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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Movimento Docente - ainda dividido, e por isso fraco

 


Nos tempos dos primeiros governos de Lula, aconteceram sérios e novos problemas no movimento sindical. A CUT, maior central sindical do país, controlada por militantes do PT, receava convocar manifestações que cobrassem do governo Lula da época mais ousadia contra a burguesia dominante, e mais conquistas para o povo e trabalhadores.

Por conta dessa atitude "pelega", subsumida ao governo do Lula, a CUT perdeu muitas entidades a ela filiadas, incluindo a FASUBRA dos servidores técnico-administrativos das IFES. Até hoje a FASUBRA persiste desligada de quaisquer centrais sindicais, mas incluindo em sua coordenação pessoas de várias correntes representativas no movimento dos técnicos.

No caso da entidade nacional organizadora dos professores - o ANDES-SN Sindicato Nacional - ficou bem ruim. Há décadas controlada por um coletivo integrado por militantes de PSTU e PSol, a Diretoria do ANDES se afastou das bases e preferiu ficar no vanguardismo, inclusive atacando diretamente os governos de Lula e de Dilma. No segundo mandato, o ANDES-SN perfilou ao lado dos que gritavam "Fora Todos!", e com isso ajudou a levar água para o moinho dos golpistas, que acabaram por derrubar Dilma num "impeachment mandrake".

Tudo isso deu ensejo a que setores petistas do movimento docente nacional propugnassem a criação de uma entidade destinada a representar unicamente os professores das Federais - o PROIFES. Eles o fizeram e passaram a negociar pautas do movimento docente diretamente com o MEC, pondo no escanteio o ANDES-SN por seu radicalismo antiLula. Algumas benesses à categoria docente foram obtidas nessas negociações, embora modestas. O ANDES-SN? A ver navios.

Então, eis que nos damos de chofre com uma manchete no site da APUFPR, acusando essa mesma (velha) diretoria do ANDES-SN (PSTU + partes do PSol) de "interferir na autoomia da APUFPR", não querendo reconhecer como legítimos os eleitos/as delegados/as (a uma Plenária do ANDES) depois de uma assembleia online feita pela APUFPR. Aqui o link da APUFPR para entender melhor o caso-> https://apufpr.org.br/a-vergonhosa-tentativa-do-andes-sn-de-interferir-na-autonomia-da-apufpr-e-dos-docentes-da-ufpr/

Que triste! O movimento docente, outrora, há uns 30-40 anos atrás, tão combativo e unido, foi um dos fatores no sentido da transformação democrática das IFES, e, em particular, da UFPR, para garantir, por exemplo, a escolha por via direta do reitor. Hoje, o movimento docente, independente de suas combativas e dispostas lideranças, ainda é pálida imagem do que ja foi nos anos 80 do século passado.

Não obstante, cremos que os movimentos dos três segmentos da comunidade da UFPR se revigorarão e vão cumprir seu papel para que o Brasil de fato avance!  Porque se trata de um chamado histórico, o de fazer com que esta Nação se afirme como soberana e com pleno desenvolvimento e justiça social.







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