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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Carreata em Curitiba no Dia do Trabalhador

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Neste 1. de Maio, dia de comemoração e lutas de resistência dos trabalhadores e das trabalhadoras, a atividade unificada chamada pelas Centrais Sindicais, com participação de outras entidades dos movimentos sociais será uma carreata (por causa da pandemia), que partem de dois pontos de Curitiba e depois se juntam, conforme o cartaz acima [clique na figura para ampliar].

Temos que defender a vida e a democracia, e protestar contra a marca de mais de 400 mil óbitos, sob responsabilidade principal do desgoverno genocida de Bolsonaro, que não está nem aí com essa mortandade de brasileiras e brasileiros.

APUFPR: eleição feita ontem deu vitória à Chapa 1

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Saudamos o bem-sucedido processo eleitoral da APUFPR, ocorrido ontem, em plataforma telepresencial devido à pandemia. E comemoramos a vitória da Chapa 1 - "Unidade, Democracia e Luta", apoiada desde o início também por este Blog.

A chapa vencedora, presidida pelo professor Paulo Vieira, da Filosofia, obteve 677 votos (58,5% dos votos válidos), contra 480 alcançados pela Chapa 2 - "Autonomia e Luta". O mandato da nova Diretoria é para o biênio 2021-2023. A posse da chapa eleita também via internet acontecerá na primeira quinzena de maio.

Confiamos que a nova direção docente fará todos os esforços para engajar o máximo de professores nas lutas por suas questões de categoria. Mas também será importante esteio, ao lado de alunos e técnicos, no processo geral de resistência e defesa da UFPR contra as reiteradas tentativas de assassinato orçamentário e político das Universidades Públicas da parte do despresidente genocida e seu parasita Paulo Pinochet Guedes.

"Nomadland" e a América redescoberta

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Vencedor do Oscar, filme de Chloé Zhao extrapola cidades-fantasmas e a crise social dos EUA. Mostra também a desumanização do capitalismo pós-industrial, numa revisão crítica da mitologia do desbravamento e da busca de liberdade…

José Geraldo Couto via Outras Palavras

Falou-se tanto sobre os significados extracinematográficos (geopolíticos, sociais, de gênero, etc.) da consagração de Nomadland no Oscar deste ano que o filme em si acabou um pouco obscurecido. Vamos a ele.

A saga da cinquentona Fern (Frances McDormand), que transforma sua van em residência rodante depois que sua cidade literalmente desaparece do mapa, tem o dom de unir duas coisas: um olhar sobre a América contemporânea, com sua crise social, de emprego e moradia, e uma revisão crítica da mitologia do desbravamento, da busca incessante de uma liberdade sem cercas e sem fronteiras. Aliás, três coisas, porque há também, e principalmente, uma reflexão sobre a passagem do tempo e seus efeitos sobre os indivíduos.

Quem viu os filmes anteriores de Chloé Zhao (As canções que meu irmão me ensinou e Domando o destino) sabe como é cara à diretora de origem chinesa a paisagem do Oeste, com suas pradarias, vales, desertos, horizontes sem fim. Mas é uma contemplação tingida de melancolia e lastreada por uma visão crítica da história que se desenvolveu em torno desses locais.


Desbravadores às avessas


Num diálogo crucial em que parentes questionam a vida nômade de Fern, a irmã da protagonista tenta dourar um pouco a amarga pílula: “O que ela faz não é diferente do que os pioneiros faziam. Acho que Fern é parte de uma tradição americana”.

Só que os desbravadores de dois séculos atrás estavam em busca de um novo mundo pleno de potencialidades, partiam em caravanas para fundar a terra prometida, e as legiões atuais de nômades em suas vans, trailers e motor-homes já não esperam nem sonham com mais nada, só querem viver um dia depois do outro, perto da natureza e longe das dívidas, violências e opressões da vida urbana. É significativo que esses novos nômades morem em seus carros. Sem emprego, sem casa, sem dinheiro e sem família, o que restou foi o automóvel. É o denominador comum, o ponto zero da América.

Claro que isso é uma generalização defeituosa, mas baseada em grande parte no recorte apresentado pelo filme. A maioria dos indivíduos com quem Fern cruza em seu caminho são idosos ou de meia-idade, em geral desempregados, aposentados ou vivendo de empregos temporários, como ela própria, que trabalha de empacotadora, garçonete, balconista, zeladora de acampamento, etc.

Temas contemporâneos e urgentes, como a precarização do emprego, a ausência de um sistema público de previdência e saúde, as dificuldades de moradia e o poder opressivo dos bancos estão presentes com toda a clareza, mas não parece ser essa a única nem a principal motivação da diretora. Seu foco está nos personagens, em especial na protagonista, claro, de quem a câmera não se distancia nem por um momento.

Lacônica, prática, firme, oscilando entre a dureza e o afeto, Fern carrega em si o peso dos anos de batalha, dos sonhos desfeitos, das pedras e perdas do caminho. Seu rosto é um inventário de dores e, em menor grau, de alegrias. Difícil imaginar uma atriz mais talhada para o papel de Frances McDormand.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

A CPI do Genocídio e a solidão de Bolsonaro com sua "milagrosa" cloroquina

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Embora o governo Bolsonaro trate como uma vitória o adiamento para a próxima terça-feira, 27, da instalação da CPI da Covid-19, politicamente ela já está funcionando

Por Fernando Brito - Blog Tijolaço

As notícias dos jornais – especialmente as da Folha SP, informando as ações sobre o Exército para liberar recursos às pressas para a produção de montanhas de comprimidos de hidroxicloroquina e a ordem dada por ofício à Fundação Oswaldo Cruz para que estimulasse, entre os médicos, a orientação para prescrevê-la, além de também produzir quantidades extras – mostram que a apuração dos absurdos praticados pelo governo brasileiro está em pleno processo de apuração e, mais ainda, de comprovação formal de sua autoria.

E acontece que, nesta questão do “tratamento precoce” todos estão desesperados para dizer que “não fui eu” quem indicou a cloroquina, embora muitos tenham sido omissos ou cúmplices deste charlatanismo, do qual não se afastou até agora. Trump, pelo menos, escafedeu-se do assunto e de outras bobagens que falou, investindo maciçamente na compra de vacinas.

O “Mito” fez o inverso e por isso não terá solidariedade de ninguém, a não ser de seus alucinados falangistas.

Do Exército, não é preciso dizer mais do que a forma com que trata Eduardo Pazuello, uma “batata quente” que querem em qualquer lugar, menos junto da corporação cuja imagem ele “ferrou”, para usar a expressão do ex-comandante, general Edson Pujol, relatada hoje por Ancelmo Gois, em O Globo.

O Conselho Federal de Medicina, praticamente a única entidade médica a ser tolerante com o medicamento, está sob pressão de grande parte da corporação e do próprio Ministério Público, ao qual vem protelando a entrega das atas das reuniões nas quais decidiram que receitá-la fazia parte da “liberdade médica”.

Também não vai adiantar aludir às referências internacionais: o médico francês Didier Raoult, que lançou a irresponsabilidade, voltou atrás e admitiu que a cloroquina não produz benefícios. A Índia, onde o primeiro-ministro Narendra Modi foi parceiro de Bolsonaro na indicação da droga, está mergulhada numa explosão de casos da doença – 300 mil ao dia – , o que, de quebra, vai arruinar o cronograma de entrega das 42 milhões de doses do Consórcio Covax Facility, da OMS, que esperávamos ansiosamente aqui, porque estão suspensas todas as exportações dos laboratórios indianos.

Nesta questão, o horizonte é de completa solidão para o charlatão Bolsonaro, porque não terá nem a companhia de seu ministro da Saúde, que não pode responder com um simples “sim” à pergunta direta sobre se receitaria hidroxicloroquina a um paciente de Covid-19.

Ninguém o apoiará nisso. Como já vimos, nem as emas do Alvorada.
Texto e foto do Tijolaço
Título da postagem dado por este Blog NaLuta

terça-feira, 20 de abril de 2021

Eleições para a Diretoria da APUFPR: todo apoio à Chapa 1 !

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Em 29 de abril, via plataforma virtual, a APUFPR realiza eleições para a Diretoria, mandato 2021-2023.  Concorrem duas vertentes do movimento docente da UFPR. De um lado, a chapa 1, "Unidade, Democracia e Luta", cujo candidato à presidência é o professor de Filosofia Paulo Vieira Neto, disputando sua reeleição.  Enfrenta a oposição da chapa 2, "Autonomia e Luta", capitaneada pelo professor de Medicina Rogério Miranda.

Para conhecer detalhes do processo eleitoral online do dia 29/04, a composição completa das duas chapas e suas propostas, clique aqui.

Uma oportunidade imediata é acompanhar o debate das chapas, que acontece hoje, 3a.feira, 20/04, a partir das 19h00, nos canais de Facebook e Youtube da APUFPR.

As duas chapas estão no campo da esquerda/centro-esquerda.  Contudo, desde logo, este Blog posiciona-se claramente em apoio à chapa 1, pelo prosseguimento e aperfeiçoamento da prática da gestão atual do professor Paulo Vieira. Logo abaixo, a composição da chapa [clique na figura para ampliar].

Conhecemos de longa data o militante sindical, sério e sempre afável, Paulo Vieira.  Mas, fundamentalmente, o trabalho recente que ele e seus/suas companheiros/as vieram realizando.


A gestão 2019-2021 assumiu o comando da entidade justamente quando principiava a tragédia brasileira do desgoverno Bolsonaro, com seu cortejo de ataques às Universidades Federais e ao serviço público.  Desde 2019 foi preciso construir muitos atos de resistência aos criminosos cortes de bolsas e das verbas de custeio da Universidade.  Desmascarar e derrotar o privatizante projeto "Future-se" do inepto e semianalfabeto "ministro" fujão Abraham Weintraub. E lá esteve a APUFPR, ombro a ombro com servidores técnicos e estudantes, na praça pública enquanto isso era possível, antes da pandemia.  Nos meios virtuais, em 2020, premidos todos pela ameaça da insidiosa COVID-19.

Em outro período destacado, APUFPR, Sinditest e DCE uniram-se fortemente para assegurar a democracia  universitária na sucessão da Reitoria.  O processo virtual de escolha de reitor/vice - questionado por setores da UFPR, equivocados uns, oportunistas outros - foi pleno de sucesso.  Seja na condução transparente e bem organizada, seja na garantia da vitória e posse de uma gestão de Reitoria que assegura a trincheira em defesa da Universidade Pública Gratuita e Democrática, e da Ciência, bastião de resistência aos retrocessos bolsonaristas/guedistas.

Além disso, nesta conturbadíssima quadra da História brasileira, é a Chapa 1 aquela capaz de uma postura de efetiva amplitude política e de sempre esforçar-se por realizar a unidade na ação, acima de sectarismos ou voluntarismos, em aliança com os outros dois segmentos da comunidade universitária assim como com os setores progressistas de toda a sociedade.  Uma Frente Ampla em defesa da vida, da democracia, da soberania nacional, da Constituição está como nunca na ordem do dia, antes que o fascismo de fato realize seus intentos de destruir este país como Nação.

Assim, pedimos a simpatia de nossos/as colegas técnico-administrativos/as e dos/das estudantes.  Sobretudo, o apoio militante dos/das docentes amigos/as para garantir a vitória da Chapa 1 em 29 de abril.  Viva a Chapa 1!

sábado, 10 de abril de 2021

Mantenha os nazistas por perto

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Porque o bolsonarismo não respira sem eles.

Leandro Demori - Site The Intercept Brasil (TIB) 

Quem mora no Rio de Janeiro já deve ter visto a imagem acima pichada em algum muro, pilastra ou viaduto. Não é de hoje que ela se espalha pela cidade. O que aconteceu no STF esta semana me fez lembrar dela. A briga por manter igrejas abertas durante a pandemia tem muito a ver com isso, talvez de modo mais preocupante do que vocês estejam pensando.

"Bíblia SIM

Constituição NÃO"

O que se viu: Bolsonaro usando seu nanoministro Kássio Nunes Marques – e também os obedientes advogado-geral da União, André Mendonça, e o procurador-geral da República, Augusto Aras – para agradar a católicos & evangélicos. Mesmo que tenha perdido a votação ("Por 9 a 2, STF decide que estados e municípios podem restringir cultos e missas na pandemia"), o bolsonarismo enfrentou a questão em praça pública em nome de fiéis e dizimistas. Uma vitória na derrota. Mas essa briga tinha também outra plateia.

Não são os felicianos ou malafaias – clássicos adesistas das tetas do governo de turno – que mais importam aqui. É de gente bem pior que estou falando. Gente que lá atrás, muito antes de Bolsonaro pensar em disputar a Presidência, já era parte de sua base fiel por ver ali, naquele deputado, alguém capaz de defender a história indefensável. O circo no STF serviu para manter pessoas perigosas coladas no bolsonarismo.

O pedido foi feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos, um grupo comandado por calvinistas que está tomando o governo por dentro e sem alarde. A diferença principal dos evangélicos calvinistas para os demais é sua compreensão de que o cristianismo deve reivindicar a hegemonia cultural. Um cristianismo supremacista, implacável contra o “esquerdismo”, o “liberalismo teológico” e o “comunismo". 

Fazendo buscas no site da Anajure, me deparei com um post descuidado. A entidade defendeu publicamente um grupo de pessoas fazendo um gesto imortalizado pelos nazistas. O detalhe é que ninguém sequer falou em Anajure no post em que se denunciou o ato. Ninguém chamou a Anajure para essa conversa. Qual o objetivo de atravessar a rua e escorregar em uma casca de banana que não é sua? Corre-se o risco de parecer que a entidade quer naturalizar a saudação na sociedade. A Anajure deveria ter mais cuidado.

Porque, como bem disse Michel Gherman, o bolsonarismo só ganhou corpo quando estendeu a mão para uma parte extremamente podre da nossa sociedade. Bolsonaro e seu movimento não podem perder essa gente, sobretudo agora quando sua popularidade cai e a gestão assassina da pandemia é um fato inegável. Sem a base, eles não são nada. E grupos nazistas e fascistas são a verdadeira base de Bolsonaro.

Eles já estavam defendendo sem vergonha o então deputado em 2011(!), quando sequer se imaginava que Jair teria alguma intenção de concorrer à Presidência. Na foto abaixo, enquanto um homem veste a camiseta de um Bolsonaro com sorriso de família aos domingos, outro ostenta o logotipo do Kombat Rac (combate racial), um grupo fascista.

Um ano depois, Bolsonaro falou das qualidades de Hitler ao CQC. Estava acariciando o grupo aí de cima. Foi lá, em rede nacional, que o Brasil viu um homem público com chances eleitorais capaz de dizer – como diria mais tarde – que o holocausto pode ser perdoado. Os supremacistas tinham, enfim, seu candidato.

Ao dar vazão, em pleno Supremo, ao ideário de “Bíblia SIM, Constituição NÃO”, o bolsonarismo acena mais uma vez às seitas que formam seu néctar. As pichações no Rio são feitas pelos membros da congregação Geração Jesus Cristo, um grupo religioso que promove agitação política muito parecida com as que se viu pré-golpe de 64. Entre seus atos, estão a publicação de vídeos nos quais seus membros se vangloriam por destruírem imagens de um centro espírita e, claro, clamar por um novo holocausto. Bolsonaro não pode arriscar perder essa base. Não agora, quando está cada vez mais enfraquecido.

Falar sobre inspirações nazistas e fascistas na política virou lugar-comum nas democracias. Muitas vezes, os gritos são hipérboles que enfraquecem a própria ideia do terror. Não é disso que se trata agora. O atual governo é, sim, inspirado e suportado por supremacistas. É essa base, em última instância, que ficará ao lado de Bolsonaro nos dias que virão – seja para salvá-lo de um impeachment, seja para tacar fogo no país.

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terça-feira, 6 de abril de 2021

AGLO...meração é POP

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Culto no templo do picareta Edir: 'Vou apressar encontro  de vós com Jesus'


Kássio ConKá Nunes, o juiz serviçal a Bolsonaro no STF, decretou monocraticamente que está liberada a realização de cultos evangélicos e missas presenciais, desde que, diz Kássio, se respeitem medidas como limite de 25% de pessoas nos templos, uso de máscaras e de álcool em gel...

Ora, quem vai fiscalizar nessas cerimônias religiosas que estará sendo obedecido o limite de 25%, uso de máscaras e álcool? Ninguém.  Logo, os pastores podem liberar geral e depois dar a desculpa de que não tinham como impedir que a multidão à porta do templo também pudesse entrar.

O próprio juiz Kássio ConKá admitiu, em sua decisão, que a tal Associação de Juristas Evangélicos, que pediu a decisão ao STF com base numa figura jurídica da CF, não tinha legitimidade para fazer tal pedido.  Mesmo assim, o peão bolsonarista do STF tomou a decisão... a partir de pedido ilegítimo! 

Amanhã, o plenário do STF se reúne para definir de uma vez essa questão, ou seja, reiterar a decisão prévia do próprio plenário de que governadores e prefeitos tem autonomia para baixar medidas que evitem a propagação do coronavírus, como é o caso de proibir diversos tipos de aglomerações (como em cultos e festas).  E o poodlezinho juiz de Bolsonaro deve levar uma surra verbal no STF e sua decisão da semana passada ser sumariamente jogada no lixo.

Mas, para os negacionistas que idolatram o bezerro de ouro chamado Jair Messias, AGLOmeração é POP, AGLOmeração é TECH, AGLOmeração é TUDO de bom para voltar a encher a "sacolinha" com dízimos que garantem a vida boa de pastores que traficam com a fé.

Pesquisa XP: 48% consideram desgoverno Bolsonaro ruim ou péssimo

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Pesquisa da XP/Ipespe, publicada ontem (5/4), com 1.000 entrevistados de todo o país, aponta que  48% desses consideram o desgoverno Bolsonaro como "ruim ou péssimo".  A avaliação negativa tem subido constantemente: desde outubro/2020, já cresceu em 17 pontos porcentuais.

O que se poderia esperar de um desgoverno que deixou o Brasil virar epicentro da pandemia  COVID-19, em que hoje, contam-se mais de 331 mil mortes, à taxa acima de 3 mil óbitos diários, em que a política de vacinação anda a passos de tartaruga?  Em que transcorre uma colossal recessão econômica, com 14,3 milhões de desempregados, grande aumento da miséria e da fome, sem chance de melhora à vista. Mas Bolsonaro tira 19 dias de férias em SC e nisso gasta 2,4 milhões de reais só na flauta.

A esperança está numa Frente Ampla Pela Vida, que já abarca vários setores sociais e políticos, que cobra de Bolsonaro auxílio emergencial decente de ao menos 600 reais para os mais empobrecidos, e por vacinação já.  Além de lutar pela remoção do despresidente genocida da cadeira do Planalto, do jeito que for (renúncia, interdição, impeachment).

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Por uma felicidade vadia

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Associado ao êxito individual, o ser feliz tornou-se obrigação tormentosa. Pode ser, porém, o desfrute de uma vida sem medos; os convívios que permitem encarar o incerto e a tristeza; e uma ética que, prezando o cuidado, desafia os moralismos

Por Antoni Aguiló (trad. de Simone Paz) - Site Outras Palavras

Desde 2013, a ONU reconhece o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. Hoje em dia, a felicidade parece um significante vazio, explorado em excesso, até a exaustão. Abraça tantos significados diferentes, que praticamente cabe tudo nela: desde o consumo de Viagra, até os livros de Paulo Coelho.

Apesar da banalização do termo, ao longo das últimas décadas o neoliberalismo impôs a crença de que a felicidade era fruto do esforço e do talento individual, um prêmio que ganhamos por sermos produtivos e competitivos. É o típico discurso da meritocracia liberal, onde cada um chega onde quer com base em seu próprio valor. Para isso, a meritocracia nos introduz a necessidade contínua do “sempre mais”: treinar mais, trabalhar mais, demonstrar mais, ter mais seguidores nas redes sociais etc. A felicidade torna-se prisioneira entre as frias paredes do cálculo e da eficiência.

É uma dinâmica aparentemente virtuosa, mas capaz de gerar muita frustração e angústia: do mesmo jeito que ficamos contentes com nossos sucessos, nos culpamos por nossos fracassos. A verdade é que o lembrete que o coronavírus trouxe sobre a crua imprevisibilidade da vida desmente o discurso do mérito e da recompensa, principalmente em países que acumulam desempregados — e onde os méritos que supostamente garantiam o sucesso (títulos, idiomas etc.) parecem inúteis. Mas também é desmentido pelo fato de que viver em sociedades sendo branco, homem e hétero e cissexual é um privilégio que oferece vantagens desde o início.

Além disso, a crise do coronavírus escancarou a natureza frágil e instável da felicidade humana, sujeita a três processos que já ocorriam, mas a pandemia se intensificou. O primeiro é a medicalização da felicidade. A nova normalidade trouxe consigo uma normalidade medicada, na qual 55,9% dos espanhóis, por exemplo, sentiram-se “muito tristes ou deprimidos”. Sem mencionar o aumento global do risco de suicídio durante a pandemia. Nesse contexto, logo depois da vacina, os antidepressivos despontam como o grande negócio da indústria farmacêutica no combate à chamada “fadiga pandêmica”. A assombrosa previsão de Huxley sobre a felicidade produzida quimicamente em “Admirável Mundo Novo”, tornou-se realidade.

O segundo processo é a patologização da infelicidade...

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Insegurança alimentar atinge 117 milhões; destes, 19 milhões têm fome

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Com a pandemia do novo coronavírus, aumentou o número de brasileiros que conhecem a fome. No final do ano passado, 116,8 milhões de pessoas conviviam com algum grau de insegurança alimentar. Desses, 43,4 milhões não tinham alimentos em quantidade suficiente suficiente e 19,1 milhões de pessoas conviviam com insegurança grave, ou seja, fome. O número dos que lidam com a fome tem 9 milhões a mais que em 2018, quando eram 10,3 milhões de pessoas nessa situação.

Os dados pertencem a um levantamento conduzido pelo instituto de pesquisas Vox Populi a pedido da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar, que reúne as entidades Oxfam Brasil, Action Aid, Friedrich Ebert Stiftung e Ibirapitanga. Os pesquisadores levantaram dados de 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.

Mais de meio milhão de mortos por COVID-19 até fim de junho no Brasil, projeta a Universidade de Washington

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O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, da Universidade de Washington (EUA), prevê 100 mil mortes por COVID-19 no Brasil ao longo de abril.

Segundo uma pesquisa da instituição, - que considera fatores como a disseminação de variantes do vírus, uso de máscaras e respeito ao distanciamento social - o número de mortos pode saltar dos atuais 330.297 óbitos, registrados em 3/4, para 436 mil em 4 de maio.

Esse total pode cair para 429 mil mortes caso 95% da população use máscara em público.

A universidade projeta ainda que até o final do primeiro semestre o Brasil atinja a marca de 595 mil mortes no pior cenário. No caso da adoção de máscaras em público por 95% da população, esse número pode cair para 507 mil.


TRÊS CENÁRIOS POSSÍVEIS

1- Cenário atual

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 434.702
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 561.634

Neste cenário, a universidade considera:

*Mobilidade dos não vacinados seguindo o padrão apresentado no último ano;
*25% dos vacinados voltando a se deslocar como faziam antes da pandemia;
*Variantes britânica, sul-africana e brasileira se espalhando entre regiões vizinhas no ritmo já registrado no Reino Unido;
*Casos diminuindo entre os que se vacinaram há 90 dias.

2- Pior cenário

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 436.151
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 595.521

Neste cenário, a universidade considera:

*Deslocamento de quem ainda não foi vacinado se mantendo como no último ano;
*Todos os vacinados voltando a se deslocar nos níveis pré-pandêmicos;
*Variantes brasileira e sul-africana começando a se espalhar em locais onde ainda não haviam chegado;
*Eficiência da vacinação sendo inferior diante da variante sul-africana;
*Uso de máscaras caindo entre os vacinados.

3 - Cenário com uso de máscaras em público por 95% da população

#Total de mortos na pandemia até os próximos 30 dias: 429.634
#Total de mortos na pandemia até o final do 1º semestre: 507.113

*Mobilidade dos não vacinados seguindo o padrão apresentado no último ano;
*25% dos vacinados voltando a se deslocar como faziam antes da pandemia;
*Variantes britânica, sul-africana e brasileira se espalhando entre regiões vizinhas no ritmo já registrado no Reino Unido;
*Uso correto da máscara sendo adotado por 95% da população.

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Fonte: texto com informações do Portal G1 de 29/03;
Ilustração da revista ‘Science’ (EUA)