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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Os que lavam mãos e os que não largam o osso

Visitando o site do Sinditest, vemos ali matéria assinada por “Imprensa Sinditest” (não se sabe o nome do redator) dando conta de que a diretoria remanescente do sindicato, agora coordenada com exclusividade pelos veteranos pelegos Antonio Neris e Wilson Messias, depois da renúncia coletiva de diretores ligados à corrente “Travessia” (do Psol), realizou reunião em 4/12,
definindo algumas resoluções
, entre as quais:

– Reconhecimento da validade dos pedidos de renúncia apresentados por alguns membros da coordenação;
– Posse imediata dos suplentes para ocupar as vacâncias decorrentes;
– Adoção de todas as medidas necessárias para restabelecer o controle do sindicato sobre as redes sociais e grupos de mensagens oficiais.

Os servidores ex-diretores, que deram uma de Pôncio Pilatos, lavando as mãos sobre os destinos do futuro próximo imediato do sindicato, ao renunciarem em bloco a seus cargos, deixam agora campo livre para que os ditos “burocratas” (como os chamam os renunciantes) façam o que bem entenderem com a entidade, sem qualquer contraposição. Passam ao campo da oposição à diretoria remanente, porém, ao sair, propuseram uma “antecipação de novas eleições da diretoria”, embora sem propor uma data.

Um tanto improvável, legalmente, que essa propositura dos renunciantes consiga prevalecer, pois os diretores que permanecem podem se escudar no Estatuto sindical para defender seu direito ao tempo de gestão, que ainda é de muitos meses para aprontar o que quiserem tramar. Se houvesse lucidez e disposição real para uma “unidade para avançar” – como proclamava demagogicamente o slogan da diretoria eleita tempos atrás – poderia acontecer algum tipo de aliança entre as diversas correntes do movimento, ou, quiçá, uma eleição pelo sistema proporcional (como se faz na direção da FASUBRA). Não há. E assim seguirá o movimento da base da UFPR, dividido.

Uma época possível para eleição antecipada para uma nova direção do Sinditest poderia ser meados de março, ou abril, este ano, mas dificilmente isso prosperará. A menos que a base sindical reclame e se insurja.

O que é premente é a convocação de eleição de novos representantes dos TAE para os Conselhos Superiores, atrasada de mais de um ano. Uma vergonha. Um descaso tanto da gestão Ricardo Marcelo como da própria diretoria do Sinditest, que deixaram os mandatos de conselheiros TAE se esticarem sem legitimidade. Este Blog prossegue defendendo o sistema proporcional para eleger os representantes dos TAE nos Conselhos Superiores, e cobraremos isso da nova gestão Sunye.

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