Entendimento, unidade, vontade de lutar junto para conquistar vitórias palpáveis na luta de negociação do ACT/2019. Elementos fundamentais para se atingir um bom desfecho nesta difícil quadra política por que passam todos os trabalhadores brasileiros sob o governo neofascista do antipresidente Boçalnaro.
Foi o que se viu na assembleia geral da Funpar realizada ontem de manhã, no 7. andar do Anexo B do HC, convocada conjuntamente por Sinditest e Senalba. A começar da mesa dirigente dos trabalhos, composta pelos diretores atuais do Sinditest Daniel Mittelbach e Cristina, por Luiz, Celinha e Nei (da Funpar), pelo presidente do Senalba, Marcelo, e pela Comissão de Negociação da Funpar (coordenada pela colega Rosaninha). Completavam a mesa os advogados Tiago e Mauro, e o advogado do Senalba.
Um panfleto produzido pela assessoria de comunicação do Sinditest foi distribuído, esclarecendo os fatos envolvendo a questão da representação dos trabalhadores funparianos em relação a Sinditest e Senalba, e propondo encaminhamentos unitários concretos para, daqui por diante, tanto quanto ao ACT como quanto outras questões de interesse da base Funpar, conteúdo que foi verbalmente apresentado por Daniel no começo da assembleia.
Em seguida falou Marcelo, do Senalba, afirmando que a Funpar "sempre foi bem representada pelo Sinditest nos ACTs". Afirmando que o Senalba não pretende ser protagonista da costura do ACT, Marcelo disse que seu sindicato "está endossando o Acordo que Sinditest e Comissão definirem", mas que gostaria de que houvesse algum representante do Senalba nesse processo, como auxiliar. Ainda asseverou que "se a diretoria atual do Sinditest quer incluir (oficialmente) a Funpar como base, o Senalba não criará nenhum óbice para isso acontecer."
Ambos foram bem aplaudidos pela plenária de mais de cem pessoas presentes no auditório do HC.
Rosaninha, veterana trabalhadora da Funpar e das lutas da categoria, membra da Comissão de Negociação do ACT, colocou que "queremos nosso ACT, nosso foco é o ACT e a preservação dos empregos." Sobre as disputas judiciais (recursos) mantidas pela extinta chapa 2 da eleição sindical passada, ela disse: "eles que se entendam." E propôs: "que esta Comissão de Negociação se mantenha e que aceitemos - talvez como observadores - alguém do Senalba e alguém do Sinditest, ainda que 'peguem o bonde andando' ".
Também longevo trabalhador na Funpar, Luiz, ligado à atual Diretoria do Sinditest, fez uma fala empolgada. De início, lamentou que alguns membros da base Funpar estejam se desfiliando do Sinditest ou pretendendo fazê-lo, movidos por mentiras a eles assopradas por quem sempre tratou aquela base como massa de manobra e curral eleitoral. Enfatizou: "o Sinditest sempre nos representou, nos bons e maus momentos e temos que ter alguém que nos represente e ampare." Finalizou dizendo que o pessoal da Funpar não tem como reconhecer o Senalba como sua representação efetiva porque essa base "respira o Sinditest", e que "devemos brigar juntos, não vamos baixar a bola para ninguém."
Destoante desse espírito saudável tendente à unidade para a luta foi a intervenção da servidora Marianne, que não é da base da Funpar. Entupida até a calota craniana de ódio e ressentimento contra a atual Diretoria do Sinditest, e preocupada sobretudo em jogar a base da Funpar contra a Diretoria, objetivamente ela não estava a fim de falar muito da questão do ACT e dos próximos passos para concretizá-lo. Quis sublinhar que, com os recursos judiciais que sua ex-Chapa 2 interpôs, a atual Diretoria do Sinditest "está sub judice e logo vai cair". Diga-se de passagem, recurso (ilusório) apresentado por advogado figurão do cenário nacional; é de se perguntar como servidores de salários baixos como quase todos nós conseguem bancar honorários altos do tal figurão. Ou será ele um "bom samaritano", trabalhando de graça? Engana-me que eu gosto... Tão fora da casinha foi a fala de Marianne que o reflexo disso foi ter sido aplaudida por muito poucos na assembleia.
Dentre as propostas de encaminhamento apresentadas pela Diretoria do Sinditest:
* Manter a organização histórica dos trabalhadores da Funpar junto ao Sinditest-PR, buscando os meios legais e políticos para garantir a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019-2020;
* Defender a pauta histórica de manutenção dos empregos da Funpar, com a divulgação de todas as informações relativas ao tema;
* Combater o assédio moral e defender a melhoria contínua das relações de trabalho no HC;
* Realizar o Congresso de Reforma Estatutária para reparar o erro histórico, defendendo a inclusão da Funpar no Estatuto.
Ao fim e ao cabo prevaleceu o bom entendimento, conducente a que a Comissão de Negociação eleita na base, junto com representações de Sinditest e Senalba, dê os próximos passos para finalizar o ACT junto a Reitoria e Superintendência da Funpar, acordo que, por formalidade jurídica, terá que ser assinado pelo representante do Senalba. Unidade, bandeira da esperança.
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