No último domingo (21), Curitiba exibiu-se para os gringos, numa edição do programa “60 minutes”, da rede CBS.
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço
O cidadão da 'república de Curitiba', Deltan Dallagnol, pavoneou sua megalomania dizendo que a Lava Jato é “muito, muito maior do que o escândalo do Watergate” que derrubou o presidente norte-americano Richard Nixon.
Mas Sérgio Moro superou Deltan.
Comparou-se a Eliot Ness, o agente do Tesouro dos EUA (que não se perca pela função) que prendeu Al Capone.
Normalmente não faria isso, mas, como juiz que se mete a estrela, sucumbe à vaidade e se acha "intocável", acaba por merecer.
É que o Dr. Moro talvez não conheça o que aconteceu com Eliot Ness, o de verdade, não o Kevin Costner do filme.
O caso de Ness com Capone não foi o que levou o mafioso à cadeia.
Cheio de fama, foi ser o homem-forte da segurança na cidade de Cleveland, onde se revelou ineficiente e cruel, chegando a atear fogo a favelas na cidade. Tentou ser prefeito, não se elegeu e acabou, dizem, se metendo num acidente de automóvel, onde suspeitou-se que ele – o homem da Lei Seca – dirigia embriagado.
Foi trabalhar na segurança da Diebold, esta que fabrica nossas urnas eletrônicas, mas foi mandado embora e morreu na miséria, no ostracismo e na depressão.
A vida, Dr. Moro, não é um filme de Hollywood. E, quando parece ser, em geral termina com o cenário desmoronando.
Um comentário:
São ratos... e cada dia se afundam mais na bacia de queijo podre. Espero que assim como Temer, morram com o próprio veneno.
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