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terça-feira, 15 de agosto de 2023

Possível proteína culpada identificada na Síndrome da Fadiga Crônica

Pares de sapatos expostos durante o "Dia da Ausência de Milhões",
reunidos este ano em Praga em apoio a pacientes de SFC

As pessoas que sofrem com a encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica (ME/CFS, na sigla em inglês) lutam não apenas com a exaustão extrema e problemas cognitivos conhecidos como neblina cerebral mas também com uma profunda falta de informação sobre o que causa seus sintomas e como tratá-los.

Agora, graças a um insólito e casual achado em uma pessoa que experimenta uma extrema fadiga de longa duração, os pesquisadores identificaram uma proteína que pode contribuir para a ocorrência de alguns desses sintomas. Usando uma combinação de experimentos em ratos e células humanas, a equipe descobriu que a proteína WASF3 estava presente em níveis altos nada usuais nos músculos de pessoas com ME/CFS e que podem romper a capacidade das células de gerar energia. Enquanto que uma única proteína não pode explicar a história toda, os pesquisadores relataram que os achados podem apontar para um novo tratamento para a ME/CFS e para doenças que partilham características similares, como é o caso da COVID Longa.

É extremamente encorajador” ver este tipo de abordagem molecular detalhada aplicada a uma doença negligenciada como a ME/CFS, diz Mady Hornig, uma médica cientista que estuda o problema na Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Colúmbia, e que não esteve envolvida nesse trabalho. As descobertas do estudo colocam-se como modo de lidar com um conjunto muito comum de questões de saúde muito estreitamente ligadas à incapacitação tanto na ME/CFS como na COVID Longa.
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Fonte:  revista Science - 14/08/2023

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