-->

quinta-feira, 27 de março de 2025

A filial de Los Pollos Hermanos nos RUs da UFPR

Nenhum comentário:

"Los Pollos Hermanos" ("Os Irmãos Frangos" ou "Os Frangos Irmãos") é uma rede fictícia de restaurantes de fast-food especializada em carne de frango que foi destaque na série de televisão "Breaking Bad", muito assistida no serviço de streaming NetFlix.

Na ficção de "Breaking Bad", o restaurante Los Pollos Hermanos é apresentado como uma organização de fachada do personagem Gus Fring utilizada para a operação de fabricação e distribuição de drogas ilícitas, algo parecido com a loja carioca de chocolates do senador Flávio Bolsonaro (PL), usada para lavar dinheiro das "rachadinhas" e provavelmente também de outros crimes.

Porém, é também altamente considerado pelo público em geral do Sudoeste dos Estados Unidos como uma cadeia regional. O cenário usado para a localização do restaurante em Albuquerque no seriado estava em uma filial da "Twisters", em South Valley, estado do Novo México, e a Twisters viu um aumento nos negócios atribuído a estar associado à série "Breaking Bad". Devido à popularidade da série, Los Pollos Hermanos apareceu em várias ocasiões como um restaurante temporário na vida real. Por coisas assim, se poderia dizer que, no caso do restaurante dos Frangos Irmãos, o crime (fictício da série) compensa!

A gozação aqui no Blog deve-se ao fato de que carne de frango nunca falta no cardápio da rede de Restaurantes Universitários da UFPR (por ser mais barata), em alguns dias sendo a única "mistura" para o arroz com feijão. À parte a piada, sempre levaremos em muita consideração esta parte fundamental da política de assistência estudantil mantida pela UFPR, pois alimentação boa e acessível é essencial para poder estudar bem e bastante! E também para os servidores e servidoras estarem em forma para o batente diário.
-----------------
Com informações da Wikipedia e Google Maps

Greve de 24 horas em 28/03. Razão tem. Como?

Nenhum comentário:


A FASUBRA, depois de sua mais recente Plenária Nacional com os sindicatos de base, em Brasília, indicou fazer uma Paralisação de 24 horas no dia 28 de março, sexta-feira, data motivada pelo fato de que haverá uma mesa de negociação com o Governo Federal em torno de pontos ainda não cumpridos do acordo de greve de 2024.  

É justo que os/as servidores/as nas bases demonstrem, através desta advertência de greve de um dia nas IFES, que querem ver os diversos pontos negociados no final do movimento do ano passado cumpridos.  Entre estes, por exemplo, a implementação do processo do chamado RSC - "Reconhecimento de Saberes e Competências" -, que possibilitará que trabalhadores, a partir de suas experiências laborais em que desenvolveram conhecimentos e capacidades para melhorar os fazeres da Universidade, tenham isso reconhecido pecuniariamente, sem precisar passar por cursos de pós-graduação ou capacitação.

Não obstante a justeza da causa da parada proposta para sexta-feira, no caso da UFPR ela foi deliberada de forma um tanto complicada. E, ao que se vê, também convocada de modo acanhado nos diversos campi da UFPR. 

No referente ao modo como foi "discutida" e votada a paralisação de 28/03, remetemos o leitor a (re)ler a matéria deste Blog, publicada em 24/03, denominada "Assembleia sindical serve pra que mesmo?".  Entendemos que alguns elementos ali comentados servem para compreender certas dificuldades atuais para o movimento.

Forças-tarefa percorrendo todos os campi da UFPR, distribuindo panfletos de chamada da greve de um dia, agitos com caminhão de som, assembleias menores em setores e unidades desta IFES explicativas da situação corrente e outras formas de mobilização - viu-se isto nos dias desta semana?  Vimos cartazes de convocação espalhados em paredes por aí, como o que ilustra esta matéria, colado no térreo do Edifício D. Pedro I.  E então?

25 e 26 de Março: datas para a História do Brasil

Nenhum comentário:


Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (26), que Jair Bolsonaro e mais sete pessoas se tornam réus, e vão responder a um processo penal na Corte.

Os ministros da Primeira Turma Cristiano Zanin (presidente da turma), Luiz Fux, Carmem Lúcia e Flávio Dino seguiram o entendimento do relator do caso, Alexandre de Moraes, para quem a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) descreveu “satisfatoriamente fatos típicos” e defendeu que a acusação fosse aceita.

Além de Bolsonaro, vão ser julgados na ação penal Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Alexandre Ramagem, (ex-diretor da Abin); Augusto Heleno, (ex-ministro do GSI); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); Walter Braga Netto (ex-chefe da Casa Civil); Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).

Eles são acusados dos seguintes crimes: Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Organização criminosa, Dano qualificado ao patrimônio da União e Deterioração de patrimônio tombado.

O relator disse que o ex-presidente e seus aliados foram protagonistas de uma “tentativa de golpe de Estado violentíssima”.

Moraes não só descreveu o encadeamento dos fatos narrados na denúncia, mas também destacou a materialidade e o conjunto de provas envolvendo cada um dos acusados.

Desde os acampamentos pedindo intervenção militar, passando pelos atos do dia 12 de dezembro, quando houve tentativa de invasão da sede da Polícia Federal e incêndio de ônibus, depois a tentativa de explosão de bomba no aeroporto às vésperas do Natal, e culminando com o que narra a PGR no dia 8 de janeiro”, disse o ministro.

Ele elogiou a denúncia da PGR no sentido de que ela apresenta os fatos de maneira clara, circunstanciada e coerente, o que permite aos advogados de defesa “exercerem seu direito ao contraditório e à ampla defesa”.

A denúncia descreve as condutas criminosas, a materialidade e possibilita que as defesas possam exercer seu amplo direito, porque as ações sucessivas são descritas de forma coerente, clara, circunstanciada, todos os atos que a Procuradoria-Geral da República imputa aos denunciados”, explicou.

Durante sua argumentação, Moraes exibiu vídeo dos atos golpistas do 8 de janeiro para rebater as críticas sobre as mulheres que teriam sido presas apenas por estarem com “uma Bíblia ou um batom”.

Usando um chavão: uma imagem vale mais do que mil palavras. Essas imagens não deixam nenhuma dúvida da materialidade, da gravidade dos delitos praticados. Nenhuma Bíblia, nenhum batom. O que se viu foi violência, depredação e tentativa de subversão da ordem constitucional”, relatou o ministro.


Votos

Flávio Dino disse que a Constituição definiu como altamente gravosa as condutas dos acusados. “A Constituição não fala em pessoas armadas, mas em grupos armados. Pouco importa se a pessoa tinha arma de fogo ou arma branca. O que importa é que o grupo era armado. O grupo portava armas de fogo, armas brancas e assim sucessivamente”, disse Dino.

Para ele, a gravidade dos atos no 8 de janeiro não está na ausência de mortes. “Golpe de Estado mata. Não importa se é no dia, no mês seguinte ou alguns anos depois”.

No seu voto, Luiz Fux divergiu dos colegas quanto ao local do julgamento e defendeu que o caso fosse levado ao plenário da Corte. Ele também disse que pode ser avaliada ainda a possibilidade de que haja sobreposição entre os tipos penais (golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito).

É possível que haja o mesmo fato, coincidência de ambas as normas. Mas também é possível que, no curso da instrução, se chegue à conclusão de que há, na verdade, um conflito aparente”.

Não foi uma festinha de final de tarde, em que todo mundo resolveu comparecer e usar paus e pedras para arrebentar com tudo”, disse Carmem Lúcia. Ela condenou a ruptura institucional. “Ditadura mata. Ditadura vive da morte, não apenas da sociedade, da democracia, mas de seres humanos de carne e osso".

Para ela, houve uma sequência de fatos. “O que é preciso é desenrolar do dia 8 pra trás, para chegarmos a esta máquina que tentou desmontar a democracia. Porque isso é fato”, considerou.

Longe de ser uma denúncia amparada exclusivamente em uma delação premiada, o que se tem aqui são diversos documentos, vídeos, materiais que dão amparo àquilo que foi apresentado pela acusação”, disse Zanin no seu voto, referindo-se a tentativa de anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Grupo terrorista no Brasil: ele existe

Nenhum comentário:

Nos acampamentos dos quartéis do Exército, nasceu uma organização criminosa que está disposta a matar e morrer por uma só pessoa: Jair Messias Bolsonaro.

Paulo Motoryn - Intercept Brasil * 22/03/2025

Desde o fim de 2022, investigar a rede bolsonarista por trás dos ataques golpistas se tornou um trabalho de alto risco. Nos últimos dias, como talvez você já saiba, experimentei isso na pele.

Depois que revelamos a vida tranquila e impune de um foragido do 8 de Janeiro na Argentina, fui alvo de ameaças de morte e tive meus dados pessoais expostos em redes sociais – além de uma série de outros crimes igualmente informados às autoridades competentes.

O ataque não veio de um único ponto, mas de uma rede organizada. Quando percebi que as coisas estavam em um nível muito maior do que estou acostumado, fiz o que sempre faço ao investigar políticos e empresários: segui os rastros digitais, identifiquei alguns dos responsáveis e “puxei a capivara” de um por um – ou seja, busquei em fontes públicas informações dos autores.

Em tese, a maioria, na rua, não intimidaria ninguém. Mas, no ambiente digital, são operadores de uma máquina de destruição especializada em desestabilizar, praticar violência digital e cometer crimes de ameaça. Por alguns minutos, cheguei a relaxar. Foi aí que me lembrei do caso de Francisco Wanderley Luiz, o "Tio França".

Quase dois anos após o atentado contra a democracia do 8 de Janeiro, Tio França planejou um ataque a bomba no Supremo Tribunal Federal. Levou explosivos ao prédio do tribunal, mas não conseguiu entrar. Lançou alguns rojões na direção do STF e, ao ser confrontado, resolveu cometer suicídio em frente à estátua da Justiça.

Embriagado pela ideologia bolsonarista, Tio França quis fazer de sua morte um ato político. E ele não era um lobo solitário, um maluco qualquer. Era um fanático forjado pelos discursos de Jair Bolsonaro contra a democracia, especialmente contra o STF – como muitos dos que me ameaçaram, como tantos que estão na Argentina.

Tio França e Josiel Gomes, o "007", foragido que encontrei em Buenos Aires, têm muito em comum – e não é só o tom meio patético do figurino de um e do apelido do outro. Os dois eram comerciantes de cidades do interior do país, com faixa etária similar, tiveram candidaturas fracassadas a vereador no histórico político, e, por fim, foram submetidos a um processo de radicalização acelerada.

Tio França comprou uma bomba e armou um plano para destruir o STF. Josiel comprou equipamentos militares e foi preso encapuzado, incendiando uma viatura policial. Abriram mão da família e da própria vida em nome de uma pessoa: Jair Messias Bolsonaro.

Os dois são rostos que vieram a público de uma mesma organização: um grupo criminoso e terrorista que habita o seio do bolsonarismo.

Não são todos nem a maioria, mas há uma parcela, violenta e radicalizada, amparada por advogados, empresários e políticos de alto calibre, que é, sim, uma organização criminosa e terrorista. E não pode ser ignorada nem normalizada.


QG’s: a origem do grupo criminoso
É possível enxergar vários marcos fundadores desse grupo. Mas, para simplificar, basta voltar pouco mais de dois anos no tempo e lembrar que os acampamentos montados em frente a quartéis não foram apenas pontos de protesto. Eles foram, como alertou Flávio Dino antes mesmo do 8 de Janeiro, "incubadoras de terroristas". O tempo provou a precisão dessa avaliação.

Foi dali que saíram os criminosos que incendiaram ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, em 12 de dezembro de 2022. Foi ali que se organizou a tentativa de atentado a bomba no aeroporto da capital federal. E foi desses acampamentos que partiu a invasão criminosa à Praça dos Três Poderes no 8 de Janeiro.

Esses atos não foram espontâneos nem desorganizados. O que documentamos ao longo de meses de investigação foi a existência de uma estrutura paramilitar, financiada por empresários, respaldada por advogados e organizações da extrema direita, e estimulada por políticos bolsonaristas — muitos deles ainda em pleno exercício de seus mandatos.

O que vi na Argentina, e os ataques que sofri depois, me fazem ter certeza que 8 de Janeiro não foi o fim. Mas apenas mais um marco dentro de um processo de radicalização que começou nos acampamentos e evoluiu para atentados terroristas. Essa violência não desapareceu com o início do governo Lula ou da desmontagem dos acampamentos, a partir de 9 de janeiro de 2023.

Basta um olhar atento aos atores envolvidos na tentativa de golpe para notar um aprofundamento dessa radicalização, com células organizadas em sigilo e a ampliação considerável de suas conexões internacionais. A ida de foragidos para a Argentina, sob o governo de Javier Milei, e o respaldo de Donald Trump nos Estados Unidos, evidenciam essa articulação global.

Enquanto espera a hora de seu líder voltar ao poder, no Brasil, as táticas extremistas seguem se espalhando: recrutamento digital, militarização do discurso e uso da violência como ferramenta política.

A máquina do terror bolsonarista continua ativa. Se não for enfrentada e criminalizada, seguirá fazendo novas vítimas – até que não reste mais nenhuma.

Assembleia sindical serve pra que mesmo?

Nenhum comentário:

Para que serve reunir os filiados de base de uma entidade sindical?  Apenas para passar informes gerais e/ou de alguma área específica de interesse, como a jurídica?  Para mera homologação, através de um levantar de mão, de uma decisão já previamente tomada no âmbito estrito da Diretoria do sindicato?  Ou para que os associados tenham a oportunidade de se encontrar para trocar livremente opiniões sobre temas relevantes à categoria, argumentar e contra-argumentar, com base em ideias, sobre o melhor caminho ou luta a adotar conforme a conjuntura que se apresentar?

A depender da mais recente assembleia geral do Sinditest, chamada para a última 6a.feira, 21/03, no Anfiteatro 100 do Edifício D. Pedro I, e segundo o que ali se presenciou quanto à postura da atual direção da entidade, parece que as finalidades seriam apenas as duas primeiras opções acima referidas.

A pauta dessa assembleia era essencialmente o informe sobre a Plenária recente da FASUBRA e alguns indicativos de mobilização nela apontados, bem como sobre, finalmente, a aprovação no Congresso Nacional da Lei Orçamentária Anual 2025, pelo que finalmente o reajuste salarial de 9% poderá ser repassado aos servidores federais no próximo mês. Nas falas sobre essas informações, contudo, pôde-se tomar conhecimento de que persistem pendências sobre cumprimento pelo governo federal de diversos pontos do Acordo da Greve nacional de 2024, para o que haverá nova rodada de negociações em 28/03.

E que, por causa desses pontos pendentes e da data de nova mesa negocial em 28/03, para esta data a Plenária da FASUBRA indicou um Paralisação Nacional de 24 horas de todas as bases dos TAE do país, como forma de pressão. Além disso, também que se fizesse às bases a consulta para um indicativo de entrada em "estado de greve", como outro elemento buscando incidir sobre as negociações.

Ora, tudo bem, não fosse o equivocado encaminhamento dado pela Mesa dirigente (composta por Antonio Néris, presidente da mesa, Ivandenir Pereira e Márcia Messias, todos diretores do Sinditest).  Abrindo o ponto sobre a deliberação acerca desses indicativos, o dirigente Néris com patente desfaçatez encaminhou para imediata a votação pela plenária os indicativos de paralisação em 28/03 e entrada em estado de greve, sem qualquer debate prévio entre os presentes.

Nesse meio tempo, o dirigente sindical Ivandenir tomou a palavra e fez pronunciamento infeliz ao atacar indiretamente, embora sem dar nomes, pessoas da base que seriam "covardes" diante das lutas postas.

Contra o encaminhamento pretendido pela Mesa se insurgiu o membro da base Valter Mayer, que repetidamente pediu uma questão de ordem, sendo solenemente ignorado pela Mesa.  Valter insistiu e, irritado com aquela postura da Mesa, partiu para cima de Antonio Néris agarrando-lhe com força o microfone. Néris e Ivandenir resistiram "em defesa do microfone" e iniciou-se cerca de um minuto de um lamentável cabo-de-guerra físico entre a Mesa e Valter, perante o olhar aturdido da plenária.

Minimamente serenados os ânimos, Néris voltou a encaminhar a votação imediata sobre paralisar ou não atividades em 28/03, que foi apoiada pela maioria numa assembleia de cerca de 50 pessoas, mas com vários votos contrários e uma abstenção, seguida de declaração de voto.  

Quem se absteve foi o editor deste Blog, justificando sua posição em função de não ser admissível tratar o emprego de um instrumento de luta sério e sempre de difícil execução - como paralisações e greves - sem um mínimo debate de prós e contras, ou mesmo de posições intermediárias, além de criticar a fala do membro da mesa que atacou, com grave desqualificativo, colegas da base com os quais se pretende que ajudem a construir o movimento, independentemente de se estar numa diretoria ou na base.  

Diante do desolador cenário instalado depois desses fatos conflituosos, passíveis de provocar erosão na indispensável unidade que os/as trabalhadores/as precisam forjar entre si para enfrentar patrões com alguma chance de sucesso, e da conspícua falta de mobilização da base (o número baixo de presentes à assembleia é um parâmetro), não se pode alimentar esperança de que haja movimento de algum vulto na base dos TAE da UFPR.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Congresso Nacional, com atraso, vota a LOA 2025 e libera pagamento do reajuste aos servidores

Nenhum comentário:


Ontem, 20/03, o Congresso Nacional finalmente aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, passo que faltava para o governo efetivar o pagamento do reajuste salarial de 9% para 38 categorias do serviço público, entre eles os TAE, que assinaram acordos coletivos, previstos na Medida Provisória 1.286, assinada pelo Presidente Lula em dezembro de 2024.

Imediatamente após a sanção da LOA por Lula, o aumento de 9% deverá ser pago em abril, com valores retroativos a janeiro de 2025. No entanto, alguns outros itens que compõem o salário, como adicionais, poderão demorar mais um pouco para serem repassados, por dependerem de análise individual pela PROGEPE.

A LOA estava empacada no Congresso pela vergonhosa chantagem de parlamentares fisiológicos da direita e extrema-direita, que exigiam o repasse de recursos do Tesouro para emendas que não tinham a devida transparência nem sobre autoria nem sobre destino do dinheiro público.  Com essa chantagem, recusavam-se a votar a LOA 2025.

Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) limitavam o pagamento das emendas até que se estabelecessem regras de transparência e de possibilidade de rastrear para onde irá esse dinheiro público.  Entendimentos recentes entre o Congresso e o STF, somados à importante mediação da paranaense Gleisi Hoffmann, agora Ministra de Relações Institucionais, conduziram à resolução do impasse.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Hospital de Clínicas realizou eleição de seu Superintendente

Nenhum comentário:


Nos dias 18 e 19 deste mês (3a. e 4a. feiras), foi realizada uma consulta direta à comunidade que trabalha e estuda no Complexo Hospital de Clínicas (CHC), para indicar seu/sua Superintendente (antigo Diretor Geral). Esse procedimento, de natureza democrática, não era repetido há mais de duas décadas nesse órgão suplementar da UFPR que é o HC.  A paridade aplicada pela Comissão Eleitoral foi de 70% para o conjunto de professores e TAE, cabendo os restantes 30% aos votos dados por discentes.

Apresentaram-se à disputa do posto o médico Adonis Nasr, cirurgião e professor adjunto do Dep. de Cirurgia da UFPR e a enfermeira Elizabeth Bernardino, professora titular do Dep. de Enfermagem da UFPR e gerente de atenção à saúde do CHC.

A apuração dos votos, que foram depositados por via eletrônica (sistema coordenado pela AGTIC da UFPR), estava prevista para começar pouco depois das 19h30 do dia 19, horário de encerramento da votação. Segundo matéria publicada no site da UFPR, em 17/03, feita a apuração, o resultado será examinado pelo CoAd a partir das 8 da manhã de hoje, 20/03, sendo posteriormente enviado ao Reitor da UFPR, a quem cabe oficialmente indicar o novo Superintendente.

Entretanto, a Diretoria do Sinditest contesta procedimentos da Comissão Eleitoral e publicou em seu site, em 19/03, a nota intitulada "Eleições do CHC em xeque: Sinditest exige transparência e justiça no processo eleitoral".  Nesta nota, a direção sindical manifesta "profunda preocupação com as irregularidades verificadas no processo eleitoral para o cargo de Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR".

Num parágrafo com severas acusações, os dirigentes sindicais afirmam que:

"Desde a atuação parcial da Comissão Eleitoral, que parece ter direcionado o processo de forma a prejudicar uma das chapas, passando pela postura da atual Presidenta do COAD – que acumula os cargos de superintendente e vice-reitora, além de manter conexões com figuras influentes, como Camila Fachin –, foram identificadas diversas inconsistências e irregularidades. Tais fatos nos levam a questionar se a eleição foi realmente organizada para refletir a vontade plena dos envolvidos ou se visa, de alguma forma, justificar a não realização de novas disputas, considerando que alguns eleitores tiveram sua participação limitada, em consonância com comportamentos autoritários recentes observados na Gestão da UFPR."

Não obstante as contestações do Sinditest, a apuração desta eleição resultou em 82,2% dos votos dados ao professor Adonis e apenas 15% à professora Elizabeth.  Assim, uma vez homologado este resultado pelo CoAd, resta ao Reitor finalizar o processo indicando o médico Adonis Nasr como novo Superintendente do CHC.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Polvos que injetam em suas parceiras uma das toxinas mais mortais do mundo

Nenhum comentário:

Os polvos linha-azul estão entre as quatro espécies do gênero Hapalochlaena conhecidas por seu veneno absurdamente potente, que contém tetrodotoxina - uma das substâncias mais mortais conhecidas pela Ciência.


Sempre se pensou que esses polvos usam o poderoso paralisante para subjugar suas presas. Mas um estudo recente na Universidade de Queensland (Austrália) sugere que os machos da espécie tem outro alvo para suas toxinas: suas parceiras.

O corpo da fêmea desta espécie tem apenas o tamanho de uma bola de golfe, mas isso ainda é várias vezes maior que o tamanho do corpo do macho. E quando ele quer acasalar com ela, tem que chegar bem perto e intimamente para inserir seu tentáculo ejetor de esperma dentro do trato reprodutivo dela. Isto não seria uma coisa ruim se as fêmeas não precisassem armazenar tanta energia quanto possível, já que param de se alimentar após a reprodução. Já um pequeno macho poderia facilmente fazer um último saboroso jantar, exceto que isso nunca aconteceu quando os pesquisadores observaram os animais acasalando. Em vez disso, ele primeiro dá nela uma 'mordida de amor' - paralisando-a, ao ponto de que suas pupilas nem mesmo reagem a flashes luminosos.

Os polvos machos tem glândulas salivares três vezes maiores que as glândulas das fêmeas, descobriram os pesquisadores - talvez para garantir que tenham veneno suficiente para fazer o serviço. "Isso é um grande exemplo da corrida co-evolutiva de tentáculos entre os sexos, no qual uma grande fêmea canibal é neutralizada pelo veneno do macho", comenta a bióloga Chuan-Chuan Chin.

O canibalismo sexual é comum entre os cefalópodos (classe animal que inclui polvos, lulas e sépias). As fêmeas param de se alimentar após depor seus ovos e dedicam o resto de suas vidas a cuidar e proteger suas crias em desenvolvimento. Até então, os polvos machos estão no cardápio delas. Os machos são muito menores que as fêmeas e precisam chegar bem perto delas para introduzir seus tentáculos especializados para ejeção do esperma, e isso os deixa vulneráveis a serem devorados durante o acasalamento.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Docentes renovam direção da APUFPR em 3/4

Nenhum comentário:

A Comissão Eleitoral (COE) confirmou a homologação de duas chapas concorrentes na eleição de renovação da diretoria da APUFPR Biênio 2025-2027.

A eleição acontecerá no dia 3 de abril, com voto presencial e cédula eleitoral única, depositada em urna.

Veja a lista completa de candidatos(as) das duas chapas:

CHAPA 1 – “AUTONOMIA E LUTA”
Presidente: Claudia Mendes Campos
Vice-Presidente: Vitor Marcel Schühli
Secretário(a) Geral: Sandra Mara Alessi
Primeiro(a) Secretário(a): Marise Fonseca Dos Santos
Tesoureiro(a) Geral: Francisco de Assis Marques
Primeiro(a) Tesoureiro(a): Afonso Takao Murata
Diretor(a) Administrativo(a): Luiz Allan Kunzle
Diretor(a) Cultural: Lennita Oliveira Ruggi
Diretor(a) de Esportes: Renata Ballenzani
Diretor(a) de Imprensa: Gabriela Caramuru Teles
Diretor(a) Jurídico(a): Roberto Gonçalves Barbosa
Diretor(a) Social: Aline Mendonça Fraga


CHAPA 2 – “DE DOCENTE PARA DOCENTE”
Presidente: Paulo Vieira Neto
Vice-Presidente: Dayana Brunetto Carlin dos Santos Ribas
Secretário(a) Geral: José Roberto Braga Portella
Primeiro(a) Secretário(a): Alexandre Luis Trovon de Carvalho
Tesoureiro(a) Geral: Dimas Agostinho da Silva
Primeiro(a) Tesoureiro(a): Amadeu Bona Filho
Diretor(a) Administrativo(a): Luiz Claudio Fernandes
Diretor(a) Cultural: Gustavo Ferreira Coelho
Diretor(a) de Esportes: Francielle Brustolin de Lima Simch
Diretor(a) de Imprensa: Ney Pereira Mattoso Filho
Diretor(a) Jurídico(a): André Peixoto de Souza
Diretor(a) Social: Carlos Alberto Ubirajara Gontarski
-------------------
Fonte: APUFPR

Memória, memória, memória

Nenhum comentário:

Na tenebrosa primavera de 1975, pouco depois do assassinato de Vladimir Herzog no DOI-Codi em São Paulo, professores e estudantes da Faculdade de Comunicação da UFRGS, a Fabico, colocaram na parede do diretório de estudantes uma placa com homenagem ao jornalista.

Moisés Mendes - DCM - 10/03/2025

Herzog seria o patrono do centro. No dia seguinte, a homenagem sumiu. Todos os que viveram aquele período em Porto Alegre sabem quem foi o ladrão da placa.

Muitos dos que estavam lá e nada puderam fazer, além de identificar o serviçal da ditadura, vão colocar outra placa no mesmo lugar, agora ao lado de jovens que têm idades com menos da metade do tempo percorrido até aqui. Será no dia 8 de abril.

A placa diz o seguinte: “Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado sob tortura nas dependências do Exército. Vlado defendia a democracia e combatia a ditadura. Em sua honra, as e os estudantes da Fabico deram seu nome à sala do diretório acadêmico. Na manhã seguinte, a placa foi arrancada pela direção da Faculdade, a mando da ditadura. 50 anos depois, estamos aqui novamente. Para que não se esqueça, para que nunca mais se repita. Ditadura nunca mais!”.

O resgate da homenagem a Herzog está no contexto da decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) de instituir 2025 como o Ano Vladimir Herzog. Completa-se meio século do assassinato do jornalista.


Recuperar placas é parte de um esforço pela retomada de gestos concretos de marcação de memória e de resistência ao que eles tentam repetir. Assim como foi recuperada e recolocada na calçada da Rua Santo Antônio, diante de antigo prédio do DOPS, também em Porto Alegre, a placa que informa: aqui, no primeiro centro clandestino de detenção do Cone Sul, torturavam e matavam inimigos da ditadura.

E o Brasil vai lidando com a preservação de memórias, mas com ações intermitentes, casuais, pontuais. Está dito por muita gente que não pode mais ser assim. Que precisamos ser mais intensos, constantes e efetivos, como são, na eterna comparação que nos desfavorece, uruguaios, argentinos, chilenos.

A conquista do Oscar por ‘Ainda estou aqui’, a consagração de Fernanda Torres como representação da mulher que resiste e tudo mais que o filme e o prêmio passam a inspirar nos empurram para a repetição da palavra síntese da luta de Eunice Paiva depois do assassinato do marido: memória, memória, memória.

Tanto que o apelo por verdade, memória e justiça, consagrado em todos os países que enfrentaram ditaduras, tem no Brasil muitas vezes a versão em que a primeira palavra é memória.

Memória como respeito, afeto, reconhecimento. Para que a memória acione verdades e as verdades e as memórias conduzam às mobilizações por justiça.

Esse deve ser o ano da memória por Herzog, por todos os assassinados, pelos que nunca mais foram vistos e que, se sabe hoje, são bem mais do que os 232 considerados ainda desaparecidos durante a ditadura.

Que em nome da memória, como já disse Marcelo Rubens Paiva ao ser cobrado por ter escrito sobre sua família branca e rica, outros escrevam mais e façam filmes sobre pretas e pretos, pobres, colonos e indígenas que a ditadura matou e que, pelas omissões da própria democracia restaurada, foram invisibilizados.

Que o Brasil se dedique à memória desses invisíveis que também desapareceram sem que documentos, cadastros e anotações tenham registrado seus nomes e suas histórias como vítimas de ditadores e torturadores.

(Octávio Costa, Regina Pimenta e colegas da ABI, estamos juntos nessa empreitada permanente. Memória, memória, memória.)

Brasil tem pelo menos mil casos de feminicídio por ano desde 2015, quando lei foi criada

Nenhum comentário:

Nos últimos dez anos, mais de 11 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, de acordo com dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública). 

Daniele Amorim - DCM - 09/03/2025

A lei trouxe visibilidade a casos que sempre existiram”, diz a delegada e doutora em sociologia Cyntia Carvalho e Silva, ao explicar como a legislação aprovada em março de 2015 deu mais transparência à gravidade das mortes de mulheres por motivos de gênero.

O aumento no número de casos, que ultrapassou 1.400 registros em 2024, é atribuído não apenas ao crescimento da violência, mas também à maior qualidade na investigação e classificação dos crimes pelos estados. Em locais como o Distrito Federal, por exemplo, há um protocolo que trata toda morte violenta de mulher inicialmente como feminicídio, levando em consideração a “violência doméstica, o menosprezo ou a discriminação de gênero”.

Uma história que ilustra o drama das estatísticas é a de Géssica Moreira de Sousa, de apenas 17 anos, morta a tiros na cabeça na presença de sua filha de dois anos. “Ele foi preso na Bahia”, informou a polícia sobre o ex-companheiro dela, apontado como principal suspeito. O caso ocorreu no Distrito Federal e integra a longa lista de feminicídios que mantém o país em alerta.

Em 2024, o chamado Pacote Antifeminicídio tornou o feminicídio um crime autônomo, com penas que variam de 20 a 40 anos de prisão, podendo chegar a 60 em caso de agravantes. “A nova lei é positiva, pois reconhece o feminicídio como um crime específico, com dinâmica processual própria”, avalia Juliana Brandão, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Apesar dos avanços, Valéria Scarance, promotora de Justiça de São Paulo e professora da PUC, ressalta que ainda existe “subnotificação nos dados” e casos que não são corretamente enquadrados. “É muito comum, por exemplo, que feminicídios tentados sejam registrados como lesão corporal, como se o agente não tivesse a intenção de matar”, explica, frisando a importância de dados precisos para políticas de prevenção eficazes.

Outras iniciativas acompanham o endurecimento da lei, como a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que invalidou a tese da “defesa da honra” em crimes de feminicídio. Para a delegada Dannyella Pinheiro, a ampliação de campanhas de conscientização é fundamental: “A violência doméstica ainda é um grande desafio, pois muitas mulheres acreditam que o agressor pode mudar”. Ela enfatiza a necessidade de redes de apoio para acolher as vítimas antes que ocorra o pior.

Estados como Maranhão, Paraná e Amazonas afirmam investir em ações repressivas e educativas, enquanto o Ministério da Justiça e Segurança Pública destaca o financiamento de projetos e iniciativas de proteção à mulher. Ainda assim, especialistas enfatizam que o Brasil carece de melhorias adicionais no registro e na prevenção de feminicídios, apontando que o combate efetivo à violência de gênero depende de uma contínua evolução das políticas públicas e do comprometimento social. As informações são da Folha de S. Paulo.

Sinditest chama paralisação nacional em 11 de março

Nenhum comentário:
Uma Assembleia do Sinditest ocorrida no último 26/02 aprovou adesão da base do sindicato ao chamado de uma Paralisação Nacional, para cobrar do Governo Federal o cumprimento pleno do Acordo de Greve de 2024, bem como pressionar para que o Congresso nacional aprove urgentemente o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual, relativo a 2025).

Da aprovação do novo orçamento nacional por deputados federais e senadores depende o repasse do reajuste salarial de 9%, retroativo a janeiro/2025, já assinado pelo presidente Lula.  No entanto, os deputados fisiológicos e de direita atrasam essa votação para barganhar com o Executivo a entrega de altas somas de recursos para emendas de parlamentares, muitas dessas pouco ou nada transparentes. 

Segundo nota informativa do sindicato, publicada no site em 7/3, "as reitorias da UFPR, UTFPR, UNILA e a Superintendência do CHC já foram formalmente notificadas sobre a paralisação". 

Assim, os e as TAEs da base do Sinditest que trabalha em Curitiba estão convocados/as para estar desde as 7 da manhã desta 3a.feira, 11/3, no pátio da Reitoria da UFPR, para fazer esse movimento de pressão.