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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Uma canção recriada a partir de ondas cerebrais

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Cientistas podem "ouvir clandestinamente" a música que pessoas estejam escutando através da análise de suas ondas cerebrais. A Inteligência Artificial (AI) ajudou a reconstruir o áudio a partir dos padrões de atividade cerebral que foram registrados em 29 pessoas que já tinham eletrodos implantados por sofrerem de epilepsia.

A versão reconstruída da canção que os participantes estavam ouvindo – a música “Another brick in the wall”, de 1979, do Pink Floyd, Parte 1 – soa distorcida e a letra está truncada, mas é discernível se se sabe o que se está escutando. Os resultados podem ajudar a criar melhores “próteses da fala”, que traduzem ondas cerebrais em fala. Assim como na escolha da música, “a razão científica é que a música é muito estratificada”, diz o neurocientista e co-autor do estudo Ludovic Bellier. “A razão menos científica poderia ser que nós realmente gostamos do Pink Floyd.”
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UNIMED larga criança com câncer ao deus-dará

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A família de uma criança de 9 anos com câncer no crânio está sendo cobrada pelo Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, por uma dívida de mais de 50 mil reais após a Central Nacional Unimed não pagar por uma cirurgia. O plano já tinha se negado a custear a radioterapia do paciente. O hospital não comenta e a Unimed diz que o pagamento está “em análise”.

Em dezembro de 2021, a criança foi internada às pressas após sofrer muito com enjoos e dores de cabeça. Foi diagnosticado um câncer de crânio, que já atingira a glândula hipófise, causando perda parcial de visão, problemas de tireóide e um diabetes.

Leonardo passou por três cirurgias e a isso se deveriam seguir sessões de radioterapia (único tratamento possível nesse caso específico), as quais a Unimed se recusou a pagar. Somente após emissão de liminar da Justiça, foi possível realizar 28 sessões de radioterapia. Em abril, a Unimed unilateralmente comunicou à família de servidores públicos o cancelamento do convênio. Como, aliás, vem acontecendo em todo o país e também no caso do contrato firmado com o Sinditest.

Eis aí a faceta “atenciosa”, “bondosa”, do grupo privado de assistência à Saúde. Um corpo de canalhas que só visa ao lucro e os beneficiários que se danem e feneçam com suas doenças desassistidas depois de anos pagando altas mensalidades. Assim, desejamos de todo o coração ainda pulsante que financeiramente a Unimed se exploda e não consiga ir adiante somente com clientes individuais pagando mensalidades ainda mais altas.
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Com informações do Portal UOL - 17/08/2023; foto do Portal UOL.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Sua gordura molda a maneira como você pensa

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Estudos recentes tem vinculado a quantidade de gordura visceral de uma pessoa com seus escores em certos exames cognitivos. 

Science Advances * 11/08/2023

As pessoas com mais gordura tem desempenho mais fraco em testes de memória, por exemplo – mas por que isto ocorre fisiologicamente permanece obscuro. Agora, um estudo publicado na última semana na revista “Science Advances” sugere que a gordura visceral pode influenciar o cérebro, provavelmente alterando o modo como os neurônios se conectam e comunicam.

Os pesquisadores deste estudo começaram observando genes expressados em células gordurosas que se sabe também terem atividade no cérebro. Eles acharam uma série de genes neurologicamente importantes expressados nas células de gordura humanas, incluindo as que regulam as conexões entre neurônios e a liberação de neurotransmissores. Os níveis das proteínas codificadas por muitos desses genes estavam mais altos no sangue das pessoas com mais gordura visceral.

Assim, em experimentos com a mosca da fruta (Drosófila), os pesquisadores reduziram a expressão desses genes no tecido gorduroso e verificaram que, em muitos casos, o desempenho das mosquinhas em um teste de aprendizado melhorava. Um gene em particular – chamado SLC18A2 – também melhorava a memória de longo e de curto prazo em camundongos quando se reduzia a gordura deles.

Ao passo que muito mais pesquisa precisa ser feita antes que tais achados possam ser transpostos para a saúde humana, os pesquisadores anotam que a gordura visceral é muito mais fácil de atingir farmacologicamente do que a do cérebro. Assim, talvez, no futuro, médicos possam tratar declínios cognitivos ou outras condições neurológicas através da regulagem da gordura da pessoa.

Judicialização da Saúde Privada e a inviabilidade do setor

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José Sestelo adverte: o sistema de saúde está se tornando mais caro, sem ser mais eficiente. Infiltração do sistema suplementar no SUS torna a situação mais complexa, e precisa ser revista com urgência – também para diminuir o tamanho do sistema privado.

Outra Saúde/Outras Palavras - 27/07/2023

Terminada a pandemia, a retomada da demanda por atendimento privado colocou a saúde suplementar numa sinuca. De 2022 para cá, as margens de lucro são tão exíguas que mal se pode dizer que existem. E isso desemboca num fenômeno que para alguns especialistas já era previsível: o aumento da judicialização da relação entre seguros e seus usuários. Como resposta, as empresas desenvolveram uma tática nefasta: a suspensão unilateral de planos de clientes que demandam tratamentos mais caros.

Como se pode acompanhar nas notícias, o expediente parece avançar no país. E enquanto tenta criar uma lei de regulação dos planos de saúde, tema que já acumulou mais de 270 projetos no Congresso Nacional, o Estado brasileiro parece patinar na regulação de um setor que cada vez mais se nega a entregar o que promete, em meio a um contexto onde a concentração de capital é cada vez maior.

Eu penso que as estruturas oficiais de regulação não acompanharam as mudanças estruturais que ocorreram no setor e ainda estão organizadas para fazer frente e analisar uma moldura do final dos anos 1990, início dos 2000, o que atualmente não existe mais”, explicou José Sestelo, autor do livro "Crise global e sistemas de saúde na América Latina", lançado em 2022. “Portanto, realmente temos um problema de macrorregulação que precisa ser enfrentado. E na prática o que tem-se observado é que os grandes grupos econômicos oligopolizados têm uma enorme margem de controle sobre o funcionamento do setor”, alerta.

Em entrevista ao Outra Saúde, o doutor em saúde coletiva corrobora a visão de outros críticos do setor, que confluem para a noção de que o atual modelo de negócios da saúde privada brasileira é insustentável. Como explica, a negação de atendimento ao usuário e a consequente judicialização desta relação se tornaram mecanismo já normalizado de fechamento das contas.

Leia a entrevista completa aqui
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Fonte: coluna Outra Saúde do site Outras Palavras

 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

UNIMED cancela contrato com Sinditest

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Em julho, filiados e filiadas do Sinditest que estão ligados ao plano empresarial do grupo privado Unimed de saúde suplementar foram surpreendidos pelo anúncio desse grupo quanto ao encerramento do Plano, para breve.  

A Unimed, uma das principais prestadoras de serviço privado de saúde do mercado, informou que ele somente será prestado até 30 de setembro.  Com isso, deixa a descoberto muitas pessoas da categoria, em especial as que dependem de tratamentos crônicos e mais custosos.  

Segundo a Direção do Sinditest, a Unimed não chamou a entidade para qualquer negociação e tomou unilateralmente a decisão. O Comunicado do grupo privado, enviado por email para os beneficiários, é vago em explicitar razão ou razões para essa atitude.  Certamente tem a ver com lucro, que é o real objetivo de quem vende planos privados de saúde, jamais com a saúde dos "clientes".

Não obstante, no começo de 2023, a Unimed aplicou um reajuste na mensalidade de 25%, muito acima da inflação do período correspondente. Estranhamos que a então Diretoria do Sinditest nada tenha feito para resistir a esse abuso e tentar negociar índice menor.

Mais informações sobre essa grave questão podem ser lidas no Comunicado do Sinditest aqui.   Deve ocorrer assembleia sindical sobre o tema para a primeira semana de setembro. Fiquem atentos/as.


Possível proteína culpada identificada na Síndrome da Fadiga Crônica

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Pares de sapatos expostos durante o "Dia da Ausência de Milhões",
reunidos este ano em Praga em apoio a pacientes de SFC

As pessoas que sofrem com a encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica (ME/CFS, na sigla em inglês) lutam não apenas com a exaustão extrema e problemas cognitivos conhecidos como neblina cerebral mas também com uma profunda falta de informação sobre o que causa seus sintomas e como tratá-los.

Agora, graças a um insólito e casual achado em uma pessoa que experimenta uma extrema fadiga de longa duração, os pesquisadores identificaram uma proteína que pode contribuir para a ocorrência de alguns desses sintomas. Usando uma combinação de experimentos em ratos e células humanas, a equipe descobriu que a proteína WASF3 estava presente em níveis altos nada usuais nos músculos de pessoas com ME/CFS e que podem romper a capacidade das células de gerar energia. Enquanto que uma única proteína não pode explicar a história toda, os pesquisadores relataram que os achados podem apontar para um novo tratamento para a ME/CFS e para doenças que partilham características similares, como é o caso da COVID Longa.

É extremamente encorajador” ver este tipo de abordagem molecular detalhada aplicada a uma doença negligenciada como a ME/CFS, diz Mady Hornig, uma médica cientista que estuda o problema na Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Colúmbia, e que não esteve envolvida nesse trabalho. As descobertas do estudo colocam-se como modo de lidar com um conjunto muito comum de questões de saúde muito estreitamente ligadas à incapacitação tanto na ME/CFS como na COVID Longa.
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Fonte:  revista Science - 14/08/2023