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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Aprovada greve dos professores e professoras da UFPR, com início em 15 de abril

O auditório do prédio da administração do Centro Politécnico estava superlotado na tarde de ontem para voltar a discutir a entrada de professores/as da UFPR na greve nacional, cuja pauta também destaca a luta salarial e por questões da carreira docente.

Por divergências secundárias em torno da metodologia de reunião, a greve não tinha podido já ser aprovada na assembleia anterior (que foi híbrida). Mas, desta vez, com mais de 400 pessoas entupindo o abafado auditório (e também acompanhada por alguns estudantes e TAE), foi feito o devido debate em diversos blocos de cinco falas e as votações pertinentes. Simultaneamente a essa assembleia em Curitiba, outros quatro campi – Litoral, Palotina, Toledo e Jandaia do Sul – também participaram online, sendo as votações dessas assembleias remotas computadas na totalização com Curitiba.

Ainda que houvesse docentes discordando da adoção da greve como método de luta, essa posição não se manifestou explicitamente em nenhuma fala. A divergência principal foi quanto ao timing da entrada efetiva em greve. Enquanto a direção da APUFPR e outros setores defenderam o começo da parada em 15/04, um segmento minoritário defendia que a categoria ficasse ainda em “estado de greve”, sem data prévia definida para começo da efetiva paralisação, acreditando que era preciso mostrar, digamos, boa vontade para o prosseguimento das negociações com o MGI/MEC.

O resultado final das votações redundou nos seguintes números: na assembleia de Curitiba, foram 245 votos a favor da greve e 122 contra, sendo uma totalização, contando os demais campi sincronizados, de 322 votos pela greve, 175 contra e três abstenções. Curiosamente, a assembleia docente em Jandaia do Sul apontou zero votos a favor da greve e 23 contra. A segunda votação definiu o momento da entrada em greve e uma maioria de 250 docentes se posicionou para que ela comece já em 15/04, a próxima 2a.feira.

O Comando Local de Greve dos TAEs esteve presente nessa assembleia de Curitiba, apresentou os informes da parada dos técnicos, prestou solidariedade ao movimento dos professores e das professoras, ressaltando que o movimento ficará mais forte, como “Greve da Educação”, com as duas categorias ombro a ombro na UFPR e nas ruas. Também se manifestaram  uma estudante de Ciências Sociais da UFPR e um representante do CLG dos TAE do Instituto Federal (IF-PR).

Ao final, a assembleia passou a discutir se o CLG da APUFPR seria formado já ali ou depois. Deve estar em perspectiva próxima a realização de uma assembleia comunitária da UFPR envolvendo as três categorias.
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PS: este Blog fez tomadas de vídeo da assembleia docente de ontem, mas, por problemas temporários de internet, ainda não foi possível incluir nesta postagem. Para breve.
Foto: APUFPR.

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