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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Greve da FASUBRA acaba sem vitória. Restam abobrinhas formais

Foram 4 meses de greve. A certa altura, os dirigentes do Comando Nacional de Greve da FASUBRA (CNG) deveriam ter percebido a impossibilidade de prosseguir a greve num cenário que jamais apontaria qualquer chance de conquistas, suspendendo a greve nacional, mandando o governo federal tomar naquele conhecido lugar e se preparando para levantar outra greve em 2016.  Sem acordos manietadores de 2 anos.

Mas, não. O CNG, de maioria das ditas correntes ultraesquerdistas de PSol e PSTU, decidiu assinar um acordo por um reajuste pífio com o MPOG. Serão 10,5% dados em dois anos, 5,5% em janeiro/2016 e 5,0% em 2017.  O step do Plano de Carreira aumentará escasso 0,1% em 2017.  Um acordo para dois anos. Ou seja, uma nova campanha salarial somente para o final de 2017.  Isto ainda está por ser assinado.

Mas já foi aceite por 40 sindicatos da base da FASUBRA, enquanto 23 sindicatos rejeitaram essa diretiva.  Por maioria das assembleias de base, a Federação deverá assinar o acordo com o governo assim que os trâmites de papeis ficarem prontos no MPOG.  Parece ser só essa a razão de a greve ainda se estender por mais alguns dias outubro adentro.

Na UFPR, uma assembleia de greve, conduzida pelo PSTU, mandou a base engolir esse acordo de pífio reajuste, na semana passada.  A maioria votou a favor porque a diretoria da Bispa Carla Cobalchini, controladora dos diáconos, mandou suas ovelhas e carneiros votarem nesse tipo de acordo rebaixado. 

Este Blog propugnou semanas atrás que a categoria dos TAE, tão vilipendiada, não deveria se curvar no aceite a um reajuste tão pífio, num processo que caracteriza uma DERROTA DA GREVE.  Que deveríamos recusar assinar esse tipo de acordo, suspender temporariamente a greve e preparar, com mais força, uma greve em 2016.  Para sair de cabeça erguida da greve, mesmo sem conquistas, mas sem se curvar à assinatura de um acordo assim.

Mas os fiasquentos diretores PSTUistas do Sinditest levaram a assembleia a eles subjugada a votar a favor de assinar o acordo. OK, umas 150 pessoas votaram a favor dessa droga? A maioria os criticará e repudiará. MAIS UMA GREVE FRACASSADA da Diretoria PSTUista da Bispa Carla, em 2014 e neste ano.  Chega!

Patuscos, como Carlos Pegurski, da UTFPR, querendo dar uma de Lenin usando bonezinho, lá por meados de maio, proclamava todo animadinho discursos tipo "Ah, gente, agora nossa greve será vitoriosa, porque agora nós (PSol e PSTU) conquistamos maioria na Diretoria da FASUBRA e garantiremos condução combativa contra os 'governistas' etc e tal". Qua, qua, qua.  De novo: QUA, QUA, QUA!! 

Que nos diz agora o sr. Pegurski, iludido e iludidor da categoria, depois deste desfecho SEM VITÓRIA apesar de sua corrente maluca e seus aliados malucos serem maioria na Direção da FASUBRA e no Comando Nacional de Greve?  Não diz nada, seu boné deve estar meio caído de lado, porque ele nada tem a explicar à base sobre o fracasso da Diretoria da FASUBRA e do CNG sob maioria dos ultraesquerdistas, que aceitam um acordo rebaixado com o Governo Federal.  

Que o senhor Pegurski bravateiro, o profeta sectário Márcio Palmares, a Bispa Carla Cobalchini da igrejinha do PSTU do Sinditest talvez agora entendam que o desfecho mais ou menos favorável da luta entre trabalhadores e patrões não depende só de direções supostamente "mais combativas", mas da correlação de forças em todo o cenário em questão, que sequer é só do Brasil, mas mundial.

Agora, o fim formal da greve depende de abobrinhas burocráticas entre FASUBRA e MPOG. Mas a greve, objetivamente, acabou. Sem vitória. Sem conquista. Fracassada. E não adianta tentar prolongá-la artificialmente sob pretexto de lutar por pauta local. A ampla maioria da base não entra mais nessa dos ultraesquerdistas inconsequentes.

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