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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Desvio de R$ 80 milhões na UFSC leva reitor e mais seis à prisão

Luiz Carlos Cancellier de Olivo (foto à direita), reitor da UFSC, foi preso na manhã de hoje (14) pela Polícia Federal, junto com outras seis pessoas.  Há suspeita de desvio de R$80 milhões dos programas de Educação à Distância (EaD) da UFSC.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em setores administrativos da UFSC e em suas fundações de apoio, mas também em algumas casas de professores, técnicos e empresários.

A Justiça Federal alega que vinha havendo constante menosprezo, por parte da administração da UFSC, para atender pedidos e recomendações dos órgãos de fiscalização e controle federais (CGU, TCU), razão pela qual a PF batizou a operação de "Ouvidos Moucos".

O Departamento de Administração da UFSC é o que mais recebe verbas para EaD e parte de seus docentes, com a cumplicidade de alguns técnicos, empresários e fundações de apoio, teriam desviados as quantias repassadas pela CAPES.  Há a acusação de pessoas sem vínculo com EaD terem recebido bolsas, inclusive parentes de professores.

Com o reitor preso e a vice-reitora em viagem ao exterior, assumiu interinamente a administração central o decano dos pró-reitores, Rogério Cid Bastos.  Sobre o episódio, o chefe de gabinete da reitoria, Aureo Moraes afirmou que “em 57 anos de existência da UFSC nunca houve uma situação como esta... foi uma enorme surpresa para todos a ação ter culminado com a condução do reitor; não temos informações oficiais das outras pessoas detidas, presas ou conduzidas e ao longo do processo de apuração, que sempre esteve a cargo da Corregedoria Geral. No que a Administração Central da UFSC foi demandada esclarecer, não há nenhuma restrição, impedimento ou prejuízo para que as apurações se deem da melhor forma possível no sentido das boas práticas de gestão”. 

Rogério Cid Bastos, reitor em exercício, afirmou durante uma coletiva na sede da PF em Santa Catarina, que a instituição “vai tornar este processo transparente e ser parceira dos órgãos de controle nas investigações e procurar esclarecer todos os fatos”. Ele ressaltou que “não é um fato agradável” e é uma “investigação em andamento, não um processo de culpa formada”.
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Com informações do Portal UOL e da UFSC

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