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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Prevendo derrota de Bolsonaro, ministros mandam recados a Lula

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Diante do desempenho de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto e prevendo sua derrota, ministros do chefe do Executivo já mandam recados a Lula.

Por Caique Lima, no DCM

Membros do governo, além de ex-aliados e políticos que apoiaram o presidente até agora já disseram a interlocutores do petista que nada têm contra ele. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Os autores dos recados são principalmente os políticos que têm base eleitoral no Nordeste do país, região em que Lula tem 62% da preferência do eleitorado e Bolsonaro tem 23%.

Apesar de publicamente estarem ao lado do mandatário, eles têm enviado sinais ao petista de que não farão oposição acirrada caso seja eleito em outubro. Alguns deles usam empresários que tem interlocução com o PT como mensageiros.

Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda (26) mostra Lula com 52% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro tem 34%. Se o primeiro turno da eleição ocorresse hoje, o petista venceria no primeiro turno.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Ao cadáver ambulante JMB, nenhuma sobrevida

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No lives to the walking dead" bem poderia ser o nome do capítulo de hoje, 24/09, da saga de Jair Bolsonaro, com a proibição de fazer suas lives diretamente dos palácios da Alvorada e do Planalto, determinada pelo TSE.  Como disse em postagem anterior, nada dará certo para o ex-capitão.

Por Fernando Brito, em seu Blog Tijolaço

Ele pode contar com a adesão fanática de um pequeno grupo, mas seu poder de mando como chefe de Estado dilui-se a olhos vistos. Não administra nem a distribuição de verbas públicas, afora o “pacote de bondades” que não produziu quase nada dos efeitos esperados; toda a capacidade de distribuir verbas foi terceirizada ao Centrão.

Resume-se a motociatas e cultos eleitoreiros, com bravatas dizendo que vencerá no primeiro turno e defendendo o impopular “povo armado jamais será escravizado”, que só a seus fiéis impressiona.

A campanha de Lula, antes esquálida nas ruas, parece ter tomado impulso no final.  É o sopro da vitória atraindo os candidatos a “pegarem onda” na escolha presidencial, o inverso do que acontece com Bolsonaro.

A ausência de Lula ao debate no SBT, ao que penso, não lhe terá causado grandes prejuízos, seja porque foi ao primeiro, seja porque irá ao da Globo (na 5a.feira, 29/09).

Para Bolsonaro, embora sugira uma chance de ganhar espaço, é um perigo imenso, porque os outros candidatos, embora possam “fazer farofa” com a falta de Lula, é de Bolsonaro que aspiram tomar votos.

Bolsonaro vai caminhando para um final de campanha zumbi como na conhecida série de horror ("The walking dead"). Disforme, agressivo, seguido por muitos outros mas, inevitavelmente destinado a se desfazer.
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Charge: Aroeira

Milhões de crianças perderam pais para a COVID-19

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Cerca de 10 milhões e 500 mil crianças, em todo o mundo, perderam um pai, mãe ou responsável, que morreram de COVID-19, segundo informa um estudo epidemiológico. O dado representa um dramático aumento em relação às estimativas iniciais. 

A epidemiologista e co-autora do trabalho Susan Hillis conta que décadas de pesquisas feitas com crianças órfãs cujos pais morreram de AIDS revelaram três "aceleradores", que fundamentam a ajuda a essas crianças para se recuperarem: apoio educacional, assistência econômica e auxílio para o pai/mãe ou responsável que sobreviveu àquela doença.

Identificar as crianças que necessitam de ajuda, e fornecê-la rapidamente, é elemento-chave, diz Susan.

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Fonte: JAMA Pediatrics

domingo, 11 de setembro de 2022

Um impulso genético para os cérebros humanos contemporâneos

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Pesquisadores apontaram uma fatídica mutação genética que pode ter contribuído para uma vantagem cognitiva para os seres humanos modernos sobre os Neandertais. Testes de laboratório sugerem que uma simples mudança no gene TKTL1 em última instância leva o cérebro a desenvolver mais neurônios. 

A versão Neandertal do TKTL1 ainda existe em homens da atualidade, embora muito rara e ainda não se sabe se isso causa alguma doença ou diferenças cognitivas.
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Comentário: olhem só. Pode ser que os bolsonaristas, além do próprio “mito” que quer a todo custo se reeleger, sejam portadores da versão não atualizada do gene TKTL1 do homem primitivo. E por isso são os zumbis fanáticos ignorantes que se vê fazendo barbaridades por aí. Pouco neurônio…
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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O curioso buraco em minha cabeça

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Nascida sem meu lobo temporal esquerdo, uma região cerebral considerada crítica para a linguagem, tenho sido objeto de pesquisa por boa parte de minha vida

Por Helen Santoro(*) - 04/09/2022

Eu fui jogada ao mundo – um nascimento prematuro, disseram os médicos – em um hospital de New York, na calada da noite.

Em minhas primeiras horas de vida, após seis ocasiões de parada de respiração, os médicos me levaram às pressas para a UTI neonatal. Um residente colocou seu dedo mindinho em minha boca para testar o reflexo de sucção do recém-nato. Não suguei com a força esperada. Então colocaram meu corpinho rosado de 3,5 kg no escaneamento cerebral.

Havia um grande buraco do lado esquerdo, logo acima de minha orelha. Faltava-me o lobo cerebral temporal esquerdo, região envolvida com ampla variedade de comportamentos, da memória ao reconhecimento de emoções, e sendo considerado crucial para a linguagem.

Minha mãe, exaurida pelo trabalho de parto, lembrando-se de que ao alvorecer tinha consigo um neurologista, um pediatra e parteira de pé ao lado do leito. Explicaram que meu cérebro havia sangrado dentro do útero dela, uma situação chamada ‘derrame’ perinatal.

Disseram a ela que eu jamais falaria e precisaria ficar internada. O neurologista levou os braços dela ao peito, contorceu os pulsos para ilustrar a incapacidade física que eu provavelmente desenvolveria.

Naqueles primeiros dias de vida, meus pais torceram as mãos se perguntando o que minha vida, e a deles, poderia ser. Ansiosos por respostas, alistaram-me em um projeto de pesquisa da Universidade de New York avaliando os efeitos sobre o desenvolvimento devido a derrames perinatais.

No entanto, mês após mês, surpreendi os especialistas, atingindo todos os marcos típicos de crianças da minha idade. Fui matriculado em escolas normais, e fui muito bem nos esportes e na academia. As habilidades de linguagem com que mais tinham se preocupado os médicos quando do meu nascimento – falar, ler, escrever – tornaram-se minhas paixões profissionais.

Meu caso é altamente fora do usual, mas não é único. Os cientistas estimam que milhares de pessoas estão, como eu, tendo vidas normais a despeito de lhes faltar grandes porções do cérebro. Nossas miríades de redes neuronais arranjaram para reconectarem-se ao longo do tempo. Mas, como?
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Um hemisfério crítico

Por mais de um século, o hemisfério esquerdo do cérebro foi considerado o centro da produção e compreensão da linguagem

Esta ideia foi primeiramente proposta em 1836 pelo Dr. Marc Dax, um médico que observou que pacientes com lesões do lado esquerdo do cérebro não mais poderiam falar apropriadamente. Vinte anos mais tarde, o Dr. Pierre Paul Broca observou um jovem que tinha perdido a capacidade de falar e só conseguia pronunciar apenas uma sílaba: “Tan”. Uma biópsia cerebral após a morte dessa pessoa revelou uma grande lesão na parte frontal do hemisfério esquerdo, hoje conhecida como área de Broca.

No começo da década de 1870, o Dr. Carl Wernicke, neurologista, observou diversos pacientes que podiam falar fluentemente, mas suas declarações faziam pouco sentido. Um destes pacientes teve um derrame na parte posterior do lobo temporal esquerdo dela, e o Dr. Wernicke concluiu que esta seção do cérebro – hoje chamada área de Wernicke – deveria servir como um segundo centro da linguagem, junto com a área de Broca.

Modernos estudos de imagem do cérebro posteriormente expandiram nossa compreensão da linguagem. Muitos desses trabalhos mostraram que duas regiões cerebrais – os lados esquerdos dos lobos temporais e frontais – ativam-se quando uma pessoa está lendo ou ouvindo palavras. Alguns pesquisadores tem chamado isto de “rede de linguagem”.

Mas outros neurocientistas tem argumentado que o processamento da linguagem é ainda mais amplo e não confinado a regiões específicas do cérebro.

“Acredito que a linguagem no cérebro está distribuída através dele todo”, diz Jeremy Skipper, chefe do Laboratório de Linguagem, Ação e Cérebro da Universidade de Londres.

Estudos demonstraram que as palavras escritas podem ativar a parte do cérebro associada com o significado da palavra. Por exemplo, a palavra “telefone” ativa uma área relacionada com a audição. “Chute” dispara uma região ligada com movimentos das pernas e “alho” ativa uma parte que processa os cheiros.

As áreas cerebrais tradicionalmente atribuídas à linguagem tem muitas outras funções, diz Dr. Skipper. “Depende de com quais outras seções do cérebro se está dialogando, e a que tempo e em qual contexto.”

[Artigo completo - em inglês - aqui]
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Fonte: New York Times, via Science/Nature

Imbroxável no orçamento secreto, diz Lira sobre Bolsonaro

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PRINCESINHA DO MAR – “É verdade, absolutamente imbroxável”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira, a respeito das canetadas autorizando o orçamento secreto assinadas pelo presidente da república, Jair Bolsonaro. “Às vezes a gente dá dez emendas seguidas sem tirar. E tudo no sigilo. Imbroxável.”

A declaração de Lira foi corroborada por grandes nomes da libido orçamentária, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Em paralelo, as Forças Armadas anunciaram uma renovação total no estoque de Viagra.

Após a fala do presidente, a ex-ministra Damares Alves passou a ser a favor da educação sexual nas escolas: “Desde que sejam aulas sobre a vida íntima do presidente e da família dele somente!”
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Fonte: Revista Piauí/Herald - 08/09/2022

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Bolsonaro é o sapo na panela

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Saiu o Ipec, ex-Ibope, agora há pouco no Jornal Nacional. Lula tem 44% (tinha os mesmos 44% na pesquisa anterior), Bolsonaro caiu para 31% (na anterior, tinha 32%).

Por Moisés Mendes, em seu Blog, via DCM - 06/09/2022

No segundo turno, fica melhor para Lula, que sobe de 50% para 52%. O bobão do centrão tinha 37% e caiu para 36%.

O resumo é este: Bolsonaro está sendo cozinhado em fogo brando, como o sapo na panela.

Ciro, com 8%, e Simone Tebet, com 4%, também quase não se mexeram. Cada um subiu um ponto.

Os dois foram enganados pelo último Datafolha, mas parece que não têm condições de chegar a dois dígitos.

Houve quem acreditasse que, depois do debate na Bandeirantes, a terceira via seria ressuscitada. Era alarme falso. A pesquisa é devastadora para Bolsonaro, Ciro e Simone.

O clima em Brasília deve ser de desalento e até de desespero, às vésperas do 7 de Setembro. Furaram as ‘previsões’ de jornalistas da grande imprensa, que vinham publicando recados da extrema direita.

Esses analistas diziam que em agosto o genocida encostaria em Lula. Lauro Jardim, do Globo, é o chefe fracassado desses videntes.

Jardim publicou há alguns dias que a nova previsão da turma do bobão é que Bolsonaro vai reagir na segunda quinzena de setembro. É de fazer cigana sentir vergonha.
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Fonte da ilustração: Duna Press

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Barroso, a saúde privada e a maldade contra a Enfermagem

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O Ministro Barroso, do STF, atende organizações da saúde-mercadoria. Decisão desrespeita categoria que se mostrou ainda mais essencial na pandemia e desconsidera existência de fontes de recursos para garantir pagamento.

Coluna Outra Saúde, do site Outras Palavras - 05/09/2022


Exatamente um mês após sua sanção, a lei que estabeleceu o piso salarial da Enfermagem foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). No domingo (4/8), o ministro atendeu pedido da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), que atende aos interesses da saúde privada, e determinou que é preciso que sejam enviadas informações do impacto financeiro e os riscos de demissões diante da implementação da lei em até 60 dias. Nos próximos dias, os demais ministros do STF avaliarão a decisão em plenário virtual.

Hoje, 5/9, seria o dia em que o novo salário começaria a ser pago à categoria. Enfermeiros receberiam o piso de R$ 4.750; técnicos, R$ 3.325; auxiliares e parteiras, R$ 2.375. Esses trabalhadores foram os mais sobrecarregados durante a pandemia, e sua valorização é vista também como reconhecimento pelo esforço e salvamento de vidas. O tema tem sido pauta frequente no Outra Saúde. “Tudo faremos para que o piso seja efetivado o mais rapidamente possível, porque isso é justiça para os trabalhadores e trabalhadoras dessa categoria”, afirmou Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS).


Decisão contenta partidários da saúde-mercadoria

Os hospitais privados queixavam-se do piso da enfermagem, ameaçavam demissões em massa, diminuição de leitos e até aumento nos planos de saúde. Moveram, por meio da CNSaúde, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ela foi apoiada, como não poderia deixar de ser, pelo ministro da Economia Paulo Guedes. Os hospitais filantrópicos, que já andam mal das pernas, deram apoio à derrubada da lei por não terem como financiar o aumento de salários.

“Ocorre que todos os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com todos os entes da União, Estados e Municípios, de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional”, escreveu o Conselho Federal de Enfermagem em nota oficial, “com análise técnica do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, sendo considerado viável a aprovação do Piso Salarial e sua implementação no sistema de saúde público e privado, obtendo assim a sanção presidencial para seu pleno vigor.”


Não falta dinheiro

Na semana passada, Outra Saúde conversou com o ex-ministro e deputado federal Alexandre Padilha. “Provamos que o impacto econômico não ultrapassa 3% do que é investido no sistema público de saúde e não vai além de 2,5% do faturado pelos planos de saúde. O piso precisa abrir a discussão sobre a ampliação do financiamento do SUS e a redução da carga tributária de atividades que geram emprego, como a saúde”. Solange Caetano, do Fórum Nacional da Enfermagem, complementou: “Temos casos de enfermeiros concursados em diversas partes do país que recebem R$ 1.500. O sistema de saúde tem nos profissionais de enfermagem sua base de sustentação. São a única categoria que de fato fica 24 horas por dia a cuidar das pessoas”.

O Fórum da Enfermagem destaca que estão na mesa diversas alternativas para o custeio do piso, assim como do próprio aumento do financiamento da saúde. Ela cita o PL 442/91, que regulamenta jogos de azar no Brasil; o PLP 205/21, sobre a desoneração de folha de pagamento de empresas do setor de saúde; o PL 840/22, que versa sobre aumento dos royalties da mineração; o PL 2337/21, que tributa lucros e dividendos e faz parte do debate sobre a reforma do Imposto de Renda; o PL 1241/2022, que prevê utilização de royalties do petróleo. Por fim, o uso de fundos da União previstos no orçamento de 2022. Padilha, por sua vez, revisita velhos embates políticos e de classe ao dizer que “o Brasil precisa de uma reforma tributária justa que reduza impostos aos mais pobres e incentive quem gera emprego ou queira investir em setores que geram emprego”.



“Vamos lutar até o fim”

O Fórum Nacional da Enfermagem reafirmou o compromisso com a luta. “Nós somos mais de 2 milhões de trabalhadores que são o alicerce da saúde pública e privada do Brasil”, afirmou representante do movimento. “Mais de 30 anos de luta, a gente conseguiu uma lei, e o STF, a pedido da rede privada, suspende seus efeitos. É desesperador”, complementou, “se for necessária paralisação e greve, assim será”.