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segunda-feira, 10 de março de 2025

Docentes renovam direção da APUFPR em 3/4

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A Comissão Eleitoral (COE) confirmou a homologação de duas chapas concorrentes na eleição de renovação da diretoria da APUFPR Biênio 2025-2027.

A eleição acontecerá no dia 3 de abril, com voto presencial e cédula eleitoral única, depositada em urna.

Veja a lista completa de candidatos(as) das duas chapas:

CHAPA 1 – “AUTONOMIA E LUTA”
Presidente: Claudia Mendes Campos
Vice-Presidente: Vitor Marcel Schühli
Secretário(a) Geral: Sandra Mara Alessi
Primeiro(a) Secretário(a): Marise Fonseca Dos Santos
Tesoureiro(a) Geral: Francisco de Assis Marques
Primeiro(a) Tesoureiro(a): Afonso Takao Murata
Diretor(a) Administrativo(a): Luiz Allan Kunzle
Diretor(a) Cultural: Lennita Oliveira Ruggi
Diretor(a) de Esportes: Renata Ballenzani
Diretor(a) de Imprensa: Gabriela Caramuru Teles
Diretor(a) Jurídico(a): Roberto Gonçalves Barbosa
Diretor(a) Social: Aline Mendonça Fraga


CHAPA 2 – “DE DOCENTE PARA DOCENTE”
Presidente: Paulo Vieira Neto
Vice-Presidente: Dayana Brunetto Carlin dos Santos Ribas
Secretário(a) Geral: José Roberto Braga Portella
Primeiro(a) Secretário(a): Alexandre Luis Trovon de Carvalho
Tesoureiro(a) Geral: Dimas Agostinho da Silva
Primeiro(a) Tesoureiro(a): Amadeu Bona Filho
Diretor(a) Administrativo(a): Luiz Claudio Fernandes
Diretor(a) Cultural: Gustavo Ferreira Coelho
Diretor(a) de Esportes: Francielle Brustolin de Lima Simch
Diretor(a) de Imprensa: Ney Pereira Mattoso Filho
Diretor(a) Jurídico(a): André Peixoto de Souza
Diretor(a) Social: Carlos Alberto Ubirajara Gontarski
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Fonte: APUFPR

Memória, memória, memória

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Na tenebrosa primavera de 1975, pouco depois do assassinato de Vladimir Herzog no DOI-Codi em São Paulo, professores e estudantes da Faculdade de Comunicação da UFRGS, a Fabico, colocaram na parede do diretório de estudantes uma placa com homenagem ao jornalista.

Moisés Mendes - DCM - 10/03/2025

Herzog seria o patrono do centro. No dia seguinte, a homenagem sumiu. Todos os que viveram aquele período em Porto Alegre sabem quem foi o ladrão da placa.

Muitos dos que estavam lá e nada puderam fazer, além de identificar o serviçal da ditadura, vão colocar outra placa no mesmo lugar, agora ao lado de jovens que têm idades com menos da metade do tempo percorrido até aqui. Será no dia 8 de abril.

A placa diz o seguinte: “Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado sob tortura nas dependências do Exército. Vlado defendia a democracia e combatia a ditadura. Em sua honra, as e os estudantes da Fabico deram seu nome à sala do diretório acadêmico. Na manhã seguinte, a placa foi arrancada pela direção da Faculdade, a mando da ditadura. 50 anos depois, estamos aqui novamente. Para que não se esqueça, para que nunca mais se repita. Ditadura nunca mais!”.

O resgate da homenagem a Herzog está no contexto da decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) de instituir 2025 como o Ano Vladimir Herzog. Completa-se meio século do assassinato do jornalista.


Recuperar placas é parte de um esforço pela retomada de gestos concretos de marcação de memória e de resistência ao que eles tentam repetir. Assim como foi recuperada e recolocada na calçada da Rua Santo Antônio, diante de antigo prédio do DOPS, também em Porto Alegre, a placa que informa: aqui, no primeiro centro clandestino de detenção do Cone Sul, torturavam e matavam inimigos da ditadura.

E o Brasil vai lidando com a preservação de memórias, mas com ações intermitentes, casuais, pontuais. Está dito por muita gente que não pode mais ser assim. Que precisamos ser mais intensos, constantes e efetivos, como são, na eterna comparação que nos desfavorece, uruguaios, argentinos, chilenos.

A conquista do Oscar por ‘Ainda estou aqui’, a consagração de Fernanda Torres como representação da mulher que resiste e tudo mais que o filme e o prêmio passam a inspirar nos empurram para a repetição da palavra síntese da luta de Eunice Paiva depois do assassinato do marido: memória, memória, memória.

Tanto que o apelo por verdade, memória e justiça, consagrado em todos os países que enfrentaram ditaduras, tem no Brasil muitas vezes a versão em que a primeira palavra é memória.

Memória como respeito, afeto, reconhecimento. Para que a memória acione verdades e as verdades e as memórias conduzam às mobilizações por justiça.

Esse deve ser o ano da memória por Herzog, por todos os assassinados, pelos que nunca mais foram vistos e que, se sabe hoje, são bem mais do que os 232 considerados ainda desaparecidos durante a ditadura.

Que em nome da memória, como já disse Marcelo Rubens Paiva ao ser cobrado por ter escrito sobre sua família branca e rica, outros escrevam mais e façam filmes sobre pretas e pretos, pobres, colonos e indígenas que a ditadura matou e que, pelas omissões da própria democracia restaurada, foram invisibilizados.

Que o Brasil se dedique à memória desses invisíveis que também desapareceram sem que documentos, cadastros e anotações tenham registrado seus nomes e suas histórias como vítimas de ditadores e torturadores.

(Octávio Costa, Regina Pimenta e colegas da ABI, estamos juntos nessa empreitada permanente. Memória, memória, memória.)

Brasil tem pelo menos mil casos de feminicídio por ano desde 2015, quando lei foi criada

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Nos últimos dez anos, mais de 11 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, de acordo com dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública). 

Daniele Amorim - DCM - 09/03/2025

A lei trouxe visibilidade a casos que sempre existiram”, diz a delegada e doutora em sociologia Cyntia Carvalho e Silva, ao explicar como a legislação aprovada em março de 2015 deu mais transparência à gravidade das mortes de mulheres por motivos de gênero.

O aumento no número de casos, que ultrapassou 1.400 registros em 2024, é atribuído não apenas ao crescimento da violência, mas também à maior qualidade na investigação e classificação dos crimes pelos estados. Em locais como o Distrito Federal, por exemplo, há um protocolo que trata toda morte violenta de mulher inicialmente como feminicídio, levando em consideração a “violência doméstica, o menosprezo ou a discriminação de gênero”.

Uma história que ilustra o drama das estatísticas é a de Géssica Moreira de Sousa, de apenas 17 anos, morta a tiros na cabeça na presença de sua filha de dois anos. “Ele foi preso na Bahia”, informou a polícia sobre o ex-companheiro dela, apontado como principal suspeito. O caso ocorreu no Distrito Federal e integra a longa lista de feminicídios que mantém o país em alerta.

Em 2024, o chamado Pacote Antifeminicídio tornou o feminicídio um crime autônomo, com penas que variam de 20 a 40 anos de prisão, podendo chegar a 60 em caso de agravantes. “A nova lei é positiva, pois reconhece o feminicídio como um crime específico, com dinâmica processual própria”, avalia Juliana Brandão, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Apesar dos avanços, Valéria Scarance, promotora de Justiça de São Paulo e professora da PUC, ressalta que ainda existe “subnotificação nos dados” e casos que não são corretamente enquadrados. “É muito comum, por exemplo, que feminicídios tentados sejam registrados como lesão corporal, como se o agente não tivesse a intenção de matar”, explica, frisando a importância de dados precisos para políticas de prevenção eficazes.

Outras iniciativas acompanham o endurecimento da lei, como a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que invalidou a tese da “defesa da honra” em crimes de feminicídio. Para a delegada Dannyella Pinheiro, a ampliação de campanhas de conscientização é fundamental: “A violência doméstica ainda é um grande desafio, pois muitas mulheres acreditam que o agressor pode mudar”. Ela enfatiza a necessidade de redes de apoio para acolher as vítimas antes que ocorra o pior.

Estados como Maranhão, Paraná e Amazonas afirmam investir em ações repressivas e educativas, enquanto o Ministério da Justiça e Segurança Pública destaca o financiamento de projetos e iniciativas de proteção à mulher. Ainda assim, especialistas enfatizam que o Brasil carece de melhorias adicionais no registro e na prevenção de feminicídios, apontando que o combate efetivo à violência de gênero depende de uma contínua evolução das políticas públicas e do comprometimento social. As informações são da Folha de S. Paulo.

Sinditest chama paralisação nacional em 11 de março

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Uma Assembleia do Sinditest ocorrida no último 26/02 aprovou adesão da base do sindicato ao chamado de uma Paralisação Nacional, para cobrar do Governo Federal o cumprimento pleno do Acordo de Greve de 2024, bem como pressionar para que o Congresso nacional aprove urgentemente o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual, relativo a 2025).

Da aprovação do novo orçamento nacional por deputados federais e senadores depende o repasse do reajuste salarial de 9%, retroativo a janeiro/2025, já assinado pelo presidente Lula.  No entanto, os deputados fisiológicos e de direita atrasam essa votação para barganhar com o Executivo a entrega de altas somas de recursos para emendas de parlamentares, muitas dessas pouco ou nada transparentes. 

Segundo nota informativa do sindicato, publicada no site em 7/3, "as reitorias da UFPR, UTFPR, UNILA e a Superintendência do CHC já foram formalmente notificadas sobre a paralisação". 

Assim, os e as TAEs da base do Sinditest que trabalha em Curitiba estão convocados/as para estar desde as 7 da manhã desta 3a.feira, 11/3, no pátio da Reitoria da UFPR, para fazer esse movimento de pressão.