigrantes

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Reproduzimos, abaixo, artigo do maior neurocientista brasileiro, Dr. Miguel Nicolelis, que há muito vive e pesquisa nos EUA, relatando a decadência econômico-social dessa potência mundial, fadada a desfecho imprevisível, como acontece com grandes impérios ao longo da História.

Os múltiplos furacões que estão varrendo o “American Dream” do mapa
Miguel Nicolelis - Site da CNN - 15/12/2024

No dia 20 de fevereiro de 2025 eu estarei celebrando 36 anos da minha chegada aos EUA. Muita coisa mudou no país que me acolheu e permitiu que eu realizasse todas as minhas aventuras científicas nestas quase quatro décadas.

De fato, durante uma recente visita a San Francisco, na Califórnia, eu finalmente me dei conta de que o país que eu encontrei em 1989 simplesmente não existe mais. Tal constatação não é minha apenas, mas reflete o pensamento de muitos colegas que, como eu, também chegaram ao país no final da década de 1980, atraídos pelas condições incomparáveis para se fazer ciência de ponta, bem como a abertura para que jovens cientistas estrangeiros pudessem exercer seus talentos em pé de igualdade com americanos natos.

As chagas e cicatrizes desta mudança dramática no modo de vida americano ocorrida nestes 40 anos não poderia ter ficado mais clara do que num tour pelo centro de San Francisco, em busca de um pronto-socorro que pudesse me atender devido a uma emergência médica.

Enquanto um motorista de táxi que não falava uma palavra de inglês tentava encontrar o hospital que se prontificou a aceitar o meu seguro privado de saúde – condição essencial para ser atendido – , do banco de trás eu constatava consternado o grau de devastação, miséria humana e degradação do coração e alma de uma das cidades mais icônicas do país.

Ao longo do trajeto, eu observei um enorme número de pessoas em condição de rua, vivendo em condições abjetas, muitas transformadas em verdadeiros zumbis de corpos contorcidos, dada uma epidemia de abuso de drogas fora de qualquer controle, que tem como um dos destaques o opiáceo sintético Fentanil, de preço muito baixo e que, em 2023, apesar de uma baixa significativa, ainda causou pelo menos 653 mortes por overdose na cidade.  Em todo país, segundo o National Center for Health Statistics do Central for Disease Control and Prevention, das quase 108 mil mortes por overdose no país em 2023, 81 mil foram causadas por consumo de opioides, principalmente o Fentanil.

Tristemente, as cenas que eu testemunhei in loco em nada diferiram de um tour semelhante realizado, apenas alguns meses atrás, pelo centro de São Paulo. Mas aqui estava eu, no centro de uma grande metrópole americana cujo PIB – considerando-se o núcleo econômico formado por San José, San Francisco e Oakland – ultrapassou US$ 1 trilhão em 2019, definindo a terceira maior economia dos EUA e quase metade do PIB brasileiro de 2023.

Anos atrás, a população de San Francisco foi convencida pelas lideranças da cidade que, ao oferecer atraentes benefícios para que empresas de alta-tecnologia se mudassem para a cidade, benefícios estes totalmente subsidiados pelos contribuintes da cidade, seria possível implementar um ambicioso processo de revitalização do seu centro. Claramente, nada disso ocorreu.

Apesar de obter isenções fiscais e toda sorte de outros benefícios, a atração dos diferentes empreendimentos dos Overlords [grandes senhores] das BigTechs, além de enriquecê-los, não trouxeram qualquer tipo de melhora da condição de vida dos habitantes mais vulneráveis de San Francisco.  Com a inflação dos custos de moradia, eliminação de empregos e crise crônica do financiamento da rede de escolas públicas da cidade, San Francisco hoje encapsula todas as crises que tem assolado os EUA nas últimas décadas. Uma crise profunda que tem levado os jovens americanos a acreditar piamente que eles jamais conseguirão atingir a mesma qualidade de vida dos seus pais e, em última análise, se transformarem na primeira geração de americanos, após a Segunda Guerra Mundial, que terá seu acesso ao famoso “American Dream” bloqueado de forma categórica.

Se todo o espetáculo dantesco do trajeto até o hospital não fosse suficiente, a minha epopeia californiana rapidamente ganhou contornos dramáticos quando eu fui informado por uma médica do pronto-socorro que, infelizmente, não havia nenhum oftalmologista disponível que pudesse me atender e verificar se a infecção que havia sido diagnosticada havia afetado de qualquer forma o meu olho esquerdo.

Uma rápida consulta com a minha assistente de longa data na Carolina do Norte, a incomparável Susan Halkiotis, revelou que nem mesmo na cidade onde eu resido há 30 anos, e mesmo no hospital da universidade – uma das maiores do país – onde trabalhei por 28 destes anos, eu também não conseguiria uma consulta com um oftalmologista, uma vez que a espera média para tal consulta era de 5-8 semanas!

Confrontado com esta situação surreal, confinado num quarto de hotel do estado mais rico do país que mais investe em saúde no mundo, algo em torno de US$ 4,8 trilhões apenas em 2023 (mais de 2 vezes o PIB brasileiro), mas que não possui um sistema de saúde público universal, algo como o SUS brasileiro, eu tomei a única decisão que me restava: ligar para o consultório do meu colega de turma, um dos maiores oftalmologistas do Brasil, Dr. Samir Bechara.

Informado que meu amigo estava passando férias na Espanha, eu por um momento quase entrei em desespero. Pois bem, minutos depois, eis que o meu telefone toca e, diretamente de um povoado no caminho de Compostela, lá estava ele, o meu grande amigo Samir, imediatamente se disponibilizando para realizar uma consulta on-line e basicamente resolver a minha angústia em poucos minutos.

Da mesma forma que o grande Samir, que realizou várias destas consultas on-line nos dias subsequentes, a minha querida dermatologista, Dra. Sandra Tuma, me monitorou desde o início dos sintomas, até meu regresso ao Brasil. Com eles, a minha maga clínica, Dra. Naira Hojaij, assumiu toda a minha supervisão clínica de forma remota, até meu retorno a São Paulo e depois dele.

Sem a instantânea solidariedade, empatia, e profissionalismo fora do esquadro destes três maravilhosos médicos brasileiros eu estaria literalmente ao "Deus dará".

Poucas semanas depois deste incidente, que ilustra claramente a decadência americana em questões absolutamente primordiais, como saúde pública, uma pequena maioria de americanos – uma das mais baixas de toda a história das eleições presidenciais do país – elegeu um candidato que baseou sua campanha em hostilizar de forma grotesca os imigrantes e toda sorte de valores humanísticos que nos idos de 1989 permitiram que eu e outros cientistas escolhessem os EUA para desenvolver a nossa arte. 

Eleito com o apoio financeiro explícito de um dos mais controversos Overlords das BigTechs, que passou a usar a rede social de sua propriedade como uma poderosa arma eleitoral, Donald Trump começou a indicar indivíduos totalmente desqualificados – alguns deles sob investigação por crimes cometidos enquanto membros do Congresso – para cargos do alto escalão do seu futuro gabinete, para total choque de parte da sociedade americana não infectada pelo vírus informacional de ódio e ressentimento que capitaneou a vitória do candidato do Partido Republicano.

Tudo isso num país com inflação anual de 2.3% e um dos maiores crescimentos econômicos do pós-pandemia. Mas nada disso realmente importa no mundo da pós-verdade.

Longe de defender as práticas e carreira da candidata do Partido Democrata, eu interpretei a eleição de um populista, condenado múltiplas vezes pela justiça estadual de Nova York, que tentou subverter ilegalmente os resultados das eleições de 2020, resultando numa invasão violenta sem precedentes de seus seguidores ao Congresso americano, como um sinal claro de que os verdadeiros furacões que estão varrendo do mapa o “American Dream” são ainda mais devastadores do que aqueles gerados no Golfo do México ou no Oceano Atlântico.

Apesar de toda a destruição e perdas humanas deixadas ao longo do seus rastros, nem de longe estes fenômenos climáticos, decorrentes do aquecimento global – ignorados por boa parte dos americanos e seus políticos – , se comparam ao grau das ameaças criadas pela erosão dos valores éticos e humanísticos do Iluminismo que assola não só a sociedade americana, como as do resto do mundo, incluindo, as consequências devastadoras da divisão profunda que caracteriza o presente processo de tribalização de boa parte, senão da totalidade, das sociedades humanas ao redor do planeta, é a base de uma crise existencial nunca antes enfrentada pela nossa espécie. Eu digo isso porque este processo tende a reverter, de forma drástica, toda a receita de sucesso que permitiu ao Homo [not so, em tanto] sapiens sobreviver às inúmeras intempéries geradas por um Universo e um planeta em contínuo fluxo.

Difícil prever o que o futuro nos reserva como resultado do nosso completo abandono de tudo aquilo que nos permitiu chegar até aqui.

Quem viver, verá!

P.S.: Recebi semana passada a conta da minha consulta de 10 minutos no Pronto Socorro em San Francisco: mais de US$ 1.200 (sem nenhum procedimento ou medicação envolvidos) dos quais eu tive que cobrir do meu bolso US$ 250, mesmo tendo seguro de saúde. Este pequeno exemplo ilustra por que não é à toa que 500 mil americanos por ano declaram falência pessoal por não conseguirem pagar seus gastos com saúde!

sábado, 14 de dezembro de 2024

Prisão de Braga Netto indica que, se precisar, STF manda prender Bolsonaro também

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O general da reserva Braga Netto foi preso, na manhã deste sábado (14), em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, do qual foi um dos principais formuladores.

Leonardo Sakamoto - Portal UOL via DCM - 14/12/2024

Muitos duvidavam se o Supremo Tribunal Federal teria a coragem de mandar para o xilindró antes de uma condenação um dos mais importantes militares brasileiros. Sim, teve. Com isso, a corte mostra que, se precisar, prende Jair Bolsonaro também.

Braga Netto está envolvido até o quepe na tentativa de transformar o Estado democrático de direito em geleia, mobilizando recursos para o uso de forças especiais, atacando generais que não queriam fazer parte da intentona, orientando o povaréu de extrema direita a apoiar o golpismo. Mais do que isso: investiga-se se ele estaria por trás de uma tentativa de dar um golpe dentro do golpe, assumindo o poder e deixar Jair chupando o dedo.

Dado tudo isso, ele poderia ter tomado uma preventiva bem antes. As autoridades, contudo, quiseram evitar a fadiga de mandar um estrelado general, mesmo que da reserva, para o xilindró sem uma condenação.

Na época de seu julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, que o declarou inelegível por oito anos ao lado de Bolsonaro por transformar a festa do 7 de setembro de 2022 em uma micareta eleitoral, houve muitas reclamações por parte da cúpula das Forças Armadas. Agora, com o tanto de coisa descoberta sobre ele, incluindo o assédio violento contra colegas, o Comando do Exército não deve derramar muitas lágrimas por sua prisão.

A resposta dada ao pedido da Polícia Federal mandando o ex-interventor da Segurança Pública do Rio de Janeiro, ex-ministro da Defesa, ex-ministro-chefe da Casa Civil e ex-candidato a vice à Presidência da República à detenção sob os cuidados do Comando Militar do Leste tem impacto direto sobre a ansiedade de Jair.

Claro que o STF vai evitar ao máximo prender o ex-presidente sem uma condenação, muito mais que Braga Netto, pois ele tem milhões de seguidores fanáticos e base política. Uma prisão preventiva seria usada para que mobilizasse seus seguidores em torno da falsa ideia de um processo injusto e ganhasse politicamente com a vitimização. Mas serve como um recado de que 1) o tribunal não vai aceitar interferência nas investigações; 2) se condenados, a corte não terá problemas em mandar Jair e generais para o cumprimento de pena em regime fechado.

Isso também torna mais difícil uma tentativa futura do general de fugir do país, possibilidade que não é descartável em se tratando de uma pessoa com contatos e recursos para evitar uma punição pela tentativa de golpe. Mas também pode acelerar uma possível escapada de Jair, que viu agora que sua prisão é possibilidade real.

O procurador-geral da República vai apresentar denúncia pelo caso no início de 2025, e o Supremo Tribunal Federal deve julgá-lo no mesmo ano para evitar contaminar as eleições gerais de 2026. Diante da robustez do que foi apresentado até aqui, poucos duvidam que Braga Netto e Bolsonaro serão declarados culpados e pegar décadas de cadeia. A questão é: aceitarão cumprir a pena?

Diante da apreensão de seu passaporte em 8 de fevereiro deste ano, em meio a uma operação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente se refugiou na Embaixada da Hungria, governada pela extrema-direita de Viktor Orbán, entre 12 e 14 de fevereiro. Além disso, ele efetivamente fugiu do país, em 30 de dezembro de 2022, antes mesmo de terminar o seu mandato. Investigações da PF apontam que ele queria evitar ser preso pela tentativa de golpe frustrada no final de 2022 e para aguardar os desdobramento dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Ou seja, já rolaram dois test drives. Quando ele compra a fuga de uma vez? Talvez após Trump assumir o governo em 20 de janeiro?

O general Walter Braga Netto não se tornou vice-presidente da República por míseros 1,8% dos votos válidos, a diferença entre a chapa dele, com Jair Bolsonaro, para a de Lula e Alckmin. Considerando os cargos que ele já ocupou, sua derrocada é comparável apenas a de um conhecido capitão insubordinado e violento que deixou o Exército pela porta dos fundos. Não à toa, o destino dos dois está entrelaçado.

Há quem tente colar na imprensa a ideia de que foi Bolsonaro quem converteu Braga Netto. Jair tem muitos pecados, mas esse não. Os dois se aliaram por compartilharem visões semelhantes de país e de poder, tal como aconteceu com muitos oficiais das Forças Armadas nos últimos anos.

Tanto que a construção golpista é uma parceria de longa data. Já em 2021, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, recebeu um recado do então ministro da Defesa, Braga Netto, no dia 8 de julho, de que se não houvesse voto impresso e auditável, não haveria eleição em 2022. O golpismo foi revelado por reportagem de Andreza Matais e Vera Rosa, no jornal O Estado de São Paulo. Não houve voto impresso e houve eleição.

Neste momento, o Brasil vive também um momento histórico, que é o de ter dois generais, mesmo que da reserva, presos, ainda que preventivamente, por participar de uma tentativa de golpe. Mário Fernandes, que estava à frente de um plano de membros das forças especiais do Exército para envenenar Lula, executar Alckmin e explodir Alexandre de Moraes, também havia sido preso em outra operação da PF.

Braga Netto chamou o general Freire Gomes de “cagão” em uma conversa por mensagem com um outro golpista, Ailton Gomes, por ele não aderir ao golpe. Também disse que o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, era um “traidor da pátria”.

Corajoso no zap contra outros militares, ele vai chorar na primeira noite preso ou vai manter a altivez?

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Os que lavam mãos e os que não largam o osso

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Visitando o site do Sinditest, vemos ali matéria assinada por “Imprensa Sinditest” (não se sabe o nome do redator) dando conta de que a diretoria remanescente do sindicato, agora coordenada com exclusividade pelos veteranos pelegos Antonio Neris e Wilson Messias, depois da renúncia coletiva de diretores ligados à corrente “Travessia” (do Psol), realizou reunião em 4/12,
definindo algumas resoluções
, entre as quais:

– Reconhecimento da validade dos pedidos de renúncia apresentados por alguns membros da coordenação;
– Posse imediata dos suplentes para ocupar as vacâncias decorrentes;
– Adoção de todas as medidas necessárias para restabelecer o controle do sindicato sobre as redes sociais e grupos de mensagens oficiais.

Os servidores ex-diretores, que deram uma de Pôncio Pilatos, lavando as mãos sobre os destinos do futuro próximo imediato do sindicato, ao renunciarem em bloco a seus cargos, deixam agora campo livre para que os ditos “burocratas” (como os chamam os renunciantes) façam o que bem entenderem com a entidade, sem qualquer contraposição. Passam ao campo da oposição à diretoria remanente, porém, ao sair, propuseram uma “antecipação de novas eleições da diretoria”, embora sem propor uma data.

Um tanto improvável, legalmente, que essa propositura dos renunciantes consiga prevalecer, pois os diretores que permanecem podem se escudar no Estatuto sindical para defender seu direito ao tempo de gestão, que ainda é de muitos meses para aprontar o que quiserem tramar. Se houvesse lucidez e disposição real para uma “unidade para avançar” – como proclamava demagogicamente o slogan da diretoria eleita tempos atrás – poderia acontecer algum tipo de aliança entre as diversas correntes do movimento, ou, quiçá, uma eleição pelo sistema proporcional (como se faz na direção da FASUBRA). Não há. E assim seguirá o movimento da base da UFPR, dividido.

Uma época possível para eleição antecipada para uma nova direção do Sinditest poderia ser meados de março, ou abril, este ano, mas dificilmente isso prosperará. A menos que a base sindical reclame e se insurja.

O que é premente é a convocação de eleição de novos representantes dos TAE para os Conselhos Superiores, atrasada de mais de um ano. Uma vergonha. Um descaso tanto da gestão Ricardo Marcelo como da própria diretoria do Sinditest, que deixaram os mandatos de conselheiros TAE se esticarem sem legitimidade. Este Blog prossegue defendendo o sistema proporcional para eleger os representantes dos TAE nos Conselhos Superiores, e cobraremos isso da nova gestão Sunye.

Calor extremo faz os relógios biológicos do organismo baterem mais rápido

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A exposição a calor extremo pode estar ligada a mudanças moleculares que se refletem em envelhecimento acelerado. Pesquisadores estudaram os dados de 4 mil pessoas e fizeram referências cruzadas de seus “relógios epigenéticos” – uma coleção de modificações químicas no DNA à medida que as pessoas envelhecem – com mapas de temperatura. A equipe descobriu que indivíduos que viviam em áreas com dias mais quentes tinham idades moleculares “mais velhas” do que aqueles que experimentavam um clima menos quente. Contudo, fatores como o quanto cada pessoa viveu do lado de fora de sua casa e se ela usava ar condicionado, não foram levados em conta no estudo.
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Fonte: revista Nature, de 09/12/2024

Lula morreu? Extrema-direita golpista bolsonarista faz de seu sonho mais uma fake news

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Lula morreu? No Hospital Sírio-Libanês em São Paulo? Por causa da queda que sofreu no banheiro, em outubro, batendo a nuca e tendo depois uma hemorragia intracraniana?

Nada disso, bem o contrário. Isso, retratado na foto acima de um atestado de óbito falso, é o desejo mórbido atual da extrema-direita, ligada ou não ao genocida ex-presidente Bolsonaro. Que está fazendo circular pelas redes sociais a falsa notícia de que teve grave hemorragia cerebral (como se fosse um AVC) e que morreu no hospital.

Para tristeza dos bolsominions e outros direitistas fascistas, o desejo deles está a anos-luz de seus sonhos malignos. Pois, de acordo com o Hospital Sírio-Libanês, onde Lula está internado, o quadro de saúde do presidente é estabilíssimo, ele está consciente, conversa normalmente e está se alimentando bem.

O presidente foi diagnosticado com uma hemorragia intracraniana, resultado da queda que teve em outubro. Na madrugada de terça-feira (10), ele passou por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após avaliação inicial em Brasília. A equipe médica informou que a recuperação de Lula segue dentro do esperado e não há motivos para alarme.

A falsíssima notícia circulou nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), acumulando centenas de compartilhamentos até a tarde da 5a.feira (12/12). 


Os médicos afirmam que Lula deve continuar na UTI nos próximos dias para monitoramento, mas a expectativa é de que ele receba alta em breve. O retorno a Brasília está previsto para a próxima semana, onde o presidente deverá retomar gradualmente sua agenda.

O Hospital Sírio-Libanês e a equipe responsável pela saúde de Lula reforçaram que todas as informações oficiais sobre o estado do presidente são divulgadas por boletins médicos. Publicações não verificadas devem ser ignoradas para evitar a disseminação de desinformação.

Do lado de lá, vê-se, sem comiseração, o genocida inelegível caindo pelas tabelas de tanto chorar de desespero, implorando por anistia para seus numerosos crimes, sendo processado e julgado por PGR e STF em 2025, rumo à cadeia, ao lado de seus capangas da quadrilha que tentou o golpe de Estado em fins de 2022/começo de 2023.

Marcos Sunye anuncia equipe de pró-reitores da UFPR

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O reitor eleito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcos Sunye, anunciou a equipe que ocupará os principais postos na sua administração, a partir do dia 19 de dezembro. A lista inclui os nove pró-reitores (apenas um nome ainda não foi anunciado) e os responsáveis pelas superintendências da universidade.

Rogério Galindo - Jornal Plural * 12/12/2024

Sunye, eleito para um mandato de quatro anos, teve sua nomeação confirmada pelo presidente Lula e assume a gestão da universidade no próximo dia 19, data do aniversário de 112 anos da UFPR. Ele sucede Ricardo Marcelo Fonseca, que permaneceu no cargo por oito anos consecutivos. A vice da nova chapa, Camila Fachin, assume no começo de 2025, já que as datas dos mandatos do reitor e do vice sempre são diferentes na UFPR.

Sunye anunciou um aumento das pró-reitorias, que eram sete e passam a ser nove, e mudanças de atribuições de cada órgão. As pró-reitorias são o equivalente aos ministérios de um governo.

Entre os nomes anunciados, uma das novidades é a nomeação da primeira pró-reitora trans da história da universidade. A professora Megg Rayara foi escolhida para comandar a pró-reitoria de Ação Afirmativa e Equidade.  Seguem abaixo os indicados.


Professor Eduardo Salles de Oliveira Barra
Secretário dos Órgãos Colegiados (SOC)

Professor Mário Messagi Júnior
Chefe de Gabinete

Professora Andréa do Rocio Caldas
Pró-reitora de Graduação e Educação Profissional (Prograp)

Professora Edneia Amancio de Souza Ramos Cavalieri
Pró-reitora de Pós-graduação (PRPG)

Professor Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro
Pró-reitor de Pesquisa e Inovação (PRPI)

Professora Andrea Berriel Mercadante Stinghen
Pró-reitora de Extensão e Cultura (Proec)

Professor André Vinicius Martinez Gonçalves
Pró-reitor de Pertencimento e Políticas de Permanência Estudantil Estudantil (P4E)

Técnica Dulcileia Gonçalves
Pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progepe)

Professor Luiz Carlos Erpen de Bona
Pró-reitor de Planejamento e Dados (Proplad)

Técnico Saulo Silva Lima Filho (Proad)
Pró-reitor de Orçamento e Administração

Professora Megg Rayara Gomes de Oliveira
Pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe)

Professor Glauco Gomes de Menezes
Superintendente de Educação à Distância e Inovações Pedagógicas (SEaDIP)

Técnica Carla Franciele Marcondes
Superintendente de Parcerias e Relações Institucionais (Supri)

Professora Kelly Cristina de Souza Prudencio
Superintendente de Comunicação (Sucom)

Indefinido
Superintendente de Infraestrutura (Suinfra)

Professor Carlos Eduardo Zacarkim
Diretor de Desenvolvimento do Interior (DDI)

Professora Aida Maris Peres
Coordenadora do Escritório de Relações Institucionais (ERI)

Ricardo Marcelo transmite cargo de reitor a Marcos Sunye nesta sexta-feira, 13

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Hoje, sexta-feira, 13 de dezembro, acontece no Teatro da Reitoria a transmissão do cargo de reitor da UFPR. O reitor Ricardo Marcelo da Fonseca passa a responsabilidade de cuidar e fazer avançar a Universidade para o professor Marcos Sfair Sunye, eleito por via direta no segundo semestre deste ano, junto com a professora Camila Fachin, eleita vice-reitora.

A cerimônia está marcada para começar às 19 horas. Em matéria publicada na imprensa local, o novo reitor já anunciou quase toda a sua equipe de assessores(as) nas pró-reitorias, que serão empossados(as) na semana que vem.

Reiterando o já dito em postagem anterior, este Blog deseja ao novo reitor e à nova vice-reitora uma gestão 2024-2028 muito profícua e inovadora, democrática e estimuladora da participação de toda a comunidade (interna e externa) no debate dos rumos da Universidade mais antiga do país.  E que muito possa contribuir com ideias, cérebros e braços para fazer o Brasil deslanchar em pleno desenvolvimento econômico-social.