Se
fosse só para massagear o enorme ego do pessoal da escola de Direito da UFPR, a
declaração do reitor Ricardo Marcelo (sobre a indicação do professor Fachin
como relator da Lava Jato no STF) bem poderia ficar intramuros, em vez de ir
para a página pública da UFPR.
Mas,
não. Lá está a matéria da Superintendência de Comunicação Social da UFPR,
datada de ontem, em que o reitor elogia a indicação de Luiz Edson Fachin, mas
comete a infeliz comparação com o suposto juiz sérgio moro (minúsculas sempre):
“O reitor Ricardo Marcelo Fonseca disse que ficou muito contente com a escolha
de Fachin e afirmou que, agora, os professores
da UFPR acumulam as maiores responsabilidades da República, referindo-se
ao fato de outro magistrado que ocupa posição-chave na Lava Jato, o juiz
federal sérgio moro, também ter lecionado na Universidade, até dezembro
de 2016.”
O
professor Fachin, ex-candidato a reitor da UFPR em 2001, é pessoa merecedora de
respeito por sua trajetória progressista dentro da UFPR, sua competência, ética
e seriedade. Dele esperamos uma atuação
isenta e incisiva na relatoria do catatau que são os autos da Lava Jato, e que
consiga suportar as pressões terríveis da Rede Globo golpista e de outros
poderosos.
Bem
diferente disso, o “juiz” (ele não se comporta como juiz, mas como justiceiro
parcial) sérgio moro pauta sua atuação por um solene desprezo a um pilar do
Direito, que é a presunção de inocência. Ele inverte isso: para moro, o sujeito é culpado, até que prove inocência! Que tipo de “professor” de Direito é
alguém assim na UFPR? Ele submete denunciados a longos períodos de prisão
preventiva e pressão psicológica para que, fragilizados, se submetam a fazer
delações premiadas, mesmo que inventadas e sem provas – desde que incriminem Lula
e o PT.
Despreza delações numerosas já
feitas que incriminam a tucanada, haja vista não haver qualquer tucano
indiciado, que dirá preso. O magistrado
de meia-tigela é visto recebendo prêmios da Globo e se abraçando com Aécio
Neves e outros tucanos de alta plumagem.
Vazou ilegalmente áudios de escutas telefônicas, inclusive uma conversa
privada da agora morta mulher de Lula com seu filho, parte do stress que a
levou ao AVC fatal. O docente subversor do
Direito é hoje réu em Tribunal da ONU por causa de tais condutas arbitrárias.
Tamanha
a presunção do senhor moro (minúsculas sempre) que se arrogou a autoridade de
expedir ontem uma “Nota” como se desse aval para Fachin poder ser o relator da Lava Jato! Petulância elevada ao cubo. Vejam
o que o metido escreveu:
"Diante
do sorteio do eminente Ministro Edson Fachin como Relator dos processos no
Supremo Tribunal Federal da assim chamada Operação Lava Jato e diante de
solicitações da imprensa para manifestação, tomo a liberdade, diante do
contexto e com humildade, de expressar que o Ministro Edson Fachin é um jurista
de elevada qualidade e, como magistrado, tem se destacado por sua atuação
eficiente e independente. Curitiba, 02 de fevereiro de 2017. sérgio fernando moro,
Juiz Federal [sic]”
"Toma a liberdade", carinha? Quem
disse que o ministro Fachin precisa da sua “Nota” presunçosa? Enfie bem no meio
do seu conduto auricular, senhor moro.
Portanto,
uma vez mais lamentamos a disparatada comparação feita pelo reitor da UFPR
entre um juiz de verdade e esse agente golpista que vive viajando aos EUA para
receber suas ordens para desmonte do Brasil.
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