Após o fim da ocupação e das greves, a gestão Zaki Akel decidiu abrir processo contra o movimento de ocupação, mas responsabilizando justamente quem tentou estabelecer o diálogo. Abriu processo contra os nove estudantes que participaram da comissão de negociação, comissão eleita pela assembleia. A Reitoria da época alegou que a ocupação teria causado um prejuízo de R$ 473.249,91, e, para agravar, também incluiu no processo os sindicatos dos servidores, APUFPR-SSind e o Sinditest. Tudo isso porque alguns docentes e técnicos teriam comparecido, como convidados, a uma assembleia estudantil no prédio da reitoria.
O objetivo explícito desse processo iniciado pela gestão Zaki Akel foi criminalizar e reprimir quaisquer mobilizações em defesa da universidade pública e dos fins públicos dela.
Como resposta, os docentes da UFPR, reunidos em assembleia em 30/08/2018, decidiram por unanimidade manifestar seu apoio aos estudantes que vêm sendo processados injustamente, retaliados por sua valorosa mobilização.
As mobilizações de estudantes, docentes ou técnicos têm sido os principais vetores responsáveis pela defesa da universidade pública ao longo das últimas décadas, que no atual contexto são, mais do que nunca, necessárias e urgentes. Qualquer iniciativa que vise reprimi-las contribui para a deterioração dos direitos sociais e da democracia no país.
Diante disso, a Assembleia Docente reivindica à Reitoria que dê consequências práticas aos posicionamentos públicos já realizados em defesa da educação pública e a favor da democracia, e reivindica que a Reitoria posicione-se, assim como fez em campanha, há cerca de dois anos, contra a criminalização dos estudantes. Nesse sentido, solicita que a Universidade participe de um eventual procedimento de conciliação, junto à AGU, para viabilizar uma resolução concreta. Uma solução para colocar fim ao processo que busca criminalizar a luta dos estudantes.
CURIOSIDADE EM ACRÉSCIMO: enquanto sete sindicatos se mostraram solidários à adequada postura da APUFPR, não consta que a Diretoria do Sinditest/Chapa 2 tenta se engajado nessa iniciativa...
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Fonte: com informações da APUFPR
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Fonte: com informações da APUFPR
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