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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Racha feio no Sinditest

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Ao longo do segundo semestre de 2024 consolidou-se o racha na Diretoria atual do Sinditest, agora reduzida à metade, ou menos, do total de diretores indicados na última eleição sindical devido à renúncia daqueles ligados à corrente nacional atuante na FASUBRA chamada “Travessia” (vinculada ao PSol) em meados de novembro deste ano. Permaneceram os diretores ligados à corrente interna fasubrina denominada “Unir”, derivada da CUT.

No site do Sinditest os dois grupos que compunham a diretoria eleita denominada “Unidade para avançar” (quanta ironia agora) publicaram as respectivas Notas para “iscrarecê” a base. Dito no real agora que os dois ex-amiguinhos lavam a roupa suja: Unidade Fingida para Rachar Logo Adiante.

A turma conectada com o Coletivo Unir (de novo, ironia no nome), comporta principalmente os veteranos pelegos Antonio Neris e Wilson Messias, agora com o acréscimo de Ivandenir Pereira. Suas alegações contra os adversários são de que estes ofendem-lhes a honra, fazem “ataques infundados” a diretores e de que teriam usado financeiramente os recursos da entidade para celebrar contratos ilegais e para satisfazer interesses pessoais (como ter celulares pagos pelo sindicato). Também acusam os integrantes do grupo Travessia de terem abandonado a manutenção das sedes sindicais, em especial as das praias. Outra crítica é de que os Travessianos priorizam contatos e conversas pelo meio, virtual em detrimento do modo presencial (pois na época das greves do 1o. Semestre, no pátio da Reitoria da UFPR, as assembleias eram híbridas, isto é, presencial na Reitoria mas em constante contato, pela internet, com assembleias simultâneas nos campi do interior). 

A matéria dos autoproclamados “Diretoria efetiva” tem 122 visualizações no site do sindicato, até 28/11, sendo assinada por “Imprensa Sinditest”.

Por seu turno, em seu “Manifesto de Ruptura e Renúncia...”, o grupo Travessia começa explicando que teriam buscado construir uma diretoria de unidade com outros grupos atuantes na base, mas que somente os TAEs ligados ao Unir se apresentaram para formar uma chapa conjunta. Contam que, desde o início de trabalhos da Diretoria “Unidade para Avançar”, viram que haveria “muitas dificuldades” para lidar com os “burocratas”, como os travessianos chamam os adversários “efetivos” da Unir. Relatam que esse grupo “demonstrou truculência e autoritarismo (…), não ter compromisso com as propostas que apresentamos na eleição sindical, tampouco com a organização da luta pela reestruturação da carreira, além do completo atraso nas pautas de combate às opressões. As dificuldades na direção se agravaram muito com o movimento paredista, após a deflagração da greve (…).” O coletivo Travessia denuncia que o Coletivo Unir teria “concepção autoritária e presidencialista”, tendo este atuado para “desmobilizar e boicotar a luta”.

E mais: acusam os “burocratas” de que “durante a greve, esses mesmos dirigentes autoritários, protagonizaram episódios recorrentes de assédio, machismo e misoginia, como na conduta de violência machista contra mulheres que haviam ocupado a Reitoria durante a greve do 1o. Semestre, pelo qual foram sancionados por uma assembleia geral de greve.

Cobram por que contrataram uma nova assessoria jurídica sem dar explicações nem debater numa diretoria sindical que era para ser “colegiada”, e que poderia, por trás disso, haver “interesses, no mínimo, estranhos”. E indagam em que lugar foi parar o compromisso do Coordenador Sindical Geral Wilson Messias (nominalmente ele não é citado no Manifesto de Travessia) de sair do cargo comissionado de chefia da EBSERH após a eleição sindical e não saiu Afirmam os travessianos que é “inadmissível ser dirigente sindical e chefe com cargo de direção da EBSERH/CHC ao mesmo tempo.”

Por fim, o grupo Travessia propõe uma antecipação de novas eleições para Diretoria e Conselho Fiscal, para restabelecer a normalidade da vida sindical na base do Sinditest. Contudo, não fala em datas.

A postagem do “Manifesto” de Travessia, assinada pela (ex?) diretora Elis, recebeu 222 visualizações no site do Sinditest até 28/11.

A base terá uma atitude que muitos médicos adotam, a chamada “conduta expectante”, quando não sabem direito o que o doente tem e o que fazer? Também conhecida como “Deixa como está, para ver como é que fica”.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A vida boa dos líderes do homem-bomba em Santa Catarina

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Um dos debates mais intensos e mais cansativos, desde as explosões na Praça dos Três Poderes, se dá em torno das possíveis anormalidades de comportamento do homem-bomba.


Se era transtornado, atormentado ou se estava em surto. É preciso encontrar uma patologia psíquica que explique o desatino do morto, que acusava William Bonner de ser comunista, e ao lado de José Sarney.

E assim vai ficando submersa, como se fosse uma subpauta, a pauta maior sobre o que essa figura representa: Francisco Wanderley Luiz, o Tio França, era um soldadinho e se junta, agora como primeira vítima fatal, aos transtornados, atormentados e desatinados do 8 de janeiro de 2023.

Tio França era quase nada na estrutura do fascismo que ainda lateja. Apenas produziu o gesto mais espetacular. Os líderes dele no seu Estado, todos encobertos, ficam mais protegidos. Nem a grande imprensa deseja expô-los, porque ainda têm o poder do dinheiro.

Tio França era da mesma turma de Fátima de Tubarão. E deveria ter afinidades com os grupos de atormentados que chegaram a tentar conexões com marcianos pelo celular, nos acampamentos armados no entorno dos quartéis.

Tinha o mesmo perfil dos alucinados que cantavam o hino nacional para um pneu no meio da estrada bloqueada. Pode ter sido negacionista, antivacina, anticiência. Deve ter pregado o terraplanismo com ardor. Tudo normal.

Mas continuará sendo, na sua normalidade, apenas um soldado da extrema direita, o primeiro a ter tombado. Um soldadinho raso empurrado para uma guerra em que os generais fardados e civis não aparecem.

Tio França era de Rio do Sul, no entorno do triângulo do mais intenso ativismo bolsonarista de Santa Catarina, formado por Balneário Camboriú, Brusque e Itajaí. Era ligado ao PL de Bolsonaro e sem relevância no partido, como quase todos os que invadiram Brasília.

Tão irrelevante quanto os que fecharam estradas por ordem dos patrões golpistas donos de transportadoras e de caminhões de grandes lojas do varejo. Tão sem importância que não terá nenhuma homenagem dos parceiros no velório.

E discutem se era um homem transtornado, pela separação da esposa, e se isso explica seu desatino. Quando se sabe que todos os que fazem o que ele fez estão sob tormentos pessoais ou coletivos.

Visto assim, como avulso, o homem-bomba favorece a tentação do clichê do lobo solitário, do sujeito que decide acabar com a vida fazendo um gesto político em direção aos seus. Vou morrer, mas também vou tentar matar Alexandre de Moraes, ou só fingir que tentei.

O homem foi mesmo um recruta nas mãos de chefões impunes do Estado mais extremista e mais furiosamente bolsonarista. Com os mais dedicados grandes empresários à causa do golpe.

Gente poderosa, tão poderosa que até hoje não foi alcançada pelo sistema de Justiça. Que leva uma vida boa, continua articulada e conta com figuras como Tio França para que a guerra continue, mesmo que de forma caótica.

O homem-bomba não é, pelo fato de que morreu, um ativista fora da curva. Ele é mais um mané levado ao sacrifício pelos que quase nunca aparecem, que ainda financiam o extremismo, que sustentaram o gabinete do ódio e que hoje estão quietos.

Vamos deixar de lado essa tentativa de identificar as síndromes do homem-bomba, porque o nome disso é escapismo. Dediquem-se ao que está por trás do seu gesto: o poder intacto do QG do fascismo, no Estado mais estigmatizado pelo bolsonarismo.

Tuberculose: nas vacinas, uma esperança

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A doença é a mais letal e a mais antiga do mundo. Três imunizantes que podem contê-la estão em fase avançada de estudos – e um Conselho Acelerador da OMS busca direcionar investimentos e traçar estratégias para distribuí-la de forma igualitária

Health Policy Watch
Nesta semana, especialistas e formuladores de políticas estão reunidos na Conferência Mundial sobre Saúde Pulmonar da organização The Union para discutir a tuberculose. Trata-se da doença infecciosa mais letal e mais negligenciada do mundo. Desde o início do século 20, mais de um bilhão de pessoas morreram de tuberculose – um número de mortes maior que o de malária, varíola, HIV/AIDS, cólera, peste e gripe combinados.

A meta oficial da ONU de reduzir as mortes por tuberculose em 75% entre 2015 e 2025 agora está fora de alcance. E muitos acreditam que a meta de 2030, de reduzir a doença em 90%, também será difícil de ser conquistada – a menos que haja um aumento urgente nos investimentos em novas ferramentas que ajudem a controlar a curva da epidemia.

Os avanços científicos na tuberculose, nos últimos cinco anos, estão trazendo mudanças importantes na forma como a doença é tratada. Outro fator importante: também avançam as pesquisas que possibilitarão o desenvolvimento de uma vacina há muito esperada – historicamente necessária para acabar com a crise de saúde pública causada pela tuberculose.

A vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), com mais de 100 anos, ainda é a única que ajuda a prevenir a tuberculose. Ela é administrada principalmente em bebês e crianças para prevenir formas mais graves, como a meningite tuberculosa, que afeta o cérebro. No entanto, a vacina é essencialmente ineficaz para os mais de nove milhões de adultos e adolescentes que desenvolvem a doença a cada ano.

Isso pode mudar nos próximos anos, se uma das três vacinas preventivas atualmente em fase III de testes demonstrar segurança e eficácia. São elas: a MTBVAC, financiada pela IAVI e Biofabri; a M72/AS01E, apoiada pelo Gates Medical Research Institute; e a candidata VPM1002 do Instituto Serum.

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Fonte: "Outra Saúde", seção do Site Outras Palavras

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Trump lelé da cuca

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O presidente Donald Trump, malucamente eleito pelo povo dos EUA (apesar de que lá o voto final é indireto, num colégio eleitoral) estaria dando sinais de demência? Essa é uma opinião pessoal do renomado neurocientista brasieiro Miguel Nicolelis, compartilhada por diversos psiquiatras.

Em entrevista recente concedida ao jornalista Luis Nassif, o neurocientista comenta que, em suas aparições públicas, Trump faz micagens, declarações nada a ver e falas desconexas.  Que o fascista eleito nos EUA é meio doido mesmo, isso se sabe, mas se está com o cérebro derretendo, a conferir.  Em breve talvez ele passe a ser chamado de Donald Alzheimer Trump.

Há mais de dez tipos de demências, mas oito principais.

Redução da jornada: a luta contra a escala 6x1

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Uma das antigas dirigentes da FASUBRA, ligada à UFBA, é a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), que é co-autora da 
PEC que acaba com a escala de trabalho 6X1 (6 dias de trabalho com apenas 1 dia de folga a cada semana). Não se trata apenas de uma alteração na carga horária, mas representará uma mudança significativa na vida dos trabalhadores.  E redução de jornada de trabalho é bandeira histórica da classe trabalhadora, que vem desde o século 19, quando havia jornadas de 10, até de 14 horas por dia.

Sempre estive ao lado dos trabalhadores e essa PEC não é apenas uma mudança na carga horária; é uma mudança na qualidade de vida do trabalhador brasileiro. Queremos construir um país onde o trabalho e o bem-estar andem lado a lado”, disse a deputada baiana Alice.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), propõe 36 horas de trabalho semanal com três dias de folga, a escala 4X3, sem a redução de salário.

Para iniciar a tramitação pela Câmara, ela precisa de 171 assinaturas de deputados/as. O assunto viralizou nas redes sociais e tem impulsionado a adesão à PEC. Até o final da tarde desta segunda-feira (11), a deputada já havia recebido o apoio de 135 parlamentares.

Com a minha articulação no Congresso e a pressão política nas redes, muitos deputados têm se movimentado para assinar a PEC, e ela está avançando rápido, numa velocidade acima da média”, diz a parlamentar.

De acordo com Erika, a escala e jornada são possíveis, pois a atual carga horária é “desumana”.

Deu certo onde foram aplicadas, e representariam um salto em qualidade de vida da população nunca visto em um país em desenvolvimento. Isso, conforme os estudos e exemplos disponíveis, sem causar danos à economia, inclusive podendo potencializá-la, gerando mais empregos e reduzindo a desigualdade”, diz a autora da PEC.

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Fonte: Portal Vermelho

Diretoria do Sinditest se expõe perante a categoria com graves fraturas

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É curioso. Mas preocupante.  A própria imprensa sindical mostra as rachaduras da diretoria do Sinditest, como se infere da matéria "
Tensão na diretoria do Sinditest - Conselheiros do Conselho Fiscal pedem desligamento por divergências internas".  Já se sabia, de algumas semanas atrás, que diretores ligados a duas tendências internas (derivadas de correntes políticas correlatas na FASUBRA) vinham se desentendendo e se bicando.  A coisa parece ter piorado, quando agora são os membros do Conselho Fiscal (que deve apresentar as prestações de contas regularmente) que renunciam, deixando registrado um documento de graves críticas e acusações.

Servidores da Oposição sindical sorriem, talvez mesmo gargalhem, mas é um tanto melancólico ver esse fenômeno de divisão numa diretoria que deve orientar toda a categoria em suas lutas, e não só as nacionais.  Isso depois de uma greve nacional da FASUBRA, no primeiro semestre, que coesionou razoavelmente bem a base dos TAEs, e, embora sem alcançar sua pauta principal, foi momento de retomada dos embates do movimento e de surgimento de novos militantes e lideranças, alguns que jamais haviam participado de greves.

Na Diretoria do Sinditest, há uma rixa entre os grupos "Unir", ligado à CUT, e "Travessia", ambas correntes internas nacionais da FASUBRA e que tem militantes nos estados.

Para maiores esclarecimentos, indicamos ir ao link acima postado, que remete à matéria publicada pela diretora Elis no site sindical.  Adiantamos que as motivações  da renúncia dos membros do CF foram basicamente questionar decisões tomadas não de forma colegiada/coletiva na Diretoria, apenas por alguns diretores sindicais, e falta de transparência envolvendo as contas da entidade.

Lamentamos o que está ocorrendo, pois, por um lado, hoje o sindicalismo não está com essa bola toda no país inteiro e a conjuntura política, mesmo sob o governo democrático-popular de Lula exige muita unidade para novas lutas. Priorizar interesses menores e grupistas não ajuda.